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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A VIDA VAI NA DIREÇÃO DO OLHAR DE CADA UM

Autoestima: o que é gostar de si mesmo incondicionalmente? 

Estamos sempre caminhando em direção ao foco determinado pela nossa consciência. É ela que cria a nossa realidade. Tente olhar para um lado e caminhar para outro, e veja se consegue. Certamente, surgirá muitas dificuldades e os obstáculos provocarão muitas quedas.

Determinação e foco são os ingredientes que nos levam mais rapidamente a atingir os objetivos e a evolução como seres humanos e espíritos. Gentileza atrai gentileza. Respeito atrai respeito. Amor atrai amor. Ódio atrai ódio. Desgraça atrai desgraça. Abundância atrai abundância.No Universo, tudo é energia. Os próprios planetas, as estrelas e as galáxias se formaram pela atração. Poeiras cósmicas e gazes com a mesma vibração atraíram-se e solidificaram-se até formar blocos que resultaram em novos corpos celestes.

Não foi o homem que inventou nada disso. Aliás, o homem não inventou nada daquilo que é natural e perene. Não inventou nada daquilo que há na natureza. O homem apenas inventou aquilo que pode tirar proveito em causa própria.

Com o passar do tempo, criou-se uma cultura de propriedade. De posse. Como se aquilo que é material fosse tão importante ao ponto de levar consigo após a morte do corpo de carne. É a cultura da crença que um pode ter mais PODER sobre os outros, e os bens materiais e o dinheiro sempre representaram muito bem esse PODER.

Depois inventaram também os cargos e as leis para criar hierarquias de comando. E se não bastasse isso, desenvolveu-se a indústria armamentista e as guerras. Criou-se países e territórios com suas fronteiras. E assim, sucessivamente, o homem voltou-se para fora de si mesmo, querendo cada vez mais aumentar o seu domínio territorial e pessoal, fazendo valer a sua vontade sobre os outros. Desta forma, surgiu “O TIME DE ADMINISTRADORES DO MUNDO”. Também denominada de CABALA ESCURA, esse grupo se transformou num POLVO, cujos tentáculos estão presentes em cada pedaço do Planeta Terra.

O homem esqueceu da sua alma. Esqueceu que é um espírito imortal e a sua presença aqui na materialidade é apenas um breve estágio num corpo de carne provido de uma consciência, que precisa apenas aprender a criar. Criar e evoluir dentro de um mundo limitado pelo véu do esquecimento. Lembrar que há um mundo infinito e perene fora da matéria, mas precisa reconhecer que essa “amnésia” momentânea é necessária para que ele desenvolva suas aptidões para a sobrevivência dele próprio nesse mundo hostil, mas acima de tudo, desenvolva por meios lícitos, baseados na ética e na moral, todos os meios de que necessita enquanto permanecer na fisicalidade. Para permitir ao Espírito encarnado a possibilidade de retorno ao LAR ESPIRITUAL, o homem possui uma bússola interna, que é sua intuição.Uma vez esquecendo quem ele é, o homem foi aos poucos se deixando sugestionar e enganar pela Cabala Escura. Passou a agir dentro de uma “NORMOSE” que nada mais é que uma patologia. Como descreve o autor do livro com esse título: “Normose, a patologia da normalidade”.

Ser normal é seguir os outros. Todos para a mesma direção. Todos servindo aos mesmos propósitos. Todos produzindo para o mesmo grupo, ou seja, O TIME. E depois de tantos milênios, a humanidade se transformou num exército de soldadinhos hipnotizados pelas crenças, pelos costumes e pela dependência.

Somos dependentes de tal maneira que acreditamos que não é possível sobreviver sem o governo, sem os bancos, sem os medicamentos, sem a escola, sem a igreja, sem esse exagero de “bens materiais” e frivolidades que nos fizeram acreditar essenciais. E nos tornamos escravos do SISTEMA.

Mas agora tudo está mudando. Há uma LUZ muito forte que ilumina e dissipa a escuridão da alma. Há o despertar de uma nova consciência. Enfim, a LUZ no fim do túnel!! Espíritos muito evoluídos e altamente preparados estão reencarnando em massa na Terra. A LUZ CRISTALINA que eles trazem ilumina todas as dobras do inconsciente humano que ainda está preso em suas velhas crenças. Isso promove um despertar coletivo.

Os adultos estão se beneficiando com a Luz dessas crianças Cristal. É uma oportunidade que nos proporciona MUDAR A DIREÇÃO DO NOSSO OLHAR. Mudar o olhar nos faz ver coisas que antes não víamos ou não queríamos ver. Muda a paisagem. Vemos beleza onde antes só havia sombra. Vemos possibilidades onde antes só víamos limitações.

Mudando o foco do olhar, descobrimos que há muitos caminhos….há muitas direções. E o melhor: que há muitas alternativas, todas magníficas! Descobrimos a força que temos e o PODER INTERIOR que se sobrepõe ao poder dominador da Cabala Escura. Descobrimos que somos únicos, individuais e seres divinos. Descobrimos que ninguém é superior ao outro, até porque isso não importa, já que viemos aqui para aprender coisas que só interessam ao nosso próprio Espírito.

Como numa escada, cada um está no degrau que já conseguiu subir. Descobrimos também que a energia que emanamos volta novamente para quem a emanou. Descobrimos que, invariavelmente, a vida vai em direção aonde colocarmos o nosso olhar.

Vital Frosi 

https://www.eusemfronteiras.com.br 

 

"A mente é, para o homem de hoje, o seu campo de batalha, mas poderia transformar-se em seu campo de serviço e instrumento de evolução se ele buscasse purificá-la, observando uma lei oculta que afirma: “a energia segue o pensamento”. O caminho evolutivo é um eterno prosseguir, é uma mudança e transformação contínuas, sempre rumo a estados em que o ser mais perfeitamente possa expressar o padrão vibratório que lhe está reservado desde sua origem". (Trigueirinho-https://www.fraterinternacional.org) Como disse o autor do texto acima: "estamos aqui para aprender coisas que só interessam ao nosso próprio Espírito". Com a sua permissão, Vital Frosi, eu mudaria a palavra 'aprender' por 'experimentar', pois, na realidade, esta complexa personalidade - corpo físico, corpo emocional e corpo mental, suponho que é somente um veículo de experiência da alma no plano físico concreto; e como disse o autor: "Estamos sempre caminhando em direção ao foco determinado pela nossa consciência. É ela que cria a nossa realidade" - uma profunda reflexão, muito verdadeira. Porém se o Criador não nos tivesse presenteado com o 'livre arbítrio' seríamos como marionetes nas mãos da alma. Nossas escolhas (nosso olhar) quando desprovidas de discernimento, qualidade de conexão com os planos superiores de consciência, "certamente, surgirá muitas dificuldades e os obstáculos provocarão muitas quedas". Acredito que seja também uma tarefa da personalidade elevar a vibração da matéria que a compõe - células e átomos - e isso acontece quando "descobrimos também que a energia que emanamos volta novamente para quem a emanou. Descobrimos que, invariavelmente, a vida vai em direção aonde colocarmos o nosso olhar". Agradeço ao autor por esse texto, que apesar de conter uma sabedoria tão complexa, você o fez tão simples. Esta é a linguagem destes tempos de 'transição' que estamos vivendo: simplicidade!

domingo, 29 de novembro de 2020


 O QUEBRADOR DE PEDRAS

POLYMATUS - Daniel Brito: O QUEBRADOR DE PEDRAS Conto Zen

Era uma vez um simples quebrador de pedras que estava insatisfeito consigo mesmo e com sua posição na vida.

Um dia ele passou em frente a uma rica casa de um comerciante. Através do portal aberto, ele viu muitos objetos valiosos e luxuosos e importantes figuras que freqüentavam a mansão.

“Quão poderoso é este mercador!” pensou o quebrador de pedras. Ele ficou muito invejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante.

Para sua grande surpresa ele repentinamente tornou-se o comerciante, usufruindo mais luxos e poder do que ele jamais tinha imaginado, embora fosse invejado e detestado por todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele. Um dia um alto oficial do governo passou à sua frente na rua, carregado em uma liteira de seda, acompanhado por submissos atendentes e escoltado por soldados, que batiam gongos para afastar a plebe. Todos, não importa quão ricos, tinham que se curvar à sua passagem.

“Quão poderoso é este oficial!” ele pensou. “Gostaria de poder ser um alto oficial!“

Então ele tornou-se o alto oficial, carregado em sua liteira de seda para qualquer lugar que fosse, temido e odiado pelas pessoas à sua volta. Era um dia de verão quente, e o oficial sentiu-se muito desconfortável na suada liteira de seda. Ele olhou para o Sol. Este fulgia orgulhoso no céu, indiferente pela sua reles presença abaixo.

“Quão poderoso é o Sol!” ele pensou. “Gostaria de ser o Sol!“

Então ele tornou-se o Sol. Brilhando ferozmente, lançando seus raios para a terra sobre tudo e todos, crestando os campos, amaldiçoado pelos fazendeiros e trabalhadores. Mas um dia uma gigantesca nuvem negra ficou entre ele e a terra, e seu calor não mais pôde alcançar o chão e tudo sobre ele.

“Quão poderosa é a nuvem de tempestade!” ele pensou “Gostaria de ser uma nuvem!“

Então ele tornou-se a nuvem, inundando com chuva campos e vilas, causando temor a todos.

Mas repentinamente ele percebeu que estava sendo empurrado para longe com uma força descomunal, e soube que era o vento que fazia isso.

“Quão poderoso é o Vento!” ele pensou. “Gostaria de ser o vento!“

Então ele tornou-se o vento de furacão, soprando as telhas dos telhados das casas, desenraizando árvores, temido e odiado por todas as criaturas na terra. Mas em determinado momento ele encontrou algo que ele não foi capaz de mover nem um milímetro, não importasse o quanto ele soprasse em sua volta, lançando-lhe rajadas de ar. Ele viu que o objeto era uma grande e alta rocha.

“Quão poderosa é a rocha!” ele pensou. “Gostaria de ser uma rocha!“

Então ele tornou-se a rocha. Mais poderoso do que qualquer outra coisa na terra, eterno, inamovível. Mas enquanto ele estava lá, orgulhoso pela sua força, ele ouviu o som de um martelo batendo em um cinzel sobre uma dura superfície, e sentiu a si mesmo sendo despedaçado.

“O que poderia ser mais poderoso do que uma rocha?!?” pensou surpreso.

Ele olhou para baixo de si e viu a figura de um quebrador de pedras.

http://estoriasparaguardar.blogspot.com

sábado, 28 de novembro de 2020

 A HORA DE DEUS

Mensagem de luz para a sua semana, por Chico Xavier Há momentos em que o Espírito se move entre os homens e o alento do Senhor se espalha sobre as águas de nosso ser; há outros em que Ele se retira e os homens são abandonados para agir na força ou na fraqueza de seu próprio egoísmo. Os primeiros são períodos em que mesmo um pequeno esforço produz grandes resultados e mudam o destino; os segundos são espaços de tempo em que muito labor redunda em poucos resultados. É verdade que o último pode preparar o primeiro; pode ser a tênue fumaça do sacrifício que se eleva aos céus e clama pelas chuvas da benevolência de Deus.Desgraçado é o homem ou a nação que ao chegar o momento divino encontra-se dormindo ou despreparado para usá-lo, porque a lâmpada não foi conservada acesa para o acolher e os ouvidos estão selados ao chamado. Mas três vezes maldito serão aqueles que, mesmo sendo fortes e estando prontos, gastam sua força ou usam mal o momento; para eles haverá perda irreparável ou uma grande destruição.

Na Hora de Deus purifica tua alma de toda ilusão e hipocrisia e da inútil vanglória de ti, para que possas olhar em teu espírito e escutar aquilo que chama imperiosamente. Toda insinceridade da natureza, que foi uma vez tua defesa contra o olho do Mestre e a luz do ideal, torna-se uma brecha em tua armadura e convida o golpe. Mesmo se tu conquistares por um momento, tanto pior para ti, porque o golpe virá depois e atirá-lo-á por terra no meio de teu triunfo.

Mas sendo puro, lança fora todo medo porque a hora é geralmente terrível, um fogo e um turbilhão e uma tempestade, as vindimas calcadas pela cólera de Deus. Porém aquele que se mantiver firme sobre a verdade de seu propósito, este permanecerá; mesmo que caia, ele se erguerá outra vez, mesmo que pareça arrebatado pelas asas do vento, ele retornará. E nem permita que a prudência terrena murmure muito próxima de teu ouvido, porque é a hora do inesperado. Não meças o poder do Sopro por teus sentimentos mesquinhos, mas tem confiança e seque em frente.

Mas acima de tudo, mantém tua alma límpida, se por um instante apenas, do clamor de teu ego. Então um fogo marchará diante de ti no meio da noite e a tempestade será teu auxílio e teu estandarte ondulará nas alturas supremas da grandeza que era para ser conquistada.

Texto extraído do inspirado livro “Sabedoria de Sry Aurobindo”
http://www.ippb.org.br


E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, pois que apreciam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros. Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam o seu galardão.Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente. E, quando orardes, não useis de vãs repetições, como fazem os pagãos; pois imaginam que devido ao seu muito falar serão ouvidos. … (Mateus 6.6) 
 
"A busca por Deus, pela verdade, pelo sentimento de ser completamente bom - não o cultivo da bondade, da humildade, mas a busca de algo além das invenções e truques da mente, que significa ter um sentimento por aquilo, viver aquilo, ser aquilo - isso é verdadeira religião. Mas você pode fazer isso somente quando você deixa a lagoa que você cavou para si, e sai para o rio da vida. Então, a vida tem uma maneira impressionante de tomar conta de você, porque não há tomar conta na sua parte. A vida o carrega para onde ela quiser, porque você é parte dela". (http://legacy.jkrishnamurti.org)


“A oração nada tem a ver com o que se conhece no mundo como oração. A verdadeira oração não é um ritual. A verdadeira oração não tem a ver com igreja, templo ou mosteiro. A verdadeira oração não é cristã, nem hindu, nem maometana. A verdadeira oração nada tem a ver com as palavras, ela não é verbal.
 
É a Gratidão Silenciosa. É uma reverência silenciosa à existência. Portanto, esteja onde estiver, sempre que você sentir vontade de se curvar em reverência à terra, às árvores, ao céu, Curve-se. Essa reverência ajudará você a lentamente, lentamente, desaparecer.
 
A oração é um dos melhores métodos para destruir o ego. E, quando o ego se vai, fica Deus. É o ego que esconde Deus em uma nuvem escura. Quando a nuvem se dissipa, o sol brilha em toda a sua glória, beleza, grandeza, esplendor.”

Osho
https://silencioegratidao.wordpress.com

REGISTROS AKÁSHICOS

QUE PERGUNTAS POSSO FAZER EM UMA SESSÃO DE REGISTROS AKÁSHICOS? - YouTube  

Registros Akáshicos (A palavra Akasha em Sânscrito significa “céu”, “espaço” ou “Éter”) é um termo usado por autores esotéricos na teosofia (e Antroposofia) para descrever um compêndio de conhecimento místico codificado em planos existenciais não físicos . Estes registros são ditos conter todo o conhecimento da experiência humana e da história do Cosmos.

Em sânscrito, o termo “Akasha” refere-se ao “éter” ou à substância primordial da vida, da qual absolutamente tudo existe no mundo. É uma consciência coletiva, a “mente da Fonte”, contém a informação ou a vibração energética de todo pensamento já gerado nos Universos que existem desde a primeira divisão do UM, a Fonte.

Sal Rachele diz que “os registros Akáshicos são uma série de impressões energéticas no campo causal do Universo” e que qualquer um pode acessá-los.

Existe uma parte do Akasha sobre a crônica deste mundo em que vivemos e onde encontramos registros de qualquer ser que tenha se “envolvido” de forma cármica ou quântica com a energia da Terra.

A informação no Akasha está em vários níveis, cada nível “superior” é mais complexo e mais abrangente do que o anterior: planetário, galáctico, universal… Onde estão estruturados em várias dimensões, é como uma enorme biblioteca de vários níveis.

"Sadhguru: é o que chamamos de internet hoje. Existem muitas maneiras pelas quais você pode ser ativo na vida. Você pode fazer um movimento físico, você pode fazer um movimento mental ou pode mover seu prana. Se você faz algo com seu corpo o resultado terá uma certa vida.

O que você faz com a mente tem uma vida muito mais longa. Se você faz algo com o prana, o resultado disto tem uma vida muito maior. Quando você trabalha além desta dimensão física, o que você faz é para sempre. Ninguém pode destruir o que você fez."

 
Descrição e Explicação

“Registros Akáshicos” é um termo teosófico referindo-se a um sistema de arquivos universal que grava qualquer pensamento criado, palavra ou ação. As gravações são feitas em uma substância sutil chamada akasha (ou condutor etérico).

No misticismo hindu, este Akasha é considerado o princípio inicial da natureza, dos quais os outros quatro princípios naturais são criados: fogo, ar, terra e água. Estes cinco princípios também representam os cinco sentidos do ser humano.

Embora os registros Akáshicos sejam um registro de tudo o que já existiu, de tudo o que é e será, estas gravações estão em constante evolução e mudança. Isso pode ser difícil de entender por causa da crença que temos que o tempo é linear.

A compreensão de que os registros Akáshicos estão mudando, evoluindo, é a chave para entender como a história, os eventos passados e futuros e os caminhos do nosso destino estão mudando constantemente.

Usamos o passado e o futuro para entender uma explicação. Quando você muda uma crença, aprende uma lição de vida, supera um desafio ou cresce e evolui sua consciência, você basicamente muda todas as suas versões que já existiram.

Este conhecimento é registrado nos registros Akáshicos para que todas as outras almas tenham acesso através do subconsciente e possam se beneficiar deste conhecimento se elas optarem por fazê-lo.

Estas gravações mudam constantemente e evoluem a cada escolha que todo ser faz. A realidade que provavelmente se manifesta muitas vezes muda através da mudança de escolhas e das decisões que tomamos em cada momento.

Nesta perspectiva, o passado é tão provável quanto o futuro. Isso pode parecer estranho devido à percepção do tempo que costumamos ter. Simultaneamente as escolhas que você faz hoje afetam seu passado, presente e futuro. O problema é que nossas mentes não são treinadas para perceber o passado além do que você experimentou.

É metaforicamente descrito como uma coleção na biblioteca, outras analogias comuns encontradas nos discursos sobre o tema dão a ideia de “computador universal” ou “Mente Divina”.

As descrições da memória Akáshica atestam que a informação contida aqui é constantemente atualizada conforme a vida na Terra e o próprio Universo evolui, sendo acessado do universo material através da projeção astral. O conceito tem suas origens nos movimentos teosóficos do século XIX, permanecendo atualizado nos discursos da nova era.

De acordo com os princípios teosóficos, cujo pai espiritual é o filósofo, esoterista, artista e pedagogo de origem austríaca, Rudolf Steiner, a memória ativa é um sistema universal que armazena fielmente todos os eventos já realizados neste universo, pensamento, palavra e ação como uma espécie de biblioteca do destino. As memórias ficam impressas com uma substância sutil chamada Akasha (ou éter).

O exemplo de uma pessoa que muitos afirmam que fazia a leitura dos registros Akáshicos é o místico americano, Edgar Cayce. Ele fazia as leituras em estado de sono ou transe. O método de Cayce foi descrito pelo Dr. Wesley H. Ketchum, que durante alguns anos usou Cayce como representante de sua prática médica.

“O subconsciente de Cayce estava em comunicação direta com todas as outras mentes subconscientes e era capaz de interpretar através de sua mente e compartilhar as impressões recebidas de outras mentes, reunindo assim todo o conhecimento adquirido pelos milhões de outras mentes subconscientes”.

No livro “Lei do Um: Volume 1”, uma entidade identificada na canalização como Ra confirmou em 1981 que Edgar Cayce realmente acessava os registros Akáshicos e não se comunicava com alguma entidade

 
A Importância dos Registros Akáshicos:

Sem Akasha, não podemos existir aqui. Sem o ar, não podemos existir aqui. Não vemos o ar, mas é mais vital do que o cabelo, embora alguns gastem mais dinheiro em cuidados com o cabelo do que com o cérebro ! Veja onde estão os nossos valores. Você não pode mais viver sem cabelo. Sem ouvidos, você ainda pode viver.

Sem nariz, você ainda pode viver. Na maioria das vezes, você nem está ciente de saber se o ar existe ou não, mas sem ar, você não pode viver. O mesmo sem Akasha, você não pode viver sem ele.

 
Como podemos acessar os Registros Akáshicos?

Na transição do mundo físico para o não físico, cada alma tem a oportunidade de acessar os registros Akáshicos conscientemente para rever a vida que viveu. Em certo sentido, é como olhar para um holograma de toda a sua vida.

Este filme registra cada pensamento, fé, experiência e decisão que tomou em sua vida para ajudá-lo a aprender e crescer a partir do que você experimentou.

Imagine agora que esses registros armazenam não apenas essa vida, mas todas as suas vidas. Imagine que estes registros não só armazenam nossas vidas, mas de todas as vidas de cada alma no Universo. Tão genial são estes registros. É a totalidade de tudo o que é.

Os registros Akáshicos podem ser comparados a uma enorme biblioteca universal em que todas as almas podem ter acesso ao conhecimento universal para aprender e crescer.

Ramshi: Pode ser feito de várias maneiras. A tecnologia pode ser usada para acessar a informação. Ele é parecido com um projetor de filme. Mesmo quando você não está usando uma máquina, você ainda tem a capacidade de acessar estes registros.

Para fazer isto, você precisa alinhar sua matriz cristalina com a de um cristal. Você alinha a sua frequência com o cristal, e quando ressoa na mesma frequência você pode expandir sua percepção para incluir a informação na matriz do cristal.

O som deve ser usado para encontrar a frequência correta. Os sons na frequência certa farão vibrar o cristal na sua mão. O som é a chave para encontrar a ressonância perfeita.

Então, se você produzir o tom correto, ele fará vibrar a sua própria matriz interna, e você pode se sintoniza com a frequência do cristal. Foi criado um método externo muito similar usando gravação de CDs em computadores. Basta usar diferentes materiais para imprimir, e uma máquina para fazer o trabalho necessário.

Estas gravações são melhoradas e evoluem junto com as experiências de atualização. Quando uma alma aprende ou cria alguma coisa, essa receita fica disponível para todos os outros acessar e desenvolver este conhecimento.

Desta forma, tudo o que existe continua a crescer, aprender e evoluir. Os registros Akáshicos dão a cada ser a capacidade de inovar constantemente o que foi descoberto.

Muitos se perguntam onde esses registros são armazenados. Eles estão em toda parte e em todos os lugares. O espaço é outra ilusão. Dizemos que está em todos os lugares porque estes registros são codificados em cada célula, em cada cadeia de ADN de cada ser, e ainda assim ele não é físico. Ele não é um lugar, mas um estado de existência e realidade vibratória.

Todos os seres têm acesso a estes registros, não existem exceções. A maneira de você ter acesso conscientemente a estes registros é a vibração, ressonância e sua frequência.

Você pode obter acesso a estes registros, estabelecendo conscientemente a sua intenção de fazer isto e estar pronto para receber. Todo ser tem esta habilidade, mas muitos deixaram esses “músculos” atrofiados. Como resultado, muitos acham difícil se conectar com esses reinos elevados.

Você precisa ter uma mente tranquila e um estado interno focado em receber para se abrir a informações dos reinos elevados. Com esta intenção e prática, podemos recuperar esta habilidade.

https://www.registrosakashicostheta.com

sexta-feira, 27 de novembro de 2020


 O CAMINHO PARA EVITAR DOENÇAS PODE ESTAR AO NOSSO ALCANCE

Tela de Ilusões.: CONTEMPLAÇÃO 

Antigamente se dizia que as doenças eram enviadas por Deus para castigo dos pecadores. Séculos depois, modificou-se essa ideia, passando a ser o “diabo”, criatura má, o responsável por trazê-las. Depois disso, os pesquisadores descobriram os vírus e as bactérias, aos quais foram, então, atribuídas as causas das enfermidades. Mais recentemente, quando começaram a surgir escolas de psicologia, certas doenças passaram a ser consideradas produto ou somatização das reações emocionais e dos estados psíquicos do homem. Assim as pesquisas sobre o assunto persistem.

Quando o apelo interior da humanidade por maior expansão de consciência se tornou suficientemente forte para atrair novos esclarecimentos sobre a saúde e a doença, ela pôde receber conhecimento mais amplo. Além disso, a aprendizagem por vias subjetivas também pôde ser feita através da “leitura” daquilo que está impresso nas camadas do éter cósmico, camadas sutis que envolvem a Terra e que contêm toda e qualquer informação. Através desse acervo, pôde-se perceber pelos sentidos interiores que o atrito provocado na atmosfera terrestre pelas forças construtivas que chegam através dos raios solares produz as doenças no planeta e na maioria dos reinos nele existentes. Isso é causado não pelas forças positivas em si, mas pela própria condição impura da atmosfera terrestre, que reage à sua passagem.

A presença de enfermidades é própria dos níveis de consciência físico-etérico, emocional e mental – não existe além deles. É nesses três planos vulneráveis que também está localizada a parte pessoal de nossa consciência. Na verdade, o homem como um todo é emanação da Mente Única, que se manifesta sob vários aspectos, e a personalidade humana é apenas um deles.

Diz certa Lei: “O homem é o que ele pensa”. Sempre que o pensamento e a energia estejam centrados nas características mais materiais do ser, enfocando de modo exclusivo assuntos da personalidade, o indivíduo estará mais sujeito às doenças, dado que é exatamente nessa área que elas se manifestam.

O nosso subconsciente (que é o concentrado de nossas experiências passadas) recebe toda a impressão do que pensamos e sentimos. As camadas psíquicas (planos mental e emocional) e as camadas densas (planos etérico e físico) do planeta também recebem todas as nossas emanações. Tanto o subconsciente como essas camadas reagem, então, segundo o estímulo que lhes enviamos. Portanto, se alguém confirma em si mesmo somente sua aparência humana através de sua atitude, sem perceber está se abrindo à possibilidade de ficar enfermo. Para estar relativamente livre dessa condição de desarmonia, é necessário que aprenda a permanecer estável na ideia de que a maior parte de seu ser se encontra em níveis além de sua personalidade e que lhe cabe tomar consciência disso de maneira cada vez mais clara.

Atualmente, os poderes superiores que existem dentro do homem estão sendo reconhecidos por ele e a progressiva concentração de sua mente nas dimensões superiores, as supramentais, lhe propiciará certa imunidade, desde que ele persista em seu trabalho de colocar sua personalidade em alinhamento com a vontade “superior”, que existe em seu próprio ser, sepultada. Tal trabalho nada mais é que a contínua atenção em manter-se coerente nas ações, sentimentos e pensamentos com a meta espiritual escolhida.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 Ó CRISTO ETERNO E ONIPRESENTE !

O Cristo cósmico: saiba como ativar a consciência crística - WeMystic Brasil Ó Cristo eterno e onipresente – tu, que tudo permeias e tudo vivificas... 

Tu és a realidade central do macrocosmo em derredor – e do microcosmo do meu interior... 

Tu és a potência irresistível que arremessa gigantescas esferas pelas vias inexploradas do universo sideral – e tu és a delicada essência que enche de cores e perfumes a modesta florzinha à beira da estrada... 

Ó Cristo eterno e onipresente – transcendente a tudo e imanente a tudo...Tu estás na rumorejante vastidão dos oceanos que circundam os continentes – e tu estás na sorridente beleza do arco-íris a expandir por sobre as nuvens a sua ponte seticolor... 

Como a pedra solta no espaço gravita ao centro da Terra; como a planta ergue ao sol as verdes folhas, quais mãozinhas em prece; como a ave migratória, no outono, é impelida irresistivelmente a demandar terras distintas inundadas de luz e calor – assim o meu íntimo Ser anseia por ti, ó Cristo eterno e universal... 

No princípio eras tu, o Logos, o Espírito creador, o Pensamento dinâmico, o Verbo onipotente – em ti tudo está, de ti tudo vem, a ti tudo volta... 

Ó Cristo, o mesmo, ontem, hoje e amanhã – e para sempre... 

Sempre antigo – e sempre novo... 

Sempre o mesmo – e sempre diferente... 

Sei que o teu reino está dentro de mim – mas é ainda um reino ignoto, latente, dormente... 

Por isso, oro e suplico, dia a dia: venha o teu reino, venha, venha!... 

Que o teu reino ignoto se torne em mim um reino noto, conhecido, que tudo permeie de sua força, que tudo ilumine com sua luz, que tudo vivifique com sua vida, que tudo inunde de sua grande alegria e felicidade... 

Que o teu reino, ó Cristo, desperte, enfim, da sua longa hibernação e acorde para a grande primavera da minha vida... 

Vai adiantada a noite – é chegada a hora da alvorada de minha alma...

Adeus, trevas antigas – salve, luz nova!... 

Quando o teu reino, ó Cristo, despertar em mim, definitivamente, será a minha vida uma vida de maravilhosa compreensão, de um amor universal, uma harmonia sem dissonância, um desejo imenso de servir a todos e de fazer felizes a todos... 

E então hei de cancelar do meu vocabulário todos os negativos, ódios e rancores, tristezas e decepções, pecado e doença, morte e inferno – porque todos os velhos negativos serão substituídos pelos novos positivos, amor e benquerença, bondade e altruísmo, céu e vida eterna... 

O inferno antigo de querer ser amado, servido e aplaudido será substituído pelo novo céu de querer amar e servir a todos... 

Ao velho desejo doentio de querer receber sucederá o novo anseio sadio de querer dar – dar do que tenho, e dar o que sou... 

Dar do meu – e dar o próprio Eu... 

Ó Cristo eterno e onipresente!

Revela-te, finalmente, em mim! 

Nasce dentro de mim! 

Faze de minha alma a tua nova Belém, a tua manjedoura, o teu berço de Natal! 

E cantarei, como os anjos do céu e os pastores da terra: glória a Deus nas alturas – e paz na terra aos homens de boa vontade!... 

Ó Cristo eterno e onipresente!
 

Huberto Rohden - Em comunhão com Deus  

Colóquios com os homens - Solilóquios com Deus

UNIVERSALISMO

A ETERNA MÚSICA

A música em nossa vida (5) - Pensar Bem Viver Bem O Misticismo do Som e da Música

De acordo com o ponto de vista esotérico, a música é o começo e o fim do universo. Todas as ações e movimentos feitos nos mundos visível e invisível são musicais. Isto é, eles são constituídos de vibrações pertencentes a um certo plano de existência. Em sânscrito, a música é chamada sangita, que significa três sujeitos: o cantar, o tocar e o dançar. Esses três estão combinados em toda ação. Por exemplo, na ação da fala há a voz significando o cantar, a pronunciação das palavras significando o tocar e os movimentos do corpo bem como a expressão da face significando o dançar.

A música oriental está inteiramente baseada sobre uma base filosófica e espiritual. O inventor dela foi Mahadeva, o senhor dos Iogues, e o maior músico foi Parvati, sua amada esposa. Krishna, a encarnação de Deus, era um músico hábil, que encantava ambos os mundos através da música de sua flauta, fazendo os Iogues dançarem. Bharata Muni, o maior santo hindu, foi o primeiro compositor de música. Os místicos, tal como Narada e Tumbara, foram grandes músicos. No céu dos Hindus o Deus Indra é entretido pelo canto clássico dos Gandharvas e pela dança dos Apsaras. A Deusa da música é Sarasvati, que também é a Deusa da sabedoria; ela é uma grande amante da Vina. Todo o sistema da religião e filosofia hindu está baseado na ciência das vibrações e é chamado de Nada Brahma, Deus-Som.

O poeta Shams de Tabris, ao escrever sobre a criação, diz que todo mistério do universo reside no som. Esse fato é expressado no Corão e também na Bíblia.

Vibrações mais finas tornam-se mais grosseiras em sua graduação formando os diferentes planos de existência, culminando na manifestação física. Assim como a água quando congelada transforma-se em neve, também a atividade materializa as vibrações. Menos atividade as eteriza, mostrando que o espírito e a matéria são a mesma coisa num sentido mais elevado. O espirito descende em matéria através da Lei da vibração, e a matéria também ascende em direção ao espírito. Os grandes Iogues e Sufis sempre progrediram através de suas práticas em direção ao mais elevado estado de perfeição ao eterizarem-se através do conhecimento das vibrações. O som material dos instrumentos ou da voz produzido pelos órgãos humanos de som, é na verdade a consequência do som universal das esferas, o qual somente pode ser escutado por aqueles que se afinaram com ele. Este estado é chamado de Anahad Nada pelos Iogues e Sawt-e-Sarmad pelos Sufis.

O músico e o amante da música tornam-se refinados e são conduzidos ao mais elevado mundo do som. Os Sufis perdem a si mesmos no som e chamam isso de êxtase ou masti. Poderes psíquicos e ocultos surgem após experimentarem esta condição de êxtase e o conhecimento da existência visível e invisível é revelado. Essa graça da felicidade e paz está disponível apenas aos Iogues e Sufis interessados na divina arte da música.

Quase todos os grandes músicos do oriente tornaram-se grandes santos através do poder da música. Mais recentemente na Índia, músicos como Tansen e Maula Baksh foram exemplos grandiosos da perfeição espiritual através da música.

Quando prestamos atenção à música da natureza descobrimos que todas as coisas contribuem para a sua harmonia. As árvores balançam seus galhos alegremente no ritmo do vento, o som do mar, o sussurro do vento, o assobio do vento passando pelas pedras, vales e montanhas, a luz de um raio e o estrondo de um trovão, a harmonia do sol e da lua, os movimentos das estrelas e dos planetas, o desabrochar das flores, o cair das folhas, a alternância regular da manhã, tarde, noite e madrugada – tudo revela ao espectador a música da natureza.

Os insetos têm seus concertos e balé e o coro dos pássaros canta em uníssono os hinos de louvor. Os cães e gatos têm suas orgias, as raposas e os lobos têm suas noites musicais na floresta, enquanto os leões e os tigres presidem suas óperas na selva. A música é a única forma de compreensão entre os pássaros e os animais. Isso pode ser visto pela gradação de tons e volume de tons, a maneira da afinação e o numero de repetições e a duração de seus vários sons. Eles transmitem aos seus parceiros a hora de se juntar ao rebanho, o aviso da aproximação do perigo, a declaração de guerra, o sentimento de amor, o sentido de simpatia, de descontentamento, de paixão, raiva, medo e ciúme, criando uma linguagem própria em si.

Na respiração do homem há um tom constante, e o batimento do coração, o pulso e a cabeça mantêm o ritmo continuamente. Um bebê responde à música antes de ter aprendido como falar, ele move suas mãos e pés num determinado tempo e expressa seu prazer e sua dor em diferentes tons.

A arte da música no oriente é chamada Kala e tem três aspectos: o vocal, o instrumental e o que expressa movimento.

A música vocal é considerada a mais elevada pois é natural; o efeito produzido por um instrumento que é meramente uma máquina não pode ser comparado com o da voz humana. Não importa o quão perfeitas as cordas sejam, elas não poderão causar a mesma impressão que a voz no ouvinte, pois ela vem direto da alma através do alento e foi trazida à superfície por meio da mente e dos órgãos vocais do corpo. Quando a alma deseja expressar-se em voz, primeiramente ela causa uma atividade na mente, que por sua vez, através dos pensamentos projeta vibrações mais finas no plano mental. Isso no devido tempo desenvolve-se e passa como respiração através das regiões do abdome, pelos pulmões, garganta, boca e órgãos nasais, fazendo com que o ar vibre por completo, até que se manifeste na superfície como voz. A voz, portanto, expressa naturalmente a atitude da mente, seja ela verdadeira ou falsa, sincera ou insincera. A voz tem todo um magnetismo do qual carece um instrumento, pois a voz é o instrumento ideal da natureza, a partir do qual todos os outros instrumentos do mundo são modelados.

O efeito produzido pelo canto depende da profundidade do sentimento do cantor. A voz de um cantor compassivo é muito diferente da voz de um que é desprovido de emoção. Não importa o quanto uma voz seja artificialmente cultivada, ela nunca irá produzir sentimento, graça e beleza a menos que o coração seja cultivado também. O canto tem uma dupla fonte de interesse: a graça da música e a beleza da poesia. Na proporção de quanto o cantor sente as palavras que ele canta, um efeito é produzido sobre os ouvintes; seu coração, por assim dizer, acompanha a música.

Embora o som produzido por um instrumento não possa ser produzido pela voz, ainda assim o instrumento é totalmente dependente do homem. Isso explica claramente como a alma faz uso da mente e como a mente governa o corpo. Ainda assim, parece como se fosse o corpo que é o agente e não a mente, e a alma é deixada de fora. Quando o homem ouve o som de um instrumento e vê as mãos do instrumentista trabalhando, ele não vê a mente operando por de trás e nem o fenômeno da alma. A cada passo do ser mais interno em direção à superfície há um aparente progresso que parece ser mais positivo. Porém, cada passo para a superfície implica limitação e dependência.

Não há nada que não possa servir como um veículo para o som, embora o tom manifeste-se mais claramente através de um corpo sonoro do que por um corpo sólido, pois o primeiro é mais aberto às vibrações, enquanto que o último é fechado. Todas as coisas que dão um som claro mostram vida, enquanto que corpos sólidos entupidos de substância parecem mortos. A ressonância é a reserva de tom, em outras palavras é a repercussão do tom que produz um eco. Sob esse princípio são feitos todos os instrumentos, a diferença residindo na quantidade e na qualidade do tom, o qual depende da construção do instrumento.

E efeito da música instrumental também depende da evolução do homem que expressa com a ponta de seus dedos sobre o instrumento seu grau de evolução; em outras palavras, sua alma fala através do instrumento. O estado da mente do homem pode ser lido por seu toque no instrumento, pois por mais hábil que ele seja, ele não pode produzir por mera habilidade a graça e a beleza que atraem o coração sem um sentimento desenvolvido dentro dele mesmo.

Após a música vocal e a instrumental vem a música motora da dança. O movimento é a natureza da vibração. Cada movimento contém em si um pensamento e um sentimento. Essa arte é inata no homem. O primeiro prazer de um bebê na vida é divertir-se com o movimento de suas mãos e pés, uma criança ao ouvir música começa a mexer-se. Mesmo os animais e pássaros expressam sua alegria em movimentos. O pavão, orgulhoso com a visão de sua beleza, mostra sua vaidade na dança, da mesma forma a cobra sai do cesto e balança seu corpo ao ouvir a música do pungi. Tudo isso prova que o movimento é o sinal da vida e quando realizado com música ele coloca tanto o artista quanto e espectador em movimento.

Os místicos sempre olharam para esse tema como uma arte sagrada. Nas escrituras hebraicas encontramos Davi dançando diante do Senhor, e os deuses e deusas dos gregos, egípcios, budistas e brâmanes são representados em diferentes posturas, todas tendo um certo significado e filosofia relacionado com a grande dança cósmica que é a evolução.

Mesmo nos dias de hoje entre os Sufis no oriente, a dança chamada sama ocorre em suas reuniões, pois a dança é consequência da alegria. Os dervixes no sama dão vazão a seu êxtase em Raqs, o que é considerado com grande respeito e reverência pelos presentes e é em si mesmo uma cerimônia sagrada.

A arte da dança degenerou muito devido a seu mal uso. A maioria das pessoas dança ou para se divertir ou se exercitar, frequentemente abusando da arte em sua frivolidade.

Melodia e ritmo tendem a produzir uma inclinação para a dança.

Para resumir, a dança pode ser dita ser uma expressão graciosa do pensamento e do sentimento sem pronunciar nenhuma palavra. Ela pode ser usada também para impressionar a alma através do movimento, produzindo uma imagem ideal diante dela. Quando a beleza do movimento é tomada como um pressentimento do ideal divino a dança se torna sagrada.

A música da vida mostra sua melodia e harmonia em nossas experiências diárias. Cada palavra dita, ou é uma nota verdadeira ou uma nota falsa, de acordo com a escala de nosso ideal. O tom de uma personalidade é áspero como uma corneta, enquanto que o de outra é brando como as notas de uma flauta.

O progresso gradual de toda a criação de uma evolução inferior até a mais elevada, sua mudança de um aspecto para outro, é mostrada como na música onde uma melodia é transposta de uma clave para outra.

A amizade e a inimizade entre os homens, seus gostos e desgostos, são como acordes e dissonâncias. A harmonia da natureza humana e a tendência humana à atração e à repulsão, são como o efeito dos intervalos consonantes e dissonantes na música.

Na ternura do coração o tom torna-se um semitom e quando o coração é partido o tom se quebra em microtons. Quanto mais terno se torna o coração mais cheio o tom ele se torna, quanto mais duro o coração fica mais morto ele parece.

Cada nota, cada escala e cada som estinguem-se no momento determinado e no final da experiência da alma aqui o finale chega. Mas a impressão permanece, como um concerto num sonho, diante da visão da consciência.

No que diz respeito à música do absoluto, o baixo, o subtom (ou o tom sutil), prossegue continuamente, mas na superfície e sob as várias notas de todos os instrumentos da música da natureza esse tom sutil está escondido e subjugado. Cada ser com vida vem à superfície e novamente retorna para o lugar de onde veio, assim como cada nota tem seu retorno ao oceano de som. O subtom desta existência é o mais alto e o mais brando, o mais elevado e o mais baixo. Ele oprime todos os instrumentos de tom alto ou baixo, agudo ou grave, até que todos se fundam nele. Esse subtom sempre é, e sempre será.

O mistério do som é misticismo; a harmonia da vida é religião. O conhecimento das vibrações é metafísica e a análise dos átomos é ciência, seu agrupamento harmonioso é arte. O ritmo da forma é poesia e o ritmo do som é música. Isso mostra que a música é a arte das artes e a ciência de todas as ciências e ela contém a fonte de todo conhecimento dentro de si.

A música é chamada de a arte divina ou celestial não apenas porque ela é em si uma religião universal, mas por causa de sua sutileza em comparação com todas as outras artes e ciências. Cada escritura sagrada, ilustração sagrada ou palavra falada sagrada, produz a impressão de sua identidade sobre o espelho da alma, mas a música permanece diante da alma sem produzir nenhuma impressão deste mundo objetivo nem em nome nem em forma, assim preparando a alma para realizar o infinito.

Reconhecendo isso, o Sufi chama a música de giza-i-ruh, a comida da alma, e usa a música como uma fonte de perfeição espiritual, pois a música ventila o fogo do coração e a chama que surge dele ilumina a alma. O Sufi tira muito mais proveito da música em suas meditações do que em qualquer outra coisa. Sua atitude devocional e meditativa torna-o sensível à música, a qual ajuda-o em seu desenvolvimento espiritual. A consciência, através da ajuda da música, primeiramente liberta-se do domínio do corpo e depois da mente. Uma vez isso realizado, apenas mais um passo é necessário para atingir a perfeição espiritual.

Os Sufis de todas as épocas tiveram um sério interesse na música em qualquer terra em que residiram. Rumi adotou especialmente essa arte por conta de sua grande devoção. Ele ouvia os versos dos místicos sobre o amor e a verdade cantados pelos qawwals, os músicos, com o acompanhamento da flauta.

O Sufi visualiza o objeto de sua devoção em sua mente que é refletido sobre o espelho de sua alma. O coração, o fator do sentimento, é possuído por todos, embora ele não seja um coração vivente em todas as pessoas. O coração é tornado vivo pelo Sufi que dá vazão aos seus sentimentos intensos em lágrimas e suspiros. Ao fazê-lo, as nuvens do jelal, o poder que congrega com seu desenvolvimento psíquico, caem em lágrimas como gotas de chuva e o céu de seu coração é clareado, permitindo a alma brilhar.

Essa condição é considerada pelo Sufi como um êxtase sagrado. O wajad, ou êxtase sagrado que os Sufis experimentam como regra no sam’a, pode ser dito ser a união com o Desejado. Existem três aspectos dessa união que são experimentados pelos diferentes estágios de evolução.

O primeiro é a união com o ideal reverenciado do plano da terra, presente diante do devoto, seja no plano objetivo ou no plano do pensamento. O coração do devoto, repleto de amor, admiração e gratidão, torna-se capaz de visualizar a forma de seu ideal de devoção enquanto escuta a música.

O segundo passo no êxtase e a parte mais elevada da união é a união com a beleza de caráter do ideal, não importando a forma. A música em louvor ao personagem ideal ajuda o amor do devoto a brotar e transbordar.

O terceiro estágio no êxtase é a união com o divino Amado, o mais elevado ideal, que está além da limitação do nome e da forma, da virtude e do mérito; com o qual a alma tem constantemente buscado a união e a quem ela finalmente encontrou. Essa alegria é inexplicável. Quando as palavras dessas almas que já atingiram a união com o divino Amado são cantadas diante daquele que está trilhando o caminho do amor divino, ele vê todos os sinais no caminho descritos naqueles versos e isso é um grande conforto para ele. O louvor Daquele assim idealizado, tão diferente do ideal do mundo em geral, preenche-nos com uma alegria além das palavras.

O êxtase manifesta-se em vários aspectos. Às vezes o Sufi pode estar às lágrimas, às vezes pode estar suspirando, às vezes ele se manifesta em Raqs, movimentos. Tudo isso é considerado com respeito e reverência por aqueles presentes na assembleia do sam’a, pois o êxtase é considerado uma bênção divina. O suspiro do devoto ilumina um caminho para ele no mundo invisível e suas lágrimas lavam o pecado de eras. Toda revelação segue o êxtase, todo o conhecimento que um livro jamais poderá conter e que a linguagem jamais poderá expressar, nem um professor ensinar, vem a ele por si mesmo.


Hazrat Inayat Khan
http://somdaluz.com

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 E S C O L H A S

Tudo depende só de mim – Psicóloga Claudia Cruz 

Um dos maiores entraves para que levemos uma vida de harmonia e paz é o medo de decidir. Quando se trata de fazer escolhas, muitos de nós nos sentimos indecisos, confusos e temerosos de tomar a decisão errada.

Por que será que, na maioria das vezes, duvidamos de nossa capacidade de escolher o melhor caminho? Certamente, porque costumamos nos guiar pela mente, pois isto é o que nos foi ensinado que a razão é o único mestre confiável.

Ocorre que nem sempre o que a razão determina é o que nos fará feliz. A maior parte das escolhas ditadas pela mente têm como fonte valores que nos foram impostos pelo mundo exterior. E se baseiam em sua maioria no medo, na tentativa de nos protegermos de que algo dê errado.

Então, quando nos guiamos por elas, o resultado pode ser desastroso, visto que tende a nos levar na direção contrária do que nosso coração deseja. Como mudar este padrão de comportamento? A observação consciente é o único caminho.

Se aprendermos a nos manter alertas, seremos capazes de perceber quando a mente tentar nos direcionar para a insegurança e a sensação de ameaça, diante de uma escolha.

A diferença essencial entre aquele que toma atitudes conscientes e o que se guia apenas pelas regras alheias, é que o primeiro está disposto a pagar o preço que for preciso para seguir o seu coração. O segundo precisa sempre de garantias antecipadas de que a opção que fará é a mais acertada. Mas, a certeza absoluta de que algo nos fará felizes, só virá a partir da experiência. Por mais que tentemos prever o resultado, nada é garantido antes que vivenciemos de modo real, concreto, uma situação.

Então, a saída é aprender a confiar em nosso insight, naquilo que nossa visão interior apontar como o que necessitamos para alcançar a felicidade. Mas, nenhum insight poderá ser percebido se estivermos tomados pela energia do medo. Ela bloqueia toda a qualquer capacidade de percebermos nossas intuições.

Confiar nesta percepção, sem se importar em querer seguir padrões impostos, é a única forma de decidir sem que a dúvida esteja presente.
E, ainda que erremos, este erro não deve ser tomado como um fracasso, mas apenas como uma etapa em nosso permanente processo de aprendizado.

...."Revelação é a liberdade.... Insight é a liberdade: Você não precisa de nada, você simplesmente precisa de insight.

Você simplesmente tem que olhar para as coisas - como elas são, como funcionam, como funciona o desejo - que é tudo. Que isto seja muito, muito claro: que a percepção é a liberdade. Você não precisa lutar por liberdade, você só tem que olhar para as coisas, como elas funcionam. Como você tem vivido até agora, olhe para isto. Como você ainda está vivendo este momento, olhe para isto! ...

E quando a verdade aparece, ela transforma você. Isso é o que Jesus quer dizer quando diz: A verdade liberta, nada mais. - nem doutrinas, nem teorias, nem dogmas, nem escrituras. Só a verdade liberta.

Mas não se pergunte como obter a verdade. Se você coloca o 'como', você traz o desejo. O 'como' é o gerente de sua mente desejante. Ele sempre diz: 'Como? Como fazer isso? '

Não é uma questão de fazer. Basta vê-lo, basta ver a forma como ela é. Veja como sua mente continua a funcionar, como tem funcionado até agora..

"Insight é liberdade, clareza traz imparcialidade. Quando você é claro, você não precisa escolher, você escolhe só porque você está confuso.

Escolha é da confusão - "Devo ir por este caminho, ou por aquele, desta ou daquela maneira?" Você está confuso, você não pode ver, então você está oscilando....Devo meditar, não devo meditar? Se eu amo essa mulher, não devo amar essa mulher? Devo fazer nessa direção ou naquela direção?

Essas coisas existem porque você não tem clareza. E os seus assim chamados professores de religião, os seus assim chamados sacerdotes religiosos, seguem dizendo o que você deve fazer.

Isso não é obra de um verdadeiro mestre, são os pseudo-mestres. Você vai a eles com uma mente confusa, e você diz, 'eu tenho duas alternativas A e B. O que devo fazer? ' E eles dizem: 'Você faz um - um é certo, b está errada. " Eles não ajudam. Eles não lhe dão a claridade. Eles simplesmente lhe dão algo para se agarrar, lhe dão a noção de certo e errado.

...O mestre real nunca lhe dá alguma ideia de certo e errado, ele simplesmente dá uma ideia ....E isso é o Buda diz, estas foram suas últimas palavras quando estava saindo do mundo. Seus monges começaram a chorar e chorar. Ele disse: 'Chega de bobagem! Ouçam-me: Seja uma luz para si mesmo. Lembre-se, estas são minhas últimas palavras. Seja uma luz para si mesmo: ".

O que é essa luz? Essa clareza de ver as coisas. Se é morte, ver a morte. Se é amor, ver o amor. Se é a vida, ver a vida. Se for raiva, ver a raiva... se você tem a capacidade de ver as coisas, você será capaz de ver o óbvio. Uma vez que o óbvio seja conhecido como óbvio, a escolha desaparece.

Isso é o que Krishnamurti quer dizer quando ele diz: "Seja sem escolha. Mas você não pode ser sem escolha, você não pode escolher imparcialidade. Você não pode decidir um dia: 'Agora, a partir de agora vou ser sem escolha "- esta é uma escolha.

Imparcialidade não pode ser escolhida, o não desejo não pode ser desejado, o não-apego não pode ser praticado. Esta é a mensagem do Zen: Olhe para as coisas e o óbvio se revelará. E quando você sabe que esta é a porta e esta é a parede, você não precisa escolher para onde ir, vai até a porta. Você não pode colocar a pergunta: "Devo ir através da parede ou da porta? Você simplesmente vai através da porta".

Osho
https://www.curaeascensao.com.br

 

A liberdade não implica escolha. Pensamos que somos livres se pudermos escolher. Não sei se alguma vez você já investigou a questão da escolha. Tem uma vasta seleção à sua frente – os vários professores, yogis, filósofos, cientistas, psicólogos, analistas – bombardeando a sua mente, constantemente, dia sim dia não. E desta seleção você vai escolher quem você pensa que deve seguir, quem você pensa que deve ouvir…

E a sua escolha está baseada na sua confusão, naturalmente, de seguir, ouvir aquele mestre, aquele guru, aquele filósofo, portanto você começa a depender de si mesmo, pensando que é livre de escolher. O antecedente da escolha é invariavelmente a confusão. Não fica confuso quando escolhe? Não fica indeciso quando seleciona um entre todos esses? Portanto a sua escolha é essencialmente o resultado da confusão.
 
Krishnamurti
http://legacy.jkrishnamurti.org




Onde está a necessidade de mudar o que quer que seja? A mente está mudando de alguma forma todo o tempo. Olhe para sua mente desapaixonadamente; isso é o suficiente para acalmá-la. Quando ela estiver quieta, você pode ir além dela. Não a mantenha ocupada todo o tempo. Pare-a, e simplesmente seja. Se você der descanso à mente, ela se centrará e recobrará sua pureza e força. O pensar constante a faz decair.

Nada que você faça mudará a si mesmo, pois você não precisa de nenhuma mudança. Você pode mudar sua mente ou seu corpo, mas isso é sempre algo externo a você que foi mudado, não você mesmo. Por que se importar com toda essa história de mudança? Realize de uma vez por todas que nem seu corpo, nem sua mente e nem mesmo sua consciência é você e mantenha-se de pé sozinho em sua verdadeira natureza além da consciência e inconsciência. Nenhum esforço pode levá-lo lá, somente a clareza do entendimento. Não tente reformar a si mesmo, simplesmente veja a futilidade de toda mudança. O mutável mantém-se em mutação enquanto o imutável espera. Não espere que o mutável o leve ao imutável – isso jamais acontecerá. Somente quando a própria ideia de mudança é vista como falsa e abandonada, o imutável pode surgir.

As atividades da maioria das pessoas é sem valor, senão destrutiva. Dominado pelo desejo e medo, eles não podem fazer qualquer coisa de bom.

Os gurus estilizados falam de madureza e esforço, de mérito e aquisições, de destino e graça; tudo isso é mera formação mental, projeções de uma mente viciada. Ao invés de ajudar, eles obstruem. Não corra para a atividade. Nem aprendizagem nem ação podem realmente ajudar.

Não é o que você faz, mas o que você para de fazer que importa.

A atividade não é ação. Ação é oculta, desconhecida. Você pode somente conhecer o fruto. Ação não leva à perfeição; perfeição é expressa na ação. Há uma diferença entre trabalho e mera atividade. Toda a natureza trabalha. Trabalho é natureza. Natureza é trabalho. Por outro lado, a atividade é baseada no desejo e no medo, no desejo de possuir e desfrutar e no medo da dor e aniquilação. Trabalho é pelo todo para o todo, atividade é para si mesmo e por si mesmo.

Sua mente está estagnada nos hábitos de avaliação e aquisição, e não admitirá que o incomparável e o que não se pode obter estão esperando eternamente dentro de seu próprio coração por reconhecimento.Tudo que você tem a fazer é abandonar todas as memórias e expectativas. Apenas mantenha-se pronto em total nudez e vazio. Não faça nada, apenas seja. Apenas sendo tudo acontece naturalmente. Seja nada, saiba nada, tenha nada. Esta é a única vida que vale a pena ser vivida, a única felicidade que vale a pena ter.

Você não pode fazer nada. O que o tempo traz, o tempo levará embora. Este é o fim da Yoga, realizar independência. Tudo o que acontece, acontece na e para a mente, não para a fonte do “Eu sou”. Uma vez que você realize que tudo acontece por si mesmo (chame a isso destino ou vontade de Deus, ou mero acidente), você permanece como testemunha somente, compreendendo e apreciando, mas nunca perturbado. Você é responsável somente pelo que você pode mudar. Tudo que você pode mudar é sua atitude. Aí mora a sua responsabilidade.

Sri Nisargadatta
https://dharmalog.com 

A escolha é onde existe confusão. Para a mente que vê claramente, não há necessidade de escolha, há ação. Penso que muitos problemas resultam de dizer que somos livres para escolher, a escolha significa liberdade. Pelo contrário, eu diria que a escolha significa uma mente confusa e, por conseguinte, não livre.

Fonte: https://citacoes.in/citacoes/102573-jiddu-krishnamurti-a-escolha-e-onde-existe-confusao-para-a-mente-
POR QUE SOU VEGETARIANA

Dieta de 21 dias ➙ PERCA DE 5 Á 10Kg em 21 DIAS! - Emagrecendo Rápido,Suco  De Detox, Dieta de 21 Dias Propondo Um Modo Fraterno de Viver


O mundo moderno está descobrindo, através de um processo lento e penoso, que todas as formas de vida desta Terra estão interligadas. Quando destruímos florestas ou mesmo insetos, fazemos mal a nós mesmos, porque provocamos sem saber uma mudança climática ou impedimos a polinização, causando assim circunstâncias adversas a nosso próprio bem-estar. Mas lentamente, depois de haver causado muito dano, o pensamento ecológico está voltando-se para a não-destruição e o vegetarianismo.

Os povos antigos, no entanto, conheciam a verdade da unidade da vida intuitivamente, e, portanto, de modo claro. Eles defendiam um modo de vida não-destrutivo, indicado pela palavra ahimsa. Eu sou vegetariana, em primeiro lugar, porque sei claramente, em meu coração, que toda vida é sagrada e parte de uma única Existência. Quando alguém sente isto, nada pode persuadi-lo a ferir ou destruir. A razão também nos diz que quando matamos e nos alimentamos de outras criaturas, são criados muitos problemas, não só ecológicos, mas problemas de saúde e outros. Mas estes são secundários.

As pessoas que se tornam vegetarianas por razões médicas poderiam retornar à dieta carnívora se as teorias médicas mudassem. Assim, novas ideias poderiam derrotar o atual ponto de vista ecológico. Mas nada pode mudar a percepção intuitiva da natureza preciosa da vida, sob qualquer forma que exista, por mais insignificante que a criatura possa parecer. Isto inspira na mente, de modo espontâneo, um sentido de cuidado, carinho e amor por todas as criaturas de Deus. Para mim, esta é a única razão para ser vegetariana.

Os métodos modernos de massacre de animais e produção de carne são tão abomináveis que mesmo uma pessoa sem motivos espirituais para tornar-se vegetariana deveria fazê-lo. Antigamente, quando as pessoas pensavam que precisavam comer carne, matavam o animal. Hoje, os animais são mortos em massa e depois se tenta criar um mercado. As pobres criaturas são mantidas em condições atrozes e antinaturais, miseravelmente confinadas, alimentadas e medicadas artificialmente, e maltratadas de muitas maneiras diferentes. É necessário um coração muito duro para ser um não-vegetariano – quando os fatos da produção de carne são conhecidos. Assim, a pergunta deveria ser na verdade “Como poderia eu não ser vegetariana?”. Se conhecesse as condições e mesmo assim me beneficiasse da dor dos animais criados para a produção de carne, eu seria muito pouco humana.

Milhões de pessoas na Índia têm sido vegetarianas por séculos e gerações e sempre com boa saúde – não só fisicamente, mas têm tido pleno poder mental e sabedoria espiritual. O território de ahimsa produziu naturalmente os videntes Upanishádicos, o Buddha, Mahavira, e uma série sem igual de místicos e homens santos, e por esta razão, mesmo agora, embora haja uma decadência perceptível, as pessoas olham para a Índia como a terra natal da espiritualidade. É interessante notar que muitas pessoas notáveis que experimentaram uma elevação mística – frequentemente chamada de expansão de consciência – tornaram-se naturalmente vegetarianas. Neste grupo estão pessoas como Shelley, Wagner e Charlotte Bronté, cujo background era contrário ao vegetarianismo, mas que o escolheram mesmo assim. Porque há uma relação direta entre o fato de não matar e a abertura da visão espiritual ou percepção religiosa. Alguns grandes religiosos como Ramalinga Swamigal expressaram dor até mesmo os verem plantas murcharem.

Isto era parte da verdadeira cultura e ethos [1] da Índia, e não o pensamento segundo o qual os animais não têm sentimento. Esta teoria cômoda é uma negação das evidências diretas que os animais dão dos seus sentimentos: a devoção e alegria expressadas quando retorna o dono, a dor e até as lágrimas quando machucados. Tudo isto é visível para toda pessoa que não fechar deliberadamente seus olhos. Como podemos negar ao animal o direito de viver que nós reivindicamos para nós, e a oportunidade de ser livre e feliz que vemos como nosso direito inalienável? Os animais também são filhos da força criativa universal, a mãe única de todos.

Acredito que o caminho para o bem-estar não está em promover a nossa própria satisfação às custas dos outros, ou em prolongar a nossa vida causando sofrimento a outras criaturas – seres humanos, animais, pássaros, ou outros. Cada agressão deve ser evitada sempre que possível; nenhum ferimento deve ser causado conscientemente a outro ser. Assim, a Lei da causa-e-efeito da Natureza, o Carma, trará por si mesma o que é bom. Pelo fato de hoje tantas pessoas violarem aquela Lei – há crescente dificuldade e sofrimento. É uma loucura pensar que deveríamos abandonar as verdades e o modo de vida que são parte da nossa antiga cultura e ethos, e aderir ao carnivorismo e outros hábitos para parecer modernos. Kalidasa disse: nem tudo que é antigo é necessariamente bom. E também nem tudo que é novo e moderno é necessariamente bom. A comprovação está nos resultados produzidos. O mundo moderno, cheio de violência e tensões, imoralidade e egoísmo, é o produto de ideias erradas.
 
Hoje algumas pessoas acreditam que ter um coração impiedoso em relação aos animais – e tratar milhões deles como se fossem objetos materiais inertes que podem ser abertos e manipulados numa fábrica produtora de carne – não tem qualquer efeito negativo sobre a sociedade humana, mas, ao contrário, a beneficia. Esta é uma gigantesca falácia. Porque os seres humanos que estão treinando-se a si mesmos para serem indiferentes ao sofrimento e brutais no seu modo de pensar irão agir, inevitavelmente, com grande insensibilidade em relação a sua própria espécie – que é o que estamos vendo atualmente. O modo gentil de viver, a simpatia e a sensibilidade para com o bem-estar de todas as criaturas, e uma capacidade de apreciar o caráter sagrado da vida, são necessários para construir uma civilização boa e pacífica

Radha Burnier 

NOTA:

[1] Ethos: Essência ou espírito de uma cultura. (CCA)

https://www.filosofiaesoterica.com