Na atualidade, imperam estas três condições e a humanidade faz
frente a uma nova oportunidade. O desastre que atingiu a humanidade é
de proporções universais; ninguém pôde escapar e todos estão, em uma ou
outra forma, implicados nele – física, econômica ou socialmente. O
despertar espiritual dos homens (crentes ou não, porém em maior escala os
não crentes) é geral e pleno, podendo observar-se, em toda parte, um retorno
para Deus. Finalmente, estas duas causas produziram na humanidade – como
nunca ocorrera antes – um apelo invocativo mais claro, mais puro e mais
altruísta – jamais verificado em qualquer outra época da história humana
– porque está baseado em pensamentos mais nítidos e na angústia comum. A
verdadeira religião está aflorando, novamente, no coração do homem; o
reconhecimento de uma esperança e âmbito divinos, possivelmente fará com que
os povos voltem à igreja e pratiquem as religiões mundiais, porém,
com maior segurança, levá-los-á de volta para Deus.
Inegavelmente, religião é o nome que damos ao apelo da humanidade que
conduz a uma resposta evocadora do Espírito de Deus. Este Espírito atua em
todos os corações humanos e em todos os grupos. Ele trabalha também por
intermédio da Hierarquia Espiritual do planeta. Impele o Cristo, Guia da
Hierarquia, a atuar, e a atividade que desenvolve, permitir-Lhe-á que volte
com Seus discípulos.
A ideia do retorno do Cristo é muito familiar e o conceito de que o Filho
de Deus regressa em resposta às necessidades humanas, está incluído nos
ensinamentos da maioria dos credos mundiais. Desde que aparentemente nos
abandonou e se dirigiu para o nível em que O colocaram os fieis, pequenos
grupos destes chegaram a crer que, em determinada ocasião, regressaria, porém
suas profecias e esperanças se viram sempre frustradas. Ele não retornou.
Estas pessoas têm sido alvo de zombaria, por parte da multidão e censuradas
pelos inteligentes. Seus olhos jamais O viram nem tiveram um indício tangível
de Sua presença. Na atualidade, milhares de pessoas sabem que Ele virá, e que
já se iniciaram os planos para Seu reaparecimento, porém não se
fixou data nem hora. Apenas dois ou três conhecem o momento,
“porém, no momento em que não pensardes, Ele virá” (Mat. 24, 44).
Uma verdade que se faz difícil ao pensador ortodoxo aceitar é o fato de
que Cristo não pode voltar porque sempre tem estado na Terra,
vigiando o destino espiritual da humanidade; Ele nunca nos deixou, ao invés,
em corpo físico e bem protegido (mas que não oculto), tem guiado os assuntos
da Hierarquia Espiritual e de Seus discípulos e colaboradores, os quais,
conjuntamente, se comprometeram com Ele a servir na Terra. A única coisa que
Ele pode fazer é reaparecer. Constitui uma verdade espiritual que, aqueles que
passaram da tumba para a plenitude da vida de ressurreição, podem ser
visíveis e ao mesmo tempo se tornar invisíveis para o crente. Ver e
reconhecer são duas coisas inteiramente distintas, e um dos grandes
reconhecimentos, por parte da humanidade, num futuro próximo, é que Ele
sempre esteve conosco, compartilhando os valores familiares, as
características de nossa civilização e as inumeráveis dádivas que tem
concedido ao homem.
Os primeiros indícios de que Se aproxima com Seus discípulos já podem ser
percebidos por aqueles que observam e interpretam, corretamente, os sinais dos
tempos, podendo notar nestes, a união espiritual daqueles que amam seus
semelhantes. Constitui em realidade a organização do exército físico
externo do Senhor, que só tem como arma o amor, a palavra reta e as corretas
relações humanas. O estabelecimento desta organização desconhecida tem
continuado com extraordinária velocidade, durante o após guerra, porque a
humanidade já está cansada de ódios e controvérsias.
Os colaboradores de Cristo já se acham ativos no Novo Grupo de Servidores
do Mundo, constituindo o grupo de precursores mais poderoso que jamais houve,
ao preceder a entrada de um grande Personagem mundial no campo da vida humana.
Seu trabalho e influência hoje se veem e sentem em toda parte, e nada pode
destruir o já realizado. Desde 1935, tratou-se de aproveitar o efeito
espiritual e organizador produzido pela Invocação, através de sua
recitação e expressão, dirigindo a energia da demanda invocadora da
humanidade para esses canais que vão desde a Terra até o Altíssimo lugar
onde mora o Cristo. Dali, ela tem sido transmitida a esses níveis ainda mais
elevados, de onde a atenção do Senhor do Mundo, o Ancião dos Dias, o Pai de
todos nós, além das Energias criadoras e dos Seres Viventes que moram nEle,
pode ser dirigida à humanidade, a fim de dar os passos necessários que
levarão a objetivar mais rapidamente os propósitos de Deus.
Pela primeira vez na história da humanidade, o apelo dos povos da Terra é
tão poderoso, e se acha tão de acordo com a orientação divina, em tempo e
espaço, que inevitavelmente, se cumprirá. O esperado Representante espiritual
há de vir; porém, desta vez não virá só, senão acompanhado por Aqueles
cujas vidas e palavras evocarão o reconhecimento de todos os setores do
pensamento humano. As profecias simbólicas, encontradas em todas as Escrituras
mundiais, relacionadas com este iminente acontecimento, demonstrarão sua
veracidade, muito embora seja necessário reinterpretar seu simbolismo; as
circunstâncias e os acontecimentos não serão exatamente como as Escrituras
parecem indicar. Ele virá, por exemplo, nas “nuvens do céu” (Mat. 26,64),
como o dizem as Escrituras cristãs, mas, que tem isto de sobrenatural, quando
milhões de pessoas viajam pelo espaço a toda hora do dia e da noite? Menciono
isto como uma das profecias mais destacadas e conhecidas; contudo, tem muito
pouco significado para nossa civilização moderna. O importante é que Ele
virá.
O Festival de Wesak vem-se celebrando durante séculos, no conhecido vale
dos Himalaias (creia-se ou não), com o fim de:
1 – Confirmar que Cristo existe fisicamente entre nós, desde Sua suposta
partida.
2 – Comprovar, no plano físico, a real similitude que existe quanto ao
processo de aproximação a Deus adotado pelo Oriente e pelo Ocidente. Tanto
Cristo como Buda estão presentes.
3 – Estabelecer um lugar de reunião para Aqueles que, anualmente – em
forma sintética e simbólica – se vinculam e representam a Casa do Pai, o
Reino de Deus e a Humanidade.
4 – Demonstrar a natureza do trabalho que o Cristo há de realizar como o
grande Intermediário, como Representante da Hierarquia Espiritual e como Guia
do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Por Seu intermédio proclamar-se-á o
reconhecimento da existência do Reino de Deus aqui e agora.
Uma das mensagens principais para nós, que lemos estas palavras, talvez
seja a grande verdade e a realidade da Presença física do Cristo, nesta
época, na Terra, e de Seu grupo de discípulos e colaboradores, de Sua
representativa atividade, em bem da humanidade, e da estreita relação que
existe entre eles. Esta relação é percebida em certos grandes festivais
espirituais e inclui não só o Reino de Deus, mas também o Pai e a Casa do
Pai. Temos o Festival da Páscoa em Áries, o Festival do Buda ou Wesak em
Touro, Cuja presença física representa a solidariedade espiritual de nosso
planeta, e o Festival de Junho em Gêmeos, denominado, peculiarmente, o
Festival do Cristo, em que – como Guia do Novo grupo de Servidores do Mundo
– recita a Grande Invocação em bem de todas as pessoas de boa vontade,
reunindo, ao mesmo tempo, as súplicas incipientes e não expressadas daqueles que
buscam um novo e melhor modo de viver. Eles aspiram ao amor em sua vida
diária, corretas relações humanas e compreensão do Plano subjacente.
Estes são os acontecimentos físicos de importância, não as vagas
esperanças e promessas dos dogmas teológicos. É a Presença física em nosso
planeta dos conhecidos Personagens espirituais como o Senhor do Mundo, o
Ancião dos Dias; os Sete Espíritos ante o trono de Deus; o Buda, Guia
espiritual do Oriente, e o Cristo, Guia espiritual do Ocidente – todos os
quais absorvem nossa atenção, nestes momentos decisivos. A crença incerta
sobre Sua existência; as vagas especulações sobre Seu trabalho e Seu
interesse no bem-estar humano e o ainda não convencido, posto que esperançoso
e fervente, anelo dos crentes (assim também dos não crentes), serão de
pronto substituídos por certo conhecimento, pela identificação visual, por
alguns indícios de ação executiva e pela reorganização (por homens de
inusitado poder) da vida pública, religiosa, econômica e social da
humanidade.
Isto não virá como consequência de alguma proclamação, ou de um
maravilhoso acontecimento planetário que fará os seres humanos exclamarem:
“Louvado seja, Ele está aqui. Eis aqui os sinais de Sua divindade!” porque
só provocaria antagonismo e zombaria, incredulidade ou credulidade fanática.
Virá, porque foi reconhecida Sua capacidade de liderança, através das
mudanças dinâmicas, porém lógicas, efetuadas nos assuntos mundiais, e à
ação empreendida pelas massas, desde o mais recôndito de suas consciências.
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