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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

 REVENDO ANTIGAS POSTAGENS

 QUEREMOS ESCAPAR DA DOR DA VIDA
POR MEIO DA ESTUPIDEZ

 
Como somos insensíveis, como faltam as respostas ágeis e adequadas, como somos pouco livres para observar! Sem sensibilidade, como pode haver receptividade, um entendimento livre de esforço? O próprio esforço impede o entendimento. O entendimento vem com uma elevada sensibilidade, mas a sensibilidade não é uma coisa a ser cultivada. Aquilo que é cultivado é a pose, a aparência superficial, artificial; e esse revestimento não é sensibilidade, é um maneirismo, superficial ou profundo, de acordo com as influências. Sensibilidade não é um efeito cultural, resultado da influência; é o estado de estar vulnerável, aberto. O aberto é o implícito, o desconhecido, o imponderável. Mas somos cuidadosos para não sermos sensíveis; é doloroso demais, exige demais, requer constante ajuste, o que é consideração. Considerar é ser atento; mas nós preferimos ser consolados, anestesiados, tornados estúpidos. Os jornais, as revistas, os livros, por meio de nosso vício de leitura, imprimem sua marca embotadora; pois ler é uma fuga maravilhosa, como o álcool ou os rituais. Queremos escapar da dor da vida e a estupidez é o modo mais eficaz: o embotamento produzido pelas explicações, por seguir um líder ou um ideal, por ser identificado com alguma realização, algum rótulo ou característica. A maioria de nós quer ser tornada estúpida, o hábito é muito mais eficaz para anestesiar a mente. O hábito da disciplina, da prática, do esforço sustentado para ser algo — são modos respeitáveis de se tornar insensível.“Mas o que se poderia fazer na vida sendo sensível? Nós todos murcharíamos e não haveria ação efetiva.”
 
O que os estúpidos e os insensíveis trazem para o mundo? Qual é o resultado de sua ação “efetiva”? Guerras, confusão interna e externa, crueldade e maior sofrimento para si mesmos e para o mundo. A ação do desatento leva à destruição, à insegurança física, à desintegração. Mas a sensibilidade não surge facilmente; ela é o entendimento do simples, o que é altamente complexo. Não é um processo de recolhimento, de atrofiamento, de isolamento. Atuar com sensibilidade é estar atento ao processo total do atuante. “Entender o processo total de mim mesmo levará um longo tempo, e enquanto isso meus negócios serão arruinados e minha família morrerá de fome”.
 
Sua família não morrerá de fome; mesmo que você não tenha economizado dinheiro suficiente, é sempre possível providenciar para que eles sejam alimentados. Seus negócios, indubitavelmente, irão à ruína; mas a desintegração em outros níveis da existência já acontece. Você está preocupado somente com a desintegração externa, não quer ver ou saber o que se passa no interior de si mesmo. Você negligência o interior esperando construir no exterior; mas o interior está sempre superando o exterior. O exterior não pode durar sem a totalidade do interior; mas esta não é a sensação repetitiva da religião organizada nem o acúmulo de fatos chamado conhecimento. O caminho de todas essas buscas internas precisa ser entendido para o exterior sobreviver, para ser saudável. Não diga que você não tem tempo, pois você tem tempo suficiente; não é uma questão de falta de tempo, mas de negligência e falta de vontade. Você não tem riqueza interior, pois quer a gratificação das riquezas interiores, como já possui a das exteriores. Você não está em busca de recursos para alimentar a sua família, mas da satisfação de possuir. O homem que possui, seja propriedade ou conhecimento, nunca pode ser sensível, ele nunca pode ser vulnerável ou aberto. Possuir é se tornar estúpido, quer seja a posse da virtude ou dinheiro. Possuir uma pessoa é não perceber aquela pessoa; buscar e possuir a realidade é negá-la. Quando você tenta tornar-se virtuoso, não é mais virtuoso; sua busca da virtude é somente a obtenção da gratificação em um nível diferente. Gratificação não é virtude, mas virtude é liberdade.
 
Como o estúpido, o respeitável, o não virtuoso, pode ser livre? A liberdade da solidão não é o processo fechado do isolamento. Estar isolado na riqueza ou na pobreza, no conhecimento ou no sucesso, na ideia ou na virtude, é ser estúpido, insensível. O estúpido e o respeitável não podem estar em união; e quando o fazem, é com suas próprias projeções. Para estar é comunhão é preciso que haja sensibilidade, vulnerabilidade, a libertação ao tornar-se algo, que é a libertação do medo. O amor não é um tornar-se algo, um estado de “eu serei”. Aquilo que se está tornando não pode estar em comunhão, pois está sempre se isolando. O amor é o vulnerável; o amor é o aberto, o imponderável, o desconhecido. 
 
Krishnamurti
http://pensarcompulsivo.blogspot.com

 

Estupidez não significa ausência de inteligência, significa simplesmente quando você não a usa. É porque os seres humanos têm inteligência: é por isso que podem ser estúpidos. Se a inteligência não estiver presente, você não pode chamar os seres humanos de estúpidos.
 
Você não pode chamar uma pedra de estúpida: uma pedra é uma pedra, não se pergunte a questão da estupidez. Mas se você pode chamar assim os seres humanos, porque com eles há esperança, há um raio de luz. Com o ser humano, uma porta se abre para a vida após a morte. O homem pode transcender a si mesmo e não está fazendo isso: isso é estúpido. Pode crescer e não está crescendo, está se agarrando a todos os tipos de imaturidade: essa é a sua estupidez, ou começa a viver do seu passado ou a projetar o futuro que não existe: essa é a sua estupidez.

Você deve viver no presente com profunda paixão, com grande amor, com intensidade, com consciência, e isso se tornará sua inteligência.

Inteligência e estupidez não são energias separadas. A energia que opera em harmonia é a inteligência, a mesma energia que opera nas contradições é a estupidez. O homem pode ser estúpido; Mas não pense que isso é uma vergonha Superficialmente, parece uma desgraça, mas, oculto por baixo, está uma grande glória, um grande esplendor, que pode ser descoberto.

Mas a sociedade, o que você chama de religiões, afirma, bem, a massa, eles querem que você seja estúpido. Ninguém quer que você seja inteligente. Todos o condicionam a permanecer estúpido por toda a vida, pela simples razão de que as pessoas estúpidas são obedientes. Pessoas inteligentes começam a pensar por si mesmas, começam a se tornar indivíduos, começam a ter sua própria vida, seu próprio estilo de vida, sua própria maneira de ver, de ser, de crescer. Eles não fazem mais parte da massa: eles não podem. E então a massa fica ofendida; as massas não querem que ninguém seja mais do que uma "pessoa comum"; ele é contra uma pessoa comum se tornar mais inteligente, mais individual, mais consciente e não mais fazer parte da psicologia da multidão.

E todas as sociedades precisam de escravos, precisam de pessoas que funcionem como robôs ou máquinas. Eles não querem pessoas, eles querem mecanismos. Portanto, todo condicionamento visa fortalecer o ego. Isso serve a um propósito duplo. Em primeiro lugar, dá à pessoa a sensação de que agora pode lutar na vida. E, em segundo lugar, é bom para todos os interesses adquiridos. Eles podem explorar a pessoa, podem usá-la como meio para seus próprios fins.

Uma pessoa inteligente nunca pode usar outra pessoa como meio, ela respeitará o outro. Uma pessoa inteligente será capaz de ver a igualdade de todos. Sim, você também verá as diferenças, mas elas não importam quando se trata de igualdade. Você terá um profundo respeito pela liberdade dos outros: não pode explorá-los, não pode reduzi-los a coisas, não pode torná-los trampolins para a realização de algum desejo absurdo de ser o primeiro.

Embora a sociedade destrua sua inteligência, ela não pode destruí-la totalmente, ela apenas a cobre com muitas camadas de informação. E toda a função da meditação é levá-lo mais fundo em você mesmo. É um método de mergulhar em seu próprio ser, até alcançar as águas vivas de sua própria inteligência, até descobrir a fonte de sua própria inteligência. Com uma vida tão curta, com uma fonte de energia tão pequena, é simplesmente estupidez desperdiçá-la com tristeza, com raiva, com ódio, com ciúme.Aproveite a vida com amor, aproveite-a fazendo algo criativo, com amizade, com meditação. Faça com sua energia algo que o eleve.E quanto mais alto for,mais fontes de energias estarão disponíveis para você. No ponto mais elevado da consciência, você é quase um Deus.

Osho
http://oshoespiritual.blogspot.com


 
Quando Jesus disse: "... Deixai tudo e Me siga... " Ele não só estava se referindo ao apego pelos bens materiais, como também a todos os outros apegos abstratos, aqueles que não conseguimos ver a olhos nus, pois esses são mais perigosos, tais como poder, erudição e muito mais... Enquanto estivermos atados a esses estados seremos sempre estúpidos. O 'conhecido' não tem mais serventia, precisamos buscar o desconhecido. Necessitamos, sim, estar em comunhão com este manancial de amor, este universo imenso e imponderável que nós resumimos em uma só palavra "DEUS". Para que isso aconteça temos que estar nus, retirar todos os entulhos, essas vestes de conhecimento, poder, erudição... como repetem aqueles que, certamente, O encontraram: "Temos que voltar a ser criança", pois a inocência é uma ferramenta imprescindível para esse fim.

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