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sábado, 31 de outubro de 2015

O VAZIO DANÇANTE

Tudo que você é apegado, tudo que você ama,
Tudo que você sabe, algum dia irá embora.
Saber isso, e que o mundo é a sua mente
onde você cria, brinca, e sofre
é conhecido como discriminação.
   
Discrimine entre o Real e o Irreal,
O conhecido é irreal e vai ir e vir
Então fique com o Desconhecido,
 o Inalterável, a Verdade.
   
Deixe que haja PAZ e AMOR
 entre todos os seres do universo. 
Deixe que haja PAZ, 
deixe que haja PAZ.
Ser é o que você é 
Você é aquele Insondável
 Onde toda experiência e conceitos aparecem.
 Ser é o Momento em que não há o ir e vir.
 
Isto é o Coração, a Fonte, o Vazio.
 Isto brilha de Si, por Si, em Si. Ser é o que dá o sopro a Vida. 
Você não precisa procurar por Isto, Isto está Aqui.
 
Você é Isto através do que você procura. 
Você é Isto que você procura ! E Isto é Tudo o que é.
 Somente o Ser é.
 
Você é Aquele que está cônscio 
Da consciência dos objetos e ideias.  
 
Você é Aquele 
que é ainda mais silencioso do que consciente.
 Você é a Vida que precede o conceito de vida.
 
Sua natureza é silencio e isto não é alcançável, Isto sempre é.
 Você é o Vazio, a Suprema Essência:  
Remova o Vazio do Vazio Deixe somente o Vazio 
pois não há nada além disso.
 
Vazio está entre o “é” e o “não é”
 E nada esta fora do Vazio então isto é Cheio.
 
Para ser Livre, você precisa da firme convicção
 De que você é este Substrato, esta Paz, este Vazio.
 
Tudo emerge disso, 
Baila em volta disso
 E retorna para Isto.
 Como o Oceano emerge numa onda para dançar,
 Assim, você é este Vazio Dançante!  
 
 
 
Papaji
SILÊNCIO E PLENITUDE - Parte II

Eu sei que silêncio não é algo desconhecido para mim. Ele apenas parece vir e ir, porque parece que os pensamentos criam agitação. Eu tomo os pensamentos como sendo eu mesmo e me torno agitado devido ao pensar mecânico. 

A profunda acumulação de gostos e aversões, de ideias não digeridas e não assimiladas causam tantos conflitos e frustrações que a mente se torna mecânica. Ela reage em vez de agir.

Quando um pensamento surge, e este pensamento me conduz a outro pensamento e este pensamento de novo me leva a outro pensamento, eu experimento um momento mágico de agitação. Em tal pensar mecânico e irrefletido, assumo o próprio pensamento como sendo eu mesmo. Eu esqueço de mim. Então, quando o pensamento se vai, retorno a mim mesmo e percebo um momento de silêncio. Portanto, o silêncio parece vir e ir. Mas, se eu analisá-lo, poderei verificar que o problema não se trata de descobrir o silêncio, mas de destruir o pensar mecânico.

Um pensamento vem e vai. Antes dele vir, havia silêncio e, depois que ele se vai, há silêncio. Novamente depois de outro pensamento, há silêncio. Entre pensamentos, há silêncio.

Silêncio não é algo pelo qual eu deva lutar. Pensamentos vem e vão. O silêncio é sempre. E ainda assim não o percebo. O que isto significa? Não percebo porque caminho sobre pensamentos. Eu sou levado pelos pensamentos.

Eu não percebo o silêncio quando há um acúmulo de pensamentos criando um momento mágico. Eu caminho sobre os pensamentos. Não atinjo o chão. Minha mente, por alguma associação, pula de um pensamento para o outro. A associação pode ser um simples som, mesmo uma rima. O significado de uma palavra também pode trazer à mente muitas outras palavras. Do mesmo modo que macacos saltam e agarram o próximo galho, eu também agarro o primeiro pensamento e largo o último. É por isso que a mente é chamada de macaco. Eu preciso aprender a quebrar a magia desta viagem mecânica sobre pensamentos e descobrir o silêncio entre dois pensamentos. Isto deveria se tornar um costume para mim.

Eu deveria me proporcionar uma situação na qual pudesse desenvolver a capacidade de estar comigo mesmo a despeito do pensar. Esta situação especial é chamada meditação.

O que é meditação? Eu estou meditando quando removo todos os pensamentos? Suponha que eu tente remover todos os pensamentos. Então, o que acontece quando um pensamento surge? O silêncio se foi. Eu terei problemas, porque a chegada de um pensamento se torna um problema. Posso eu ter uma mente que nunca pensará? Eu pediria a Deus: “Oh, Deus, dá-me uma mente que jamais pense.” Por que iria Ele então me dar uma mente? A mente é para pensar. Pensar não cria problemas. É uma bênção ter ganho uma mente. Porém fazer pensamento virar pesadelo é a coisa mais tola que alguém pode fazer.

Se você pensa que meditação é a ausência de pensamentos ou ter visões engraçadas, eu diria que isto é “maditation”. Ter visões engraçadas não é meditação, remover pensamentos não é meditação. Se eu procuro remover todos os pensamentos, eu apenas me torno frustrado e me condeno como inútil porque não consigo fazer isto. Ao tentar ser “espiritual”, eu me torno tão frustrado comigo mesmo, ou em uma pessoa com a qual é impossível se estar. Eu não consigo suportar alguém conversando. Eu não consigo suportar qualquer coisa porque tudo cria pensamentos em mim.

Qualquer processo de pensamentos é uma corrente de muitos e variados pensamentos. Nesta corrente, sempre há uma probabilidade de se ser levado pelos pensamentos, uma forma superficial, reativa e mecânica de pensar. Mas agora eu vou fazer algo com a minha mente enquanto tiver muitos pensamentos, ao mesmo tempo, descobrirei o silêncio entre os pensamentos.

Como é que eu faço isto? Em vez de ter muitos e variados pensamentos, eu crio pensamentos que são muitos em número mas que são todos idênticos. Se o segundo pensamento for igual ao primeiro e o terceiro for igual ao segundo, não se cria uma corrente de pensamentos cativante. Não há associação, apenas pensamento - ponto final. Pensamento - ponto final. Pensamento - ponto final. Pensamento - ponto final. 

Após o primeiro pensamento, o que existe? Silêncio.
Após o segundo pensamento? Silêncio. 
Terceiro pensamento? Silêncio. 
Quarto pensamento? Silêncio. 
O que é que estou fazendo agora? Aprendendo. Aprendendo o quê? - A capacidade. 
Do quê? - De ser silêncio. Entre o quê? - Pensamentos. 

É uma capacidade, assim como aprender a andar de bicicleta ou a nadar. Aquele simples pensamento pode ser repetido como uma palavra. O que poderia ser aquela palavra? Ela deveria ser significativa ou sem significado? Se eu tomo uma palavra sem significado e começo a repeti-la, a mente me diz que eu estou fazendo algo sem sentido. Portanto, eu deveria escolher uma palavra com um significado, algo significando o Todo, o coração da criação. Algo que não seja uma das coisas da criação. E por ser uma palavra que é cheia de significado para mim, todo o ensinamento pode ser visto naquela palavra simples.

Qualquer palavra que você reconheça como sendo o nome do Senhor, uma palavra que, enquanto você a repetir, faça você apreciar a si mesmo, é ótima. Deveria ser uma palavra cheia de significado na qual você esteja incluído.

A palavra pode ser Om, uma palavra que inclui tudo, tanto em seu som como pelo seu significado. 
Ele tem os sons “A”, “U”, “M”. 
“A” refere-se ao o mundo físico. 
“U” refere-se ao mundo dos pensamentos. 
“M” refere-se ao não-manifesto.
Portanto, toda criação e sua base, tudo está contido na sílaba Om.
 
A palavra escolhida pode ser outra. Poderia ser Jesus, ou você pode dizer “Om namah sivaya.Namah significa “eu saúdo”. Siva significa “todo auspicioso”, aquilo que é todo ananda. Portanto, “Ao Senhor, ofereço minhas saudações.” Tais palavras formam uma prece. Se eu precisar, estas palavras são muito úteis. Desde que as palavras tenham um significado, elas podem ser quaisquer.

Om. Om. Om. Há alguma conexão entre elas? - Não, porque cada uma é completa. O pensamento é o mesmo, repetido numerosas vezes. E a repetição precisa existir. 
Por que? - Por que não dizer apenas um único Om? Porque para descobrir o silêncio entre os pensamentos eu preciso, necessariamente, ter muitos pensamentos mas não pensamentos diferentes.

Ter diferentes pensamentos significa que eles formam uma corrente e eu não vou descobrir o silêncio numa cadeia de pensamentos. Portanto, eu me abasteço com um único pensamento muitas vezes. Eu não crio uma corrente mas, ao mesmo tempo, eu vejo muitos pensamentos. O primeiro não é diferente do segundo e o segundo não é diferente do terceiro. Assim eu crio para mim uma situação em que descubro o silêncio entre os pensamentos. Eu não posso deixar de percebê-lo.

E eu faço tudo isto para ver que sou silêncio apesar de ter dois pensamentos sucessivos. Esta nova ocupação, chamada meditação, me ajuda a descobrir com facilidade que eu sou sempre o mesmo. A despeito de todas as ações realizadas, percepções sentidas e pensamentos mantidos, permaneço o mesmo ser livre que é silêncio e não realiza qualquer ação.


Swami Dayananda


Swami, através de sua experiência meditativa, encontrou esse modo de observar os pensamentos e está partilhando conosco  para que possamos também atingir esse tão essencial silêncio, que existe latente em cada ser. Saint Germain, através de afirmações ou decretos, nos conecta com leis universais, acionando ou ativando a Presença Divina em cada um de nós e que podemos direcioná-la onde Ela se faz necessária. Uma maneira de observar e levar a luz divina para essa mente tão atribulada, cheia de pensamentos muitas vezes sem significados, que nós mesmos criamos, é direcioná-la às mais de trezentas afirmações que ele nos legou. Eis aqui algumas delas: EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA; EU SOU A ENERGIA QUE USO EM CADA AÇÃO; EU SOU A INTELIGÊNCIA E A SABEDORIA DIRIGINDO CADA ESFORÇO, etc. KyraKally
Decreto de Saint Germain: Ative a Divina Presença Eu Sou para organizar a sua vida! Afirmações de Luz
Acesse o conteúdo completo em: http://animamundhy.com.br/blog/decreto-de-saint-germain-a-divina-presenca-eu-sou-organizando-a-sua-vida-afirmacoes-de-luz

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

SILÊNCIO E PLENITUDE - Parte I

Para criar uma condição mental que lhe permita ver a Verdade sobre você mesmo é necessário que remova todas as suas noções falsas. Com amor, você deve criticar várias opiniões e preconceitos. Não há outra maneira de se obter clareza que é a melhor coisa que existe. 

Tudo o que nega a visão clara da Verdade precisa ser eliminado juntamente com as noções limitantes e preconceituosas sobre você mesmo. Você se condena, “eu sou inútil, eu sou sem valor”, é esta auto condenação que se torna um obstáculo para conhecer o que você é.

Quando um guru diz que você é Sat e Cit e Ananda, que você é pleno e o centro da criação, que não há qualquer coisa além de você, isto é uma coisa linda que você vê. Não apenas linda, mais do que isto. “Esta Verdade profunda sou eu, não me falta qualquer coisa. Sou tudo o que procuro”. Isto é uma descoberta atordoante. Quem pensaria que poderia ser tudo aquilo? “Como poderia eu, algum dia, imaginar que o que estou procurando na vida é eu mesmo? Pelo mesmo fato de que eu o estou procurando, eu não posso imaginar ser eu mesmo.”



A Verdade é escutada mas não é assimilada. 

 
Para aqueles que parecem seguir o que o guru diz enquanto  ele está falando, tudo parece claro. Ele pensa: “Isto é verdade. Isto é verdade.” Então o mestre se vai e tudo que ele sentiu e tudo o que o mestre disse, também se vai. É por isso que o guru é chamado “ananda”. Quando ele vem, ananda vem, quando ele se vai, ananda se vai.

 

Portanto, você começa a duvidar do que você entendeu. “Será que fui hipnotizado? Acho que ele me fez acreditar que sou maravilhoso. Se eu vi que sou maravilhoso, por que não sinto agora que sou maravilhoso?    
      
Esta é a velha confusão entre conhecimento e experiência.


Todo o ensinamento é um desdobrar. Do mesmo modo que o artista lhe faz ver beleza em algo que você geralmente considera um lugar comum, da mesma forma o mestre lhe faz descobrir você mesmo. Ele não lhe narra a sua própria experiência. Ele usa a sua experiência como a base para o ensinamento e o faz ver a verdade daquela experiência. Isto traz assimilação em termos de conhecer a experiência de você mesmo.
 


Então, se é conhecimento, por que ele parece não permanecer sendo-me útil? Porque a mente é ainda a velha mente com todos os seus gostos e aversões que juntou ao longo de muitos anos e que não vão embora de um momento para o outro.
 


Após escutar o ensinamento ainda sofremos com momentos de tristeza, de frustração, de sofrimento, de raiva - o que não queremos que aconteça prossegue ocorrendo. Assim, a mente estende o seu domínio dizendo: “Eu desejo me ver como um ser pleno todo o tempo!”  Naturalmente eu sou sempre um ser pleno, mas me esqueço disso. No cotidiano este conhecimento não parece ser-me útil e, por isso, parece separado da minha vida. O que posso fazer sobre isto?


Preciso saber que sou a Verdade de cada pensamento. 


Mesmo que se trate de um pensamento agitado ou um pensamento prazeroso  eu sou a Verdade do pensamento. Um pensamento não tem existência sem mim. Ele existe apenas como uma reflexão do meu próprio ser auto fulgente. Ele é algo que brilha depois de mim, como a lua brilha depois do sol e, portanto, um pensamento não pode me perturbar. Ele depende de mim. Se, por outro lado, eu sou o pensamento, então, seja qual for a condição da mente, ela será a minha própria condição. Se a mente é inquieta, eu sou inquieto.


A mente passa por modificações. É esperado que a mente passe por modificações. Eu deveria ver a mim mesmo, apesar dos pensamentos oscilantes, como uma pessoa que é um total silêncio. Assim como o ouro, apesar de ser uma corrente, é todo ouro. Ele não precisa se tornar um anel para ser  considerado ouro. Seja ele uma corrente, um anel ou uma pulseira, ele é ouro puro todo o tempo. Uma vez tendo visto que o pensamento (ou a corrente) é algo aparente, o aparente não poderá causar um problema. Portanto, eu posso e devo ver a mim mesmo não na ausência de pensamentos, mas apesar deles. Isto se chama meditação.


O que é aquele eu imutável que é para ser visto e sentido apesar dos pensamentos? Aquele eu é silêncio. Aquele eu é felicidade. Aquele eu é plenitude. Aquele eu é liberdade. Não lhe falta algo. Ele é sempre livre, o livre, o Ser silencioso.


Agora, o silêncio que é o Ser não é algo diferente de eu mesmo. Poderia eu, em algum momento, ganhar silêncio? Não. Poderia eu, em algum momento, recuperar silêncio? Não, porque eu sou silêncio, eu não preciso fazer qualquer coisa para obter silêncio. Nem eu posso recuperar silêncio porque ele não é uma coisa que vem e vai.


Agitação vem e vai. Todos aqueles pensamentos que parecem destruir o silêncio - vêm e vão. Mas silêncio é algo que permanece sempre, antes da agitação, durante a agitação e após a agitação. Quando a agitação se vai, eu sou silêncio. Mesmo estando quase sempre agitado, parece que o silêncio vem e vai. Na Inglaterra, onde o céu é muito encoberto, parece que o sol vem e vai. Na verdade, o sol não vem e vai. São as nuvens que vêm e vão. O sol sempre permanece.
 

Do mesmo modo, aqui as nuvens em minha mente se retiram e eu vejo a mim mesmo como silêncio. Elas vêm de novo e parece que eu me perco. Isto é tudo o que acontece. Silêncio nunca está longe de mim.
 


Para aprender qualquer coisa, eu preciso ficar em silêncio, de outra maneira o aprendizado não ocorre. Eu obtive algum conhecimento porque fiquei em silêncio algumas vezes. Mas se eu tentar aprender alguma coisa quando existem muitos pensamentos em minha mente, nada acontecerá. Mesmo que seja uma coluna de jornal não fará sentido para mim porque a minha mente está ocupada. Enquanto a mente estiver preocupada é impossível aprender algo novo.




Swami Dayananda

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

REFLEXÕES E QUESTIONAMENTOS
SOBRE A VIDA
 
"Só aquilo que somos tem o poder de nos curar".

"Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro."

"Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe receita para a vida que sirva para todos".

"Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento".

"Não posso lhes dizer como é um homem que goza de completa auto realização. Nunca vi nenhum... E antes de buscar a perfeição, devemos viver o homem comum, sem mutilação".

"Aquilo a que você resiste, persiste."

"Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana".

"O sofrimento precisa ser superado e o único meio de superá-lo é suportando-o."

"Ser normal é a meta dos fracassados!"

"Aquilo que na vida tem sentido, mesmo sendo qualquer coisa de mínimo, prima sobre algo de grande, porém isento de sentido."

"Tudo aquilo que não enfrentamos em vida acaba se tornando o nosso destino."

"Até onde conseguimos discernir, o único."

"propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão da mera existência."

"Tudo que nos irrita nos outros pode nos levara um melhor conhecimento de nós mesmos."

"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda".



JUNG




"Ao longo de sua vida Jung experimentou sonhos muito ricos e visões profundas com características mitológicas e religiosas, que despertaram o seu interesse pelos mitos, pelo mundo dos sonhos e pela psicologia da religião. Além disto, fenômenos parapsicológicos emergiam sempre e redobravam seu espanto e o seu questionamento da vida". "Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana". Reflitamos sobre o que o mundo tem a nos dizer, mas não façamos disso um padrão para medir ou comparar as pessoas, somos seres distintos, cada um com um modelo próprio - impressões digitais e código genético exclusivos, daí já inicia o nosso individualismo, porém precisamos nos agregar ao grande corpo da humanidade para somar as nossas experiências e ao unirmo-nos, compartilhamos nossa vivência e estaremos crescendo como seres luminosos que somos. KyraKally
 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O AMOR JAMAIS ACABA

"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem."

"Já é chegada a hora de vos erguerdes do sono; nossa salvação está agora mais perto do que quando abraçamos a fé. A noite vai avançando e o dia vem chegando. Despojemo-nos, pois, das obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Vivamos honestamente, como em pleno dia, não em glutonerias e bebedeiras, não em mancebias e licenciosidades, não em contendas e inveja. Revistamo-nos de Jesus Cristo e não regalemos a carne para excitar os apetites desordenados"

"Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do espírito, para chegardes a conhecer qual seja a vontade de Deus; o que seja bom, agradável e perfeito."

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e anjos, se eu não tiver amor sou como o bronze que soa ou o sino que retine... mesmo que tivesse toda a fé a ponto de transportar montanhas, se eu não tiver amor, não serei nada..."

"Amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor jamais acaba..."

"Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus. Não recebestes, com efeito, o espírito da escravidão, para ainda viverdes com temor, mas recebestes o Espírito de filiação que nos faz clamar: Abba! (Pai)!"

"Tenho por certo que os padecimentos do tempo presente não têm proporção com a glória futura que em vós se há de manifestar. Bem sabemos que a criação inteira geme, suspirando, transida de dor por novo nascimento. Mas também nós mesmos, que possuímos as primícias do Espírito, gememos em nosso interior, esperando a filiação adotiva, a redenção do nosso corpo."

"Exorto a cada um de vós que não presuma mais de si do que convém, mas sinta de si com modéstia, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque, como em só um corpo temos muitos membros, sem exercerem todos a mesma função, do mesmo modo, embora sejamos muitos, somos um só corpo, sendo todos membros uns dos outros. Temos carismas diversos, conforme a graça que nos foi dada. Quem tiver o dom da profecia, use-o em harmonia com a fé. Quem tem o dom do ensino, dedique-se ao ministério. Quem tem o dom da pregação, pregue. Quem distribui esmola, distribua-a com liberalidade; se é superior, seja-se superior com solicitude; exercendo misericórdia, exerça-se com alegria."




Paulo de Tarso





"O amor é eterno - a sua manifestação pode modificar-se, mas nunca a sua essência... através do amor vemos as coisas com mais traquilidade, e somente com essa tranquilidade um trabalho pode ser bem sucedido'. Van Gogh está certo. O verdadeiro amor conduz as nossas ações, ilumina os nossos sentimentos e leva paz aos nossos pensamentos. Paulo de Tarso sabia disso quando afimou que o "Amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor jamais acaba..."  Exercitemos o amor em cada gesto, em cada palavra, em cada sentimento, em cada pensamento, sejamos o amor! KyraKally





segunda-feira, 26 de outubro de 2015


 



NÃO SABER É SAMADHI


 

Osho, existe algum momento em que a pessoa sabe o porque 
das coisas acontecerem de um jeito e não de outro?



Não, esse momento nunca chega. Esse momento não pode chegar; o conhecimento é impossível. A vida é um mistério - quanto mais você sabe sobre ela, mais misteriosa ela se torna. Você não pode reduzi-la a uma fórmula, não pode reduzi-la a teorias. Ela nunca se torna uma doutrina. Quanto mais fundo você vai, mais se sente ignorante. Mas essa ignorância é abençoada. Esse não saber é incrivelmente belo, é uma benção, porque nesse não saber seu ego morre. 


Esse não saber torna-se o túmulo do seu ego.


E surge o assombroso: Ohh!!! É uma grande alegria! 


O conhecimento é um desmancha-prazeres. As pessoas cheias de conhecimento não são pessoas alegres; elas se tornaram sérias. Estão sobrecarregadas, seu coração não dança mais; só sua cabeça continua crescendo além de toda proporção. Todo o seu corpo desaparece, todos os membros encolhem, restando apenas a cabeça.Elas ficam com a cabeça pesada.
 
Quando o conhecimento desaparece, você fica totalmente em paz com a vida e a existência.


O conhecimento divide. Deixe-me repetir isso: o conhecimento o separa da existência.


Devido a essa separação há uma angústia e uma ansiedade contínua; algo está continuamente faltando. Só um não sabedor pode se unir à vida. Só o não conhecimento une; o conhecimento divide.
 
Em um estado de não saber, você começa a se fundir com as árvores, as montanhas, e as estrelas. Você não sabe onde você termina e onde elas começam, você não sabe nada. Você é de novo uma criança, catando conchinhas na praia. De novo uma criança com olhos repletos de assombro. Por meio desse assombro você começa a sentir o que a existência é - não sabendo, mas sentindo.


Você começa a amar aquilo que ela é - não sabendo, mas amando. E através do sentir e do amor, você começa a viver pela primeira vez. Quem se importa, quem quer saber do conhecimento?
 
As coisas são da maneira que são, não há outra maneira. Essa é a única maneira. E não há uma explicação, do contrário você poderia via a saber. Não existe causa, do contrário você a teria decodificado. Não há razão para a existência. Ela é totalmente absurda, não deveria existir, não há razão para ela. Porque deve haver árvores, estrelas, homens e mulheres - por quê? Não há razão por que deva haver o amor, por que deva haver consciência. Por que tudo isso?
 
O porquê começa a escorregar de você. Um dia de repente você não está mais buscando causas, razões e porquês; Você simplesmente começa a dançar; Você não consegue responder por que está dançando; não há resposta para isso. E todas as respostas que têm sentido são falsas.
 
Por que você ama? Por que a música o deixa eletrizado? Por que vendo uma flor pela manhã você de repente é atraído para ela como se fosse um ímã? Por que à noite você se sente tão atraído pela lua? Por quê? Uma criança está rindo e você para por um momento para olhar para ela e se sente feliz. Por que há ali felicidade? Por que há celebração? Por que há vida? Por que há existência? Não há razão. E se você encontrar alguma razão, novamente será relevante perguntar: Por que?



Se você diz que Deus criou o mundo, então surge a pergunta: por que ele criou o mundo? Isso não resolve nada, simplesmente aprofunda um pouco mais a pergunta - por que Deus criou o mundo?


Você não resolve nada perguntando: por quê? Buda é bem mais verdadeiro: ele diz que ninguém jamais criou o mundo; dessa maneira ele descarta sua pergunta. Ele diz que o mundo sempre esteve ali e sempre estará ali - sem nenhuma razão, sem nenhuma causa. Ele existe sem causa. Isso é difícil para a mente racional, porque sempre buscamos a causa. Quando a causa é apresentada nós nos sentimos à vontade. Ela é um desejo da razão; quando conhecemos a explicação, a causa e a razão, nós nos sentimos bem porque sabemos. Mas o que sabemos?


Toda teologia no decorrer dos tempos não forneceu uma única resposta. Todos os cinco mil anos de filosofia se tornaram fúteis.
Se você me entende eu não gostaria de dizer que nunca chega um momento de conhecimento em que você sabe porque o mundo é da maneira que é r por que não é de nenhuma outra maneira. Quanto mais você penetra em seu ser, menos perguntas surgem. Um dia todas as perguntas desaparecerão. Não estou dizendo que você obtém uma resposta, apenas que as perguntas desaparecem.



O homem que chamamos de iluminado não é o homem que conhece a resposta, mas é o homem cujas perguntas desapareceram. Ele não tem mais nenhuma pergunta. Nesse estado de não questionamento há um grande silêncio, um silêncio total, um silêncio absoluto. E um belo não saber.



Esse belo não saber é iluminação.



Buda não ficou sabendo nada. Tudo o que ele atingiu foi o desaparecimento de suas perguntas. Agora não há mais nenhuma pergunta perturbando sua mente; todo aquele ruído se foi. Ele foi deixado só, em silêncio. Ele não é mais um conhecedor, ele não clama saber isto ou aquilo.



Ele sabe apenas nada.



É por isso que Buda chama de nirvana – não saber nada, ou saber apenas nada. Estar em um estado de não saber é samadhi.





Osho


ÉS VIAJANTE CÓSMICO

Não te desvies da tua meta,

Não te disperses em conjecturas inúteis. 

Dispõe-te à transformação, simplesmente. 
Não tentes conduzí-la. Se aspiras a ir mais além,
 que sentido têm velhos métodos?

A consciência-luz é despertada em ti 
quando te voltas à tua fonte interna e, 
sedento, clamas por água de vida.

A aspiração e a fé te permitirão construir 
um novo tempo, o mundo vindouro.

A vida interior, caminho da libertação, 
revela-se aos puros e inocentes, 
aos que mergulham no desconhecido.

Sendo o que és em espírito, deixa, portanto, 
de lado reações superficiais.

A Obra é universal é infindável, 
e suas raízes se aprofundam na eternidade. 
Cada degrau construído é base para o seguinte,
 e a ascensão contínua é o alento 
dos que dela participam.

Deixa-te permear pelo fogo da devoção, 
pois bênção sublime recai sobre aqueles
que reconhecem o poder do espírito,

Serás conduzido a moradas longínquas.

Pela aspiração e pela fé, serás conduzido
 a participar de um vasto Plano Evolutivo. 
É necessário conheceres outras dimensões da existência 
para poder cooperar amplamente com ela.

Lança-te ao infinito 
com a certeza de que não está só.


 
Trigueirinho









Só podemos ampliar a nossa percepção se tivermos uma visão universal, cósmica, ampla, tão vasta, que chegue a ultrapassar as raias do mundo material, ao qual estamos 'confinados' em corpo físico, pois nada pode enclausurar o espírito, nosso núcleo mais elevado que habita a eternidade. Quando Trigueirinho nos convida para lançarmo-nos ao infinito, certamente toda a bagagem deve ser abandonada: o passado, o antigo, os padrões de conduta, os condicionamentos... É preciso renascer, ressurgir, ressuscitar. Foi a mensagem maior que Cristo Jesus nos legou. “Vós sois Deuses e se o quiserdes podereis fazer o que eu faço e muito mais...” KyraKally