MOMENTOS DE REFLEXÃO
A felicidade esteve no que esteve.
O que esteve deixou de estar.
E a felicidade também.
Agora, a felicidade está no que está.
O que está deixará de estar.
E a felicidade também.
A felicidade estará no que vier a estar,
Mas cessará com o cessar do que estará.
A felicidade, que esteve, está e estará,
Se tornará sempre esteve
Na medida em que o tempo passar.
Felicidade que ESTÁ não É.
A felicidade que sempre É,
é porque EU SOU.
EU SOU porque DEUS É.
Olhe-se no espelho.
Aí está quem poderá ajudá-lo no caminho redentor.
aí está quem poderá frustrá-lo no esforço por libertar-se.
Procure conhecer esse que o espelho mostra.
Ele poderá protegê-lo ou traí-lo
Não o perca de vista.
Vigie, principalmente, os motivos que o levam a agir
e os disfarces com os quais tenta enganar.
Enquanto ansiamos pela paz não a alcançamos. Ansiedade e paz são antíteses. Nunca se juntam.
Como é frágil a paz de quem se acovarda
diante da perspectiva de vir a perdê-la.
Na ansiedade pela paz infinita,
Na ansiedade pela paz infinita,
o homem chega a perder a limitada paz que já tem.
Viver é para quem, mesmo na solidão, não se sente só,
Viver é para quem, mesmo na solidão, não se sente só,
e até mesmo sem nada fazer não se sente vazio e inútil.
Desiludir-se não é negativo.
É libertar-se. É nascer. É encaminhar.
Os iludidos, ou irão para o inferno ou já estão lá.
Só as desilusões desimpedem a estrada.
Deus abençoe minhas redentoras desilusões.
É libertar-se. É nascer. É encaminhar.
Os iludidos, ou irão para o inferno ou já estão lá.
Só as desilusões desimpedem a estrada.
Deus abençoe minhas redentoras desilusões.
Triste mundo onde ainda quase todos vivemos
insensíveis à miséria dos ricos:
à
fragilidade dos violentos:
à torpeza dos valentes:
à ignorância dos eruditos;
ao
tédio dos eróticos,
à indigência espiritual dos malvados;
à dúvida dos
dogmáticos;
à insegurança dos opulentos;
à tragédia das meretrizes;
ao desalento
dos fortes;
à imaturidade dos corruptos;
às lágrimas que os sorrisos em vão
tentam esconder;
aos dramas que as comédias disfarçam...
Que mundo triste esse, no qual nos distraímos com as aparências, iludimo-nos com as máscaras, divertimo-nos com as fantasias e pantomimas que todos representam.
Temer a dor é covardia,
Tentar fugir, tolice.
Fazê-las nos outros
sadismo.
Alimenta-la em si mesmo, masoquismo.
Revoltar-se, imprudência.
Compreende-la, amacia-la em aceitação é sabedoria, fortaleza, redenção.
Amigo, vamos cantar a
canção universal, juntos, em uníssono,
como se fôssemos Aquilo que somos __ UM
SÓ?
Ela germina do silêncio.
Do silêncio que a paz
gerou... e gera.
E gera amor, que é a
implosão da discordância, da dissonância,
da discrepância que a distância
produziu e nutre.
O amor é o fim de
todos os ismos tétricos, trágicos, patéticos, esdrúxulos, que degradam,
envergonham
e ensanguentam a humanidade.
Unidos, vamos cantar
a Canção Universal,
mergulhados no bem-aventurado silêncio da paz?
Só a alma tranquila,
acalentando o silêncio, pode,
em sublime clamor se expressar pela sacralidade
do silêncio
mais profundo e mais fecundo.
Entoemos a partitura de silêncio da Canção que brota do
coração,
que se alegra e se expande.
Embalemos com a
sagrada Canção a humanidade que começa
a se agitar na aflição da premonição que
rumoreja
no negrume do horizonte do horror.
Cantemos a Canção,
que é oração em favor das multidões
rebeladas contra Deus, mas robotizadas
pelos pseudo-poderosos desse mundo.
Oremos para que todos
desconfiem do poder
e do prazer, da posse e da violência.
Que os homens,
des-iludidos dos falsos valores,
finalmente descubram a felicidade que não
cessa,
a inerente do Ser; a Paz que transcende os parcos limites estreitos
da
razão; a segurança que não está nas armas,
na força, no poder, no dominar...
Tomara que o
silêncio-partitura de almas puras comece
a ser ouvido acima do sussurro
das
calúnias,
das promessas hipócritas,
das maldições cruéis,
das propostas dos
demagogos,
dos ais dos injustiçados,
dos gemidos dos carentes, doentes
perdidos,
acima do estampido das bombas terroristas,
dos clamores da
publicidade entorpecente,
do uivo das multidões alienadas,
dos decibéis cruéis
da música neurótica,
do horror dos noticiários,
acima do rá-tá-tá das
metralhadoras assaltantes,
acima da serra elétrica arrasando floresta indefesa
e inocente.
Pretensões
irracionais, anti-científicas, quiméricas!...
Podem assim pensar os
medíocres,
alienados no grande mercado,
vagando sem rumo,
embora suponham que
sabem o que são e o que querem.
Podem assim, falar os que ainda não escutaram a
lição
da verticalidade da raça humana.
Eles, acomodados na
horizontalidade medíocre,
supondo que sabem e querem,
se deixam arrastar,
manipular, massificar, esvaziar, robotizar, manobrar, mesmificar, embrutecer,
degradar...
Pobres consumidores-consumidos!
Vamos, amigo, fazer nosso silêncio,
nossa paz;
fazer nossa Canção mais audível.
Nossos irmãos __ os normais! __,
sem saber e sem querer,
estão sofrendo, e acreditando que gozam,
desprovidos
mas supondo possuir,
escravizados mas imaginando serem livres...
Eles precisam
de nós.
A Canção salvadora
não é obra de homens.
Milênios e séculos
assistem à sua composição.
Vem sendo composta e proposta pelos luzeiros do céu.
RAMA,
KRISHNA,
MOISÉS,
BUDA,
BABAJI,
SÓCRATES,
JESUS,
MAOMÉ,
SANKARA,
CAITANYA,
RAMAKRISHNA,
RAMANA,
SÃO FRANCISCO,
SIVANANDA,
SATHYA SAI BABA...
As estrelas cintilam
seu divino silêncio e balbuciam a Canção,
pedindo que a acompanhemos.
Vamos
tentar aceitar seu convite?
Vamos criar e manter o tesouro do silêncio?
Pelo menos você e eu
seremos dois somente
a mergulhar na bendita paz da Felicidade Incondicional,
que é escutar e cantar e, tenho certeza,
alguém, neste imenso mundo
será menos
infeliz e menos aflito.
JOSÉ HERMÓGENES
http://nilvamelhor.blogspot.com
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