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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

 MESTRE SILÊNCIO


É a ti, Silêncio, amigo e mestre! é a ti que devo
a glória! a ti e à tua esposa, a Solidão!
Pois, indiretamente, é teu todo esse enlevo
das flores que ando a abrir, dos frutos que elas dão!
 
Procuro em ti, contigo, o quatrifólio trevo
da Arte! tudo o que penso, é ouro do teu filão.
Silêncio, vêm de ti o que falo e o que escrevo,
meu professor de calma e de meditação!
 
Paraninfas o idílio oculto à alma que cisma;
paraninfas a fé, no êxtase religioso
e elaboras a luz no sonho, a luz do Ideal!
 
E a luz é mais cambiante e irial sob o teu prisma;
e a paz é mais feliz… ó Silêncio! ó repouso
dos nervos! ó crysol da Vida-Espiritual! 
 
Hermes Fontes
https://www.filosofiaesoterica.com 

O SOM DO SILÊNCIO
 
Um rei enviou seu filho para estudar no templo de um grande mestre com o objetivo de prepará-lo para ser um grande homem. Havia ouvido falar que este mestre ouvia o som do silencio, e com tamanha sabedoria era capaz de superar as mais difíceis provações da vida.

Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre enviou-o para a floresta, e permanecer lá sozinho por um ano. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta detalhadamente.

Meio assustado, lá foi o jovem com esta grande missão, prestar a máxima atenção a todos os sons da floresta por um ano inteiro.

Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir.

Então disse o príncipe:
 
"Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus, a chuva nas folhas..."
 
O mestre ouviu tudo atentamente, e percebeu que o discípulo ainda não estava pronto. Ainda precisava aprofundar na percepção do sutil silencio perene que envolve todos os sons, todos os eventos...

Ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse a floresta, para apurar sua escuta, deveria ser mais atencioso na percepção e no momento presente, deveria aguçar seus sentidos, e perceber profundamente tudo o que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu a ordem do mestre, pensando:

"Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta..." mas seguiu seu caminho...

Por muitos dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Viu nascer no seu coração uma divina sensação de encantamento, e logo tomou conta de seu ser.. Percebeu que não havia medo em seu coração, não havia receio, estranheza, estava se sentindo tão à vontade que todos os sons, toda aquela paisagem lhe era familiar, se sentiu em casa, completamente só naquela floresta.

Pensou: "Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..."

E sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria desfrutar desse momento mágico, que sutilmente lhe revelara a perfeita harmonia entre tudo e todos... Quando retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.

Paciente e respeitosamente o príncipe disse:
"Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...Pude desfrutar da brisa da manhã e beber da fonte de água pura, senti as gotas de chuva refrescando meu rosto e os pássaros bailavam sua dança em meio as flores e as borboletas..."

O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
"Ouvir o inaudível é ter a paz necessária para deixar o silencio interior aflorar e revelar sua natureza essencial. Agora vá, siga seu caminho, seu Dharma...  O inaudível revelou-se a você, todo o Universo dança e canta esta canção.  O inaudível exterior e o inaudível interior são o mesmo, o mesmo silencio perene, cantante, dançante...manifesto... Já não há mais nada a aprender... O Buda despertou..."
 
Conto Zen
http://ventosdepaz.blogspot.com  

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

 COMPREENDENDO OS TEMPOS ATUAIS

 Este é o tempo de dar tudo por amor, 
a fim de que este planeta não sofra 
as consequências das ações da humanidade.

Chamamos de tempos finais o processo de purificação, transformação e redenção que nosso mundo e nossa civilização estão vivendo, como forma de dar um passo na evolução e de começar a viver um novo tempo com uma raça que experimente uma nova ordem, baseada na harmonia, no equilíbrio, na vivência da ciência espiritual, no contato consciente e verdadeiro com outras civilizações no Cosmos e, acima de tudo, com profundo contato interno que torne nossa civilização partícipe do amor universal.

Falamos de redenção quando nos referimos ao processo que os seres vivem quando voltam a se conectar com sua essência e aceitam Deus em seu interior. Dessa forma, chegam à raiz de todos os seus males espirituais, mentais e físicos. Veem e compreendem seus erros e os aceitam, como forma de dissolver o desequilíbrio energético que eles mesmos geraram através da dor, do sofrimento, da não aceitação e da incompreensão. Ao aceitarem Deus em seu interior, são perdoados e reabilitados diante Dele e recolocados no mesmo lugar em que se encontravam antes de cometer esses erros. Dessa forma, podem seguir o caminho evolutivo, o caminho do amor verdadeiro.

Chamamos de purificação o processo que nosso planeta e nossa civilização começam a viver, através do qual todos seremos postos diante das situações (sentimentos, pensamentos e ações) que geramos para com nosso mundo e nossos semelhantes, cujas causas terão efeitos correspondentes, que deveremos assumir, queiramos ou não.

E chamamos de transformação o processo que vive um núcleo de vida – que somos nós próprios – quando necessita inevitavelmente prosseguir, quando já não tem mais nada que aprender do ciclo em que está imerso. Assim como uma criança deve passar da escola primária à secundária para continuar sua formação, nosso planeta e nossa civilização estão no ponto exato de dar o passo que nos levará a um novo ciclo, a uma nova era, estejamos ou não de acordo, uma vez que não podemos deter nosso crescimento nem deter os acontecimentos que terão lugar nessa transformação. Podemos nos unir inteligentemente a esse passo, vivê-lo em harmonia, mas com intensidade, de forma a aprendermos o máximo acerca de nós mesmos e desta etapa que a humanidade viverá pela primeira vez em toda a sua história.

Denominamos resgate a ação realizada pelas Hierarquias cósmicas de alta evolução, que têm o propósito de auxiliar a humanidade na elevação de sua consciência planetária a níveis onde não seja alcançada pelas forças involutivas do caos. 

Mainhdra, é uma das Hierarquias responsáveis por um aspecto fundamental do resgate e da redenção de nossa civilização nestes tempos finais. Como consciência Mãe de todos nós, desempenha papel fundamental na Operação Resgate. Há séculos Ela vem promovendo esse resgate, oferecendo aos seres humanos sua intercessão e ajuda para que as almas possam superar o sofrimento e vazio interior.

Atualmente, Mainhdra habita a sétima dimensão de consciência, conhecida como o Grande Reino Celeste .Ela é reconhecida pelas Hierarquias Confederadas deste Universo Local como um aspecto da energia feminina que representa a Mãe do Mundo, consciência que, no âmbito planetário, é expressão da polaridade feminina de toda a criação. Após sua encarnação como Maria (Mãe de Jesus), Mainhdra retirou-se do planeta para viver, em estrelas confederadas, experiências que prepararam seu ser para a tarefa que realiza atualmente para o planeta, sua humanidade e todo este Universo Local.

Hoje, Mainhdra trabalha liderando um grupo de seres cósmicos femininos, canalizando a energia dos Espelhos do Cosmos e distribuindo-a por todo o planeta, onde quer que seja necessária. No final dos tempos, também estará a cargo de toda a rede de Espelhos da Rede do Tempo, rede formada por todos os Discos Solares dos Retiros Intraterrenos e dos Centros Planetários. Num futuro próximo, ao ativar-se em sua total expressão, essa rede permitirá que nosso planeta ingresse no Real Tempo do Universo para viver sua nova etapa.

Porém, há uma tarefa que ela realiza desde sempre para a humanidade, e muito mais intensamente neste tempo: o resgate planetário.

Denominamos resgate a ação realizada pelas Hierarquias cósmicas de alta evolução, que têm o propósito de auxiliar a humanidade na elevação de sua consciência planetária a níveis onde não seja alcançada pelas forças involutivas do caos. Mainhdra, como consciência Mãe de todos nós, desempenha papel fundamental na Operação Resgate. Há séculos Ela vem promovendo esse resgate, oferecendo aos seres humanos sua intercessão e ajuda para que as almas possam superar o sofrimento e vazio interior. Neste final dos tempos, quando o caos se apodera das consciências, Ela nos diz: 

A todos os Sóis na Terra, convoco a difundir o espírito da oração transformadora. Este espírito deve ser irradiado pela Trindade que nasce da Sagrada Fonte Celeste. 

Filhos, espero que este espírito nasça a partir da essência do coração e que, junto a Mim, o difundam com humildade. Iniciamos o resgate de mais corações e almas que iniciarão sua própria reconversão. 

Ide! Ide rumo às criaturas que necessitam sentir e ver o verbo orante como sua firme fortaleza. Sigamos o caminho da transformação e preenchamos, com nossas orações, os lugares escuros nestes tempos. Chamemos a Luz de Cristo para que cada um seja abençoado e receba a Misericórdia, abrindo os caminhos rumo à redenção. 

Chamo meus filhos que não oram, que não me esperam e que não me amam. Para isto, necessito de vós como luzes na oração, reunidos em grupos de almas, que devem abrir os cofres da luz para as criaturas que estão fechadas a Mim e negadas a Cristo. Devemos comungar na unidade celeste para estes tempos e superar os embates do inimigo.

Quem me procurar, encontrará resgate. Quem me chamar, receberá proteção. Quem vigiar, será formado como Meu soldado orante e vigilante na luz celeste. 

São tempos de resgate e devemos compreender que a oração ardente, nos grupos de almas, deve fortalecer-se na unidade das intenções e no amor às ideias. Serão um só, como meus filhos pródigos, que constroem os caminhos baseados na humildade e que abrem as portas celestes na oração sincera.

A meus grupos de oração planetária, solicito fortaleza e firmeza. São momentos em que as mudanças se aproximam para gerar novos passos espirituais. É necessário difundir a consciência e o espírito da oração, na permanente conexão interna com Cristo. 

Às almas vigilantes, peço vigiar constantemente os templos que, dia a dia, são construídos nos corações. Templos onde Cristo Samana, Rei do Universo, tem sua morada e encontra descanso e repouso nessas almas fortes e corações firmes que se apresentam a Ele para redimir-se. 

O caminho do serviço permite que nos aproximemos do espírito da oração ardente. Para isso, meus filhos, deveis arder em luz e acender mais chamas em oração. 

Unamos, numa só, as intenções de evoluir e permitamos que Cristo Redentor nos conduza para dentro de Seu refúgio e de Seu coração. 

Revelemos a comunhão com Cristo durante os estados de oração, como um momento de consagração espiritual e de elevação interna de nosso espírito a Deus Universal. 

Chamo a todos vós de sóis porque deveis irradiar, para a reconversão, a energia de Minha Imaculada Face e Imaculado Coração. Neste mundo, momento a momento, dia após dia, as luzes perdem seu brilho. São as almas que não me conhecem e que não me encontram por padecerem de falta de orientação.

Acendamos os espíritos que necessitam de Mim e que, junto à Vontade Divina, devo resgatar prontamente. Todos, como meus sóis, devem unir-se à Divindade do Universo. 

Recordai que a oração tem direção e resposta nos espíritos simples. Por isso, devemos propagar a simplicidade da oração nos seres que não reconhecem e que não têm em seu interior Meu Imaculado Coração. Ajudai-me com a força da oração para que mais seres sejam resgatados, perdoados e redimidos. Para este mundo basta, apenas, orar e orar sem cessar. 

Como vossa Mãe Universal, Meu Coração repleto de flechas detém as ofensas que recebe vosso Amado Deus. Sem a Misericórdia, não somos seres resgatáveis, e é vosso compromisso, como humanidade, responder ao raio misericordioso que Cristo nos envia dia a dia. É momento de aliviardes o sofrimento daqueles seres que vivem sem luz e que desaparecem na escuridão

É importante que cada ser da Rede Orante de amor e luz transmita, na oração, a reforma planetária e o estabelecimento da luz para a Terra. 

Se estiverdes em Mim, estarei entre vós.

Se abrirdes vosso coração, voltarão a converter-se em minhas crianças. 

Se escutardes o clamor, construiremos um resgate mais amplo e próximo. 

Segui Comigo. Eu, Mainhdra, Rainha da Paz, vos guio.

 
Texto colhido do livro Mensagens do Grande Reino Celeste

Autora : Madre María Shimani de Montserrat 

Este livro é fruto do trabalho de um grupo de seres que, doados ao Plano Maior de resgate e redenção do planeta, foram contatados pela Hierarquia Mainhdra, que transmitiu a totalidade das mensagens e instruções aqui vertidas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

 O VALOR ESPIRITUAL DO SOFRIMENTO E DA DOR

O sofrimento, embora não faça parte do propósito de Deus, é inerente à personalidade do homem por causa de suas ligações com o passado e do exercício da força do desejo ainda não elevado por objetivos superiores.

A energia própria da alma é a Alegria, um estado de ser totalmente unificado com o propósito da Criação. Circunstancialmente, entretanto, enquanto o indivíduo está vivo, o sofrimento e a dor em seus vários aspectos  fazem parte de sua vida. Compreender suas causas até onde seja possível e remover ou transmutar os elementos que os vitalizam e mantêm deveria ser uma das metas visualizadas pelos seres. 
 
Quando a humanidade conseguir elevar o próprio desejo para objetivos superiores, evolutivos, que transcendem as necessidades normais e comuns criadas pela imaginação ou pelos condicionamentos do passado e, principalmente, quando dispensar o que é supérfluo, luxuoso e paliativo, o sofrimento humano diminuirá o quanto for permitido pela lei cíclica.
 
Um ponto importante diretamente ligado a esse assunto é o princípio básico da lei de causa e efeito: enquanto provocarmos o sofrimento, o teremos em nossa vida. Nesse particular, o fato de a humanidade ainda assassinar animais traz-lhe consequências incalculáveis.
 
A ingestão de produtos de origem animal – em especial de carne – produz inércia nas células físicas, impedindo que o potencial humano, ainda não revelado, se manifeste plenamente. É um poderoso obstáculo ao trabalho evolutivo que o homem de hoje busca conscientemente levar adiante.
 
A carne tem vibração característica de um estágio já ultrapassado pelo homem: o estado instintivo. Quando ele a usa em sua alimentação, mantém-se num ponto não mais condizente com os novos passos que está para dar: o domínio da intuição, o exercício da telepatia superior e a experiência da consciência supramental.
 
Enquanto o homem não transformar a atual forma de tratar os animais, a vibração instintiva ficará circulando nos corpos de sua personalidade por muito mais tempo do que seria necessário, ocupando espaço e impedindo que a luz da intuição e outras luzes de etapas ainda mais avançadas possam neles se instalar. 
 
O sofrimento e a dor têm funções espirituais, morais e físicas para o homem. O valor espiritual e evolutivo do sofrimento e da dor encontra-se no fato de o homem ser por eles levado a concentrar suas forças mentais em descobrir o motivo que o levou a tê-los, o que o ajuda a se desidentificar do próprio ego humano, núcleo cheio de vícios e de hábitos a superar.
 
Do ponto de vista moral, pode-se dizer que não existe no homem um caráter amadurecido e firme se ele não tiver ainda enfrentado estágios de sofrimento e de dor. 
 
Do ponto de vista evolutivo e espiritual, o sofrimento e a dor, quando aceitos, são fatores que impulsionam o progresso; quando, porém, são rejeitados pelas camadas superficiais do ser, deixam de produzir esse efeito e passam a constituir apenas uma purificação de resíduos de ações, sentimentos e pensamentos negativos.
 
Uma importante tarefa da atuação da dor encontra-se em um estágio sutil do desenvolvimento da consciência no qual o sofrimento passa por uma metamorfose e aparece como um sentimento de conforto nunca antes experimentado, nem mesmo dentro da maior felicidade que possa ter estado ao alcance do ser: ele aprende a perceber que a Alegria divina existe em qualquer situação e que pode fazer-se ainda mais visível nos momentos dos quais parecia estar ausente.
 
 
COMO EVITAR AS DOENÇAS 
 
Antigamente se dizia que as doenças eram enviadas por Deus para castigo dos pecadores. Séculos depois, modificou- se essa ideia, passando a ser o “diabo”, criatura má, o responsável por trazê-las. Depois disso, os pesquisadores descobriram os vírus e as bactérias, aos quais foram, então, atribuídas as causas das enfermidades. Mais recentemente, quando começaram a surgir escolas de psicologia, certas doenças passaram a ser consideradas produto ou somatização das reações emocionais e dos estados psíquicos do homem. Assim as pesquisas sobre o assunto persistem. 
 
Quando o apelo interior da humanidade por maior expansão de consciência se tornou suficientemente forte para atrair novos esclarecimentos sobre a saúde e a doença, ela pôde receber conhecimento mais amplo. Além disso, a aprendizagem por vias subjetivas também pôde ser feita através da “leitura” daquilo que está impresso nas camadas do éter cósmico, camadas sutis que envolvem a Terra e que contêm toda e qualquer informação. Através desse acervo, pôde-se perceber pelos sentidos interiores que o atrito provocado na atmosfera terrestre pelas forças construtivas que chegam através dos raios solares produz as doenças no planeta e na maioria dos reinos nele existentes. Isso é causado não pelas forças positivas em si, mas pela própria condição impura da atmosfera terrestre, que reage à sua passagem. 
 
A presença de enfermidades é própria dos níveis de consciência físico-etérico, emocional e mental – não existe além deles. É nesses três planos vulneráveis que também está localizada a parte pessoal de nossa consciência. Na verdade, o homem como um todo é emanação da Mente Única, que se manifesta sob vários aspectos, e a personalidade humana é apenas um deles.
 
Diz certa Lei: “ O homem é o que ele pensa”. Sempre que o pensamento e a energia estejam centrados nas características mais materiais do ser, enfocando de modo exclusivo assuntos da personalidade, o indivíduo estará mais sujeito às doenças, dado que é exatamente nessa área que elas se manifestam.
 
O nosso subconsciente (que é o concentrado de nossas experiências passadas) recebe toda a impressão do que pensamos e sentimos. As camadas psíquicas (planos mental e emocional) e as camadas densas (planos etérico e físico) do planeta também recebem todas as nossas emanações. Tanto o subconsciente como essas camadas reagem, então, segundo o estímulo que lhes enviamos.

Portanto, se alguém confirma em si mesmo somente sua aparência humana através de sua atitude, sem perceber está se abrindo à possibilidade de ficar enfermo. Para estar relativamente livre dessa condição de desarmonia, é necessário que aprenda a permanecer estável na ideia de que a maior parte de seu ser se encontra em níveis além de sua personalidade e que lhe cabe tomar consciência disso de maneira cada vez mais clara. 
 
Atualmente, os poderes superiores que existem dentro do homem estão sendo reconhecidos por ele e a progressiva concentração de sua mente nas dimensões superiores, as supramentais, lhe propiciará certa imunidade, desde que ele persista em seu trabalho de colocar sua personalidade em alinhamento com a vontade “superior”, que existe em seu próprio ser, sepultada. Tal trabalho nada mais é que a contínua atenção em manter-se coerente nas ações, sentimentos e pensamentos com a meta espiritual escolhida.
 
Texto extraído do livro "Páginas de Amor e Compreensão"
Autor: José Trigueirinho Netto 

sábado, 24 de setembro de 2022

 A EVOLUÇÃO DOS REINOS DA NATUREZA

 
No decorrer da escala evolutiva, os seres transferem-se de um reino a outro. Em cada um deles, desenvolvem qualidades e passam por aprendizagens específicas. Cada reino tem funções e metas precisas e inter-relaciona-se com os demais, complementando-os. O termo reino pode também referir-se a certos grupos que possuem características próprias, como o reino das árvores, reino das abelhas, o dos pássaros, entre outros.
 
O reino humano desempenha uma função determinada na corrente evolutiva: por ter intelecto, corresponde ao nível consciente do planeta. À medida que a percepção interna dos membros do reino humano se intensifica, seu relacionamento com os outros reinos torna-se mais criativo e pauta-se mais fielmente pela lei da harmonia,permitindo saber que existe uma só meta, geral e não fragmentada, para todos os seres.
 
Os integrantes do reino mineral exercem ação invisível e profundamente dinâmica ao selecionar os átomos e moléculas com os quais interagem. Essa forma de atuação, impulsionada de modo predominante pela energia da síntese e da ordem, reflete-se na beleza de pedras preciosas, de lagos cristalinos e de atmosferas límpidas.
 
Preparamo-nos para um bom convívio com esse reino se percebemos que em cada partícula mineral está presente, materializada, a força do espírito.
 
Os seres do reino vegetal aprimoram sua doação e irradiação de amor em nível sensorial, porém, de forma pura e imaculada: nutrem, sustentam e curam os membros de outros reinos, exalam aromas harmonizadores, buscam incessantemente a luz e expressam elevados padrões de beleza.
 
Atualmente, a expressão do reino vegetal é uma das mais puras encontradas na superfície da Terra. É o reino que mais cumpre o propósito de sua existência neste planeta e só não chegou a maior plenitude por causa da densidade do psiquismo terrestre. Todavia, algumas espécies se afastaram da meta evolutiva, tais como o tabaco e a papoula, entre outras, que propiciam a corrupção de seres do reino humano. 
 
O bom relacionamento entre os homens e as plantas expande os dons tanto do reino humano quanto do vegetal.
 
O reino animal é um estágio intermediário entre o reino vegetal e o reino humano. Os animais, em geral, desenvolvem a energia da vontade e são sensíveis aos estímulos à atividade. Sobre eles age também a energia da devoção, expressa como domesticidade e estima a seus benfeitores.
 
Deveríamos ser para eles os intermediários das emanações do reino espiritual. De certo modo, representamos para os animais o que Deus representa para nós. Portanto, maus-tratos e indiferença de nossa parte frustram a natural devoção que esse reino está pronto para dedicar-nos, o que retarda o seu progresso.
 
Ajudamos a evolução de um animal ao fortalecer suas condutas mais próximas à humana. Quando uma chispa em seu interior se torna sensível às características humanas, ela começa a destacar-se da consciência grupal e, assim, surge uma alma individualizada. A alma começa a ser formada com estímulos nos níveis internos da consciência
animal e com o despertar dos seres humanos para o nível espiritual.
 
Os membros do reino humano têm a função de elo entre a vida espiritual e a material. O reino humano proporciona a transição de um estado de consciência regido por leis naturais para outro, regido por leis supranaturais.
 
Texto extraído do livro "Páginas de Amor e Compreensão"
Autor: José Trigueirinho Netto

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

 MEDITAÇÃO PELO DESPERTAR PLANETÁRIO

Como a Força da Mente Humana 
Cria a Civilização da Fraternidade Universal
 
 
“Tudo o que somos é resultado do que pensamos no
passado. Tudo o que somos se baseia em nossos pensamentos
e é formado por nossos pensamentos. Se alguém fala ou age
com pensamento puro, a felicidade o acompanha assim como
sua própria sombra, que nunca se afasta dele.”
 (“O Dhammapada” budista, Capítulo 1, Versículo 2)
 
 “Pede, e te será dado; busca, e acharás; 
bate à porta – e a porta se abrirá.”
 (Novo Testamento cristão, Mateus, 7:7)
 
 
A visualização a seguir desenvolve a potencialidade superior do ser humano, destrói circuitos fechados de emoções negativas e abre espaço para uma regeneração cultural. Como meditação e como ação criadora, ela devolve ao cidadão a consciência de que os seus pensamentos criam o futuro, individual e coletivo.
 
A respeito da lei da natureza em que esta meditação se baseia, cabe refletir sobre a seguinte afirmação de Helena Blavatsky:
 
“Havendo uma certa intensidade da vontade, as formas criadas pela mente se tornam subjetivas. Alucinações, elas são chamadas, embora para o seu criador elas sejam tão reais quanto qualquer objeto visível  é para qualquer outro. Existindo uma concentração mais intensa e mais inteligente desta vontade, a forma se tornará concreta, visível, objetiva; o homem terá então aprendido o segredo dos segredos; ele se tornou um MÁGICO.” [1]
 
Na mesma obra, a teosofista russa acrescentou:
 
“Quando a psicologia e a fisiologia se tornarem dignas do nome de ciências, os ocidentais se convencerão da força misteriosa e formidável que existe na vontade e na imaginação humanas, sejam elas exercidas de modo consciente ou não. E, no entanto, é extremamente fácil compreender o espírito deste poder. Basta lembrar do grande axioma segundo o qual cada átomo da natureza, por mais insignificante que pareça, é movido pelo espírito, que é um só em sua essência, e do qual cada partícula representa o todo; e que a matéria, afinal de contas, é apenas uma cópia concreta da ideia abstrata.” [2]
 
Em “A Doutrina Secreta”, ao citar alguns parágrafos de Subba Row, H. P. B. escreveu sobre –
 
“…. A misteriosa força do pensamento, que pode produzir resultados externos, perceptíveis, no plano dos fenômenos, a partir da sua própria energia inerente. Os antigos afirmavam que qualquer ideia se manifestará externamente se a atenção do indivíduo estiver profundamente concentrada nela. Do mesmo modo, uma intensa vontade produzirá o resultado desejado.” [3]
 
O movimento teosófico moderno foi fundado como um projeto de longo prazo. Sua meta é evocar e tornar ativas em nossa humanidade as potencialidades mais elevadas da sua natureza, de modo que novas e melhores civilizações possam finalmente emergir. Por este motivo, encontramos nas Cartas dos Mahatmas as seguintes linhas escritas por um Mestre:
 
“…Estamos contentes de continuar vivendo como o fazemos, desconhecidos e imperturbados por uma civilização que se apoia tão exclusivamente no intelecto. Nem nos sentimos, de modo algum, preocupados com o ressurgimento de nossas antigas artes e elevada civilização, porque elas certamente ressurgirão no momento certo, e de forma ainda mais elevada, assim como os plesiossauros e megatérios em seu próprio tempo. Temos tendência a crer em ciclos que voltam sempre periodicamente e esperamos poder acelerar a ressurreição do que já passou e se foi. Nós não poderíamos impedi-lo ainda que o quiséssemos. A ‘nova civilização’ será apenas filha da antiga, e nos basta deixar que a lei eterna siga o seu próprio curso para que os nossos mortos saiam dos seus sepulcros; mas estamos certamente ansiosos por acelerar o desejado acontecimento.” [4]
 
Os Mestres e seus discípulos estão, portanto, profundamente interessados em acelerar o surgimento de uma nova civilização, que será apenas filha da antiga, e que corresponderá a um renascimento da sabedoria e das civilizações antigas.  Na mesma linha de raciocínio, na frase que conclui seu livro “A Chave Para a Teosofia”, H. P. Blavatsky previu que, se o movimento teosófico cumprir corretamente o seu dever – “a Terra será como um céu, no século 21”.
 
Ainda há tempo para isso. A relação correta entre “céu” e “terra”, ou consciência celeste e consciência humana, é um item decisivo na agenda do movimento teosófico do século 21 e além. O próximo passo da evolução humana é o uso eficiente da energia mental por parte dos seus indivíduos, de modo a alcançar metas nobres e corretas, isto é, benéficas para todos. Este não é um sonho vago. O projeto constitui uma necessidade histórica a ser cumprida gradualmente e completada no tempo certo, de acordo com a Lei do Carma. Cada cidadão pode decidir transformar-se em um centro ativo desta revolução silenciosa. Um Mahatma dos Himalaias explicou:
 
“O cérebro humano é um gerador inesgotável, e da melhor qualidade, que produz força cósmica a partir da energia baixa e bruta da Natureza; e o adepto completo tornou-se um centro do qual se irradiam potencialidades que geram correlações e mais correlações durante épocas sem fim do tempo que virá. Esta é a chave do mistério pelo qual ele é capaz de projetar no mundo e materializar nele as formas que sua imaginação construiu a partir da matéria cósmica no mundo invisível. O adepto não cria qualquer coisa nova, apenas utiliza e manipula materiais que a Natureza apresenta ao redor dele, material que durante todas as eternidades passou por todas as formas. Ele tem apenas que escolher aquela que deseja e dar-lhe existência objetiva.” [5]
 
Poucos parágrafos adiante, o Mestre expandiu a ideia:
 
 “…Cada pensamento do homem, ao ser produzido, passa ao mundo interno e se torna uma entidade ativa associando-se – amalgamando-se, poderíamos dizer – com um elemental, isto é, com uma das forças semi-inteligentes dos reinos. Ele sobrevive como inteligência ativa – uma criatura gerada pela mente – por um período mais curto ou mais longo, proporcionalmente à intensidade da ação cerebral que o gerou. Desse modo um bom pensamento é perpetuado como força ativa e benéfica, um mau pensamento como demônio maléfico. Assim, o homem está constantemente ocupando sua corrente no espaço com seu próprio mundo, um mundo povoado com a prole de suas fantasias, desejos, impulsos e paixões; uma corrente que reage sobre qualquer organização sensível ou nervosa que entre em contato com ela na proporção da sua intensidade dinâmica. A isto os budistas chamam ‘Skandha’. Os hindus lhe dão o nome de ‘Carma’. O adepto produz essas formas conscientemente; os outros homens as atiram fora inconscientemente.” [6]
 
Os Três Objetivos para a Construção do Futuro
 
Desde o século 19, o desenvolvimento das potencialidades sagradas da humanidade faz parte do dharma e do dever do movimento esotérico.  
 
O primeiro dos três objetivos do esforço teosófico inaugurado em 1875 é o estímulo à prática da fraternidade universal. Isso deve ser realizado sabendo-se que a força do exemplo é o alicerce das palavras.
 
A segunda meta é a busca da sabedoria ensinada pela literatura filosófica de todos os tempos e de todos os povos, com prioridade para a sabedoria oriental, que é mais antiga. O terceiro objetivo é a investigação dos poderes latentes na consciência de cada ser humano.
 
As três metas são inseparáveis, e o terceiro objetivo deve ser buscado como mero instrumento para alcançar o primeiro. O progresso real começa quando compreendemos um princípio básico: o egoísmo, que brota da ignorância, é um beco sem saída e provoca um circuito fechado de infelicidade.
 
A meditação a seguir constitui uma prática altruísta. Ela é uma resposta ao desafio lançado por um Mestre através da afirmação de que a humanidade é a grande órfã, já que até agora são relativamente poucos os indivíduos que desenvolveram um sentido de responsabilidade pessoal pelo seu futuro. [7]
 
Aquele que pratica este exercício de contemplação coloca os poderes latentes da sua consciência a serviço da Fraternidade Universal, conforme exige, expressamente, a lei do Carma e da Evolução. Esta é, pois, a maneira correta de desenvolver as potencialidades transcendentes da mente humana. É, também, o modo mais prático de alcançar a felicidade.   
 
A meditação pode ser realizada individual ou coletivamente. Uma boa ideia consiste em fazê-la acontecer em associações comunitárias. É preferível meditar em um lugar onde haja silêncio e ar puro. A sua prática regular produz efeitos mais fortes do que a sua realização como fato isolado, mas ela é sempre benéfica e, ainda que seja feita uma só vez, deixa sua marca invisível e indelével de sintonia com o alvorecer.
 
O Despertar Planetário
 
1)  Sentado, com os pés bem plantados no chão, as partes superiores e inferiores das pernas formando ângulo reto, fique com a coluna ereta.
 
2)  Respire calma e profundamente. Deixe de lado as preocupações com assuntos pessoais de curto ou médio prazo.
 
3)  Relaxe os pés, depois as pernas, as mãos, os braços, e finalmente os músculos do rosto. Sinta o contraste entre a musculatura relaxada e a coluna vertebral firme. Assim  devemos ser diante da vida: firmes no essencial e flexíveis no que é secundário.
 
4)  Lembre-se de que esta não é a sua primeira encarnação, e pense, lentamente, no sofrimento acumulado da humanidade durante os últimos milênios.  Pense nos níveis atuais de dor humana nos diferentes continentes de nosso planeta.  Observe seu próprio sofrimento: mesmo esperanças e aspirações trazem consigo frequentemente formas de sofrimento.  Reflita sobre o fato de que é possível transmutar o sofrimento em sabedoria. Reconheça que o apego à dor não é necessário. Admita que todo obstáculo é fonte de lições. Perceba com calma que a tarefa do ser humano é crescer interiormente, fortalecendo a vontade de fazer e viver o melhor.  Contemple o próximo passo da evolução: ele consiste em cada cidadão aprender em sua própria alma a arte de viver com altruísmo impessoal. Assim se irradia pouco a pouco uma felicidade durável para todos.
 
5)  Visualize os seres humanos em todas as partes do mundo tirando lições de cada desafio que enfrentam. Veja a sabedoria e a solidariedade permeando as relações entre todos em cada continente. Imagine a humanidade a despertar agora para a força ilimitada da ajuda mútua.  Mantenha diante de si, por um instante, a imagem de cada cidade e comunidade rural acordando para a solução fraterna dos seus problemas. Enxergue todos os lugares como centros ativos de uma civilização global baseada nos princípios da autorresponsabilidade e da ajuda mútua.  
 
6)  Veja o rádio, a televisão, os meios impressos de comunicação social e os websites promovendo ativamente metas pacíficas que visam o bem-estar comunitário. Observe com calma a civilização de hoje enquanto ela constrói mecanismos de solidariedade, no vasto e inspirador mundo da sua própria mente criativa. Fortaleça seu compromisso pessoal com esta visão de planeta. A humanidade é o círculo de Pascal, cujo centro está em todas as partes, e você seguramente não é uma exceção.    
 
7) Visualize por alguns instantes dirigentes políticos sinceros partilhando e facilitando o processo do despertar planetário. Lembre-se de que aquilo que é difícil tem mais mérito. Basta que a meta seja digna. Imagine a sua cidade e o seu país como territórios em que reina a ética. Veja-os prontos para uma nova era de fraternidade entre todos os seres. Guarde consigo esta imagem revolucionária. Mantenha-a nítida em sua mente e coração. Veja a si mesmo como corresponsável pelo despertar coletivo.
 
Faça com que esta visão elevada permaneça mais forte que os sentimentos antigos e rotineiros. Deste modo você desenvolve corretamente o poder da sua vontade, enquanto acelera o surgimento da civilização do futuro.
 
O século 21 permite que haja uma satisfação crescente no processo pelo qual percebemos que todos nós somos como o velho Atlas mitológico e carregamos conosco o peso do mundo. Embora cada um de nós seja corresponsável pelo planeta, à medida que emerge a ética planetária o mundo se torna mais leve, e as novas gerações de almas adultas assumem sem amargura a tarefa de zelar pelo bem comum.
 
Carlos Cardoso Aveline 
Om, shanti. Paz.
 
NOTAS:

[1] Helena P. Blavatsky, em “Isis Unveiled”, Theosophy Co., Los Angeles, Vol. I, p. 62. Veja também a edição brasileira, “Ísis Sem Véu”, Ed. Pensamento, volume I, capítulo II.
[2] “Isis Unveiled”, vol. I, p. 384. Na edição brasileira, “Ísis Sem Véu”, volume III, p. 88. A partir destas palavras, H. P. B. continua discutindo o assunto durante várias páginas.
[3] “The Secret Doctrine” (“A Doutrina Secreta”), edição original em inglês, Theosophy Co., Los Angeles, Vol. I, p. 293.
[4] “Cartas dos Mahatmas”, Editora Teosófica, Brasília, volume I, Carta 11, pp. 81-82.
[5] “Cartas dos Mahatmas”, Editora Teosófica, Brasília, edição em dois volumes, ver volume II, pp. 341-342.
[6] “Cartas dos Mahatmas”, Editora Teosófica, Brasília, edição em dois volumes, ver volume II, p. 343.
[7] Veja “Cartas dos Mahatmas”, Editora Teosófica, volume I, Carta 15, p. 101. Em cerca de 20 linhas dedicadas a este assunto, podemos ver estas palavras do Mestre: “Pois é a ‘Humanidade’ que é a grande órfã, única deserdada desta terra, meu amigo. E cada homem capaz de um impulso altruísta tem o dever de fazer alguma coisa, mesmo que pouco, pelo bem-estar dela.”
 
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