A cura do planeta começa com a dos seres que o habitam. Mas às vezes o eu espiritual está pronto para servir conforme a lei evolutiva, e a personalidade não responde convenientemente ao seu chamado. Mediante essa resistência, ela passa a manifestar uma série de desequilíbrios: angústia, depressão, alienação, esclerose, tumores, doenças diversas. O sofrimento que vem deles tem a função de despertar a personalidade para o que é real e necessário. Se nos voltarmos para o centro da consciência e perguntarmos:
“Qual é minha verdadeira vida?”
“Que estará delineado para ela?”
“Que lugar devo ocupar neste mundo?”
“Que caminho me cabe seguir?”
“Que devo mudar para cumprir a vontade maior do meu ser?
Sentiremos algo mover-se internamente. Mesmo que não haja resposta imediata, deveríamos continuar tentando estabelecer a conexão com o nosso eu espiritual, pois o fato de nos dedicarmos a isso produz sempre deslocamentos, mesmo que imperceptíveis a princípio.
Diferenciamos a vontade superior da nossa vontade humana pelos seus efeitos. Se a vontade humana prevalece, continuamos a ter reações emocionais: gostamos ou não de uma coisa, ficamos entusiasmados ou desanimados perante uma situação, vaidosos ou deprimidos perante outras. A vontade superior não provoca tais reações. Quando a seguimos, realizamos o que é necessário sem perceber os resultados e só depois nos damos conta de que crescemos em consciência.
Ao perguntarmos ao profundo do ser qual é a meta da nossa vida, saberemos o primeiro passo a dar; e, à medida que formos obedecendo às indicações recebidas, outros passos nos serão mostrados. Não nos é pedido saltar grande distância de uma só vez, mas apenas aquela para a qual estamos capacitados. Assim, passo a passo vamos caminhando para o nosso verdadeiro destino.
José Trigueirinho Netto - Do livro "Três Processos de Cura"
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