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domingo, 10 de outubro de 2021

 VOCÊ SÓ É RESPONSÁVEL PELO SEU AUTOCONHECIMENTO


Você tem de ser um investigador. E a sua única responsabilidade deve ser conhecer a si mesmo.

Ensinaram-lhe tantas responsabilidades menos essa! Disseram-lhe que você devia prestar conta aos seus pais, à sua mulher, ao seu marido, aos seus filhos, à nação, à igreja, à humanidade, à Deus. A lista é praticamente interminável. Mas a responsabilidade mais importante não está nessa lista.

Eu gostaria de queimar essa lista toda! Você não tem de prestar contas a nação nenhuma, a igreja nenhuma, a Deus nenhum. Você só é responsável por uma coisa: o seu autoconhecimento. E o maior milagre é que, se você cumprir com essa responsabilidade, conseguirá cumprir com muitas outras sem fazer nenhum esforço.

No momento em que você encontra o seu próprio ser, uma revolução acontece na maneira como vê as coisas. Toda a sua visão de vida passa por uma mudança radical. Você começa a se dar conta de novas responsabilidades - não como se fossem algo que tem de ser feito, mas algo que se faz por prazer.

Nunca mais fará nada por dever, por se sentir responsável, porque isso é algo que esperam de você. Fará tudo pela felicidade que isso lhe dá, por um sentimento de amor e compaixão. Não é uma questão de dever, é uma questão de compartilhar. Você sente tanto amor e tanta felicidade que gostaria de compartilhar.

Por isso eu só ensino uma responsabilidade, que é para consigo mesmo. Todo o resto virá naturalmente sem nenhum esforço da sua parte. E, quando as coisas acontecem sem que seja preciso fazer esforço, elas se revestem de uma grande beleza.

Osho - O Livro da Sua Vida
http://pensarcompulsivo.blogspot.com



O autoconhecimento é o início da sabedoria
 
O autoconhecimento é cultivado através da busca individual de si mesmo. Não estou colocando o indivíduo em oposição à massa. Eles não são antiéticos. Você, o indivíduo, é a massa, o resultado da massa. Em nós, como você descobrirá se entrar nisso profundamente, estão os muitos e o particular. É como uma correnteza que está constantemente fluindo, deixando pequenos rodamoinhos e esses rodamoinhos chamamos de individualidade mas eles são resultado deste constante fluxo de água. Seus pensamentos-sentimentos, aquelas atividades mentais e emocionais, não são o resultado do passado, do que chamamos muitos? Você não tem pensamentos-sentimentos semelhantes ao seu vizinho? Assim, quando falo do indivíduo, não o estou colocando em oposição à massa. Ao contrário, quero remover este antagonismo. Este antagonismo entre a massa e você, o indivíduo, cria confusão e conflito, crueldade e miséria. Mas se podemos compreender como o indivíduo, você, é parte do todo, não só misticamente mas realmente, então podemos nos libertar feliz e espontaneamente da maior parte de nosso desejo de competir, ter sucesso, enganar, oprimir, ser cruel, ou virar um seguidor ou um líder. Então consideraremos o problema da existência de modo totalmente diferente. E é importante compreender isto profundamente. Enquanto nos considerarmos como indivíduos separados do todo, competindo, obstruindo, em oposição, sacrificando os muitos pelo particular ou o particular pelos muitos, todos aqueles problemas que surgem deste antagonismo conflitante não terão solução feliz e duradoura; porque eles são resultado deste pensar-sentir errado. 
 
Krishnamurti
http://legacy.jkrishnamurti.org
 


Autoconhecimento e Natureza 

Dependemos da natureza não só para a nossa sobrevivência física.Também necessitamos da natureza para que nos ensine o caminho para casa, o caminho para sairmos da prisão de nossas mentes.

Nós nos perdemos no fazer, no pensar, no recordar, no antecipar; estamos perdidos em um complexo labirinto, em um mundo de problemas.Esquecemos aquilo que as rochas, as plantas e os animais já sabem. Nos esquecemos de Ser, de sermos nós mesmos, de estar em silêncio, de estar onde está a vida: Aqui e Agora.

Focalizar a atenção em uma pedra, em uma árvore ou em um animal, não significa “pensar neles”, mas simplesmente percebê-los, dar-se conta deles.  Então eles te transmitem algo de sua essência. Sente quão profundamente descansam no Ser, completamente unificados com o que são e onde estão. Ao perceber isto, tu também entras em um lugar de profundo repouso dentro de ti mesmo.

Quando caminhares ou descansares na natureza, honra este reino, permanecendo aí plenamente. Acalma-te. Olha. Escuta. Observa como cada planta e cada animal são completamente eles mesmos.

Diferentemente dos humanos, não estão divididos em dois. Não vivem por meio de imagens mentais de si mesmos, e por isso não precisam preocupar-se em proteger e potencializar estas imagens. Todas as coisas naturais, além de estarem unificadas consigo mesmas, estão unificadas com a totalidade. Não se afastaram da totalidade exigindo uma existência separada: “eu”, o grande criador de conflitos.

Tu não criastes teu corpo, nem és capaz de controlar as funções corporais. Em teu corpo opera uma inteligência maior que a mente humana. É a mesma inteligência que sustenta tudo na natureza. Para aproximar-te ao máximo desta inteligência, torna-te consciente de teu próprio campo energético interno, sente a vida, a presença que anima o organismo.

Quando percebes a natureza apenas com a mente, por meio do pensamento, não podes sentir sua plenitude de vida, seu ser. Unicamente vês a forma e não estás consciente da vida que a anima, do mistério sagrado. O pensamento reduz a natureza a um bem de consumo, a um meio para conseguir benefícios, conhecimento, ou a algum outro propósito prático.

Observa, sente um animal, uma flor, uma árvore, e vê como descansam no Ser. Cada um deles é ele mesmo. Eles têm uma enorme dignidade, inocência, santidade. No momento em que olhas além dos rótulos mentais, sentes a dimensão inefável da natureza, que não pode ser compreendida pelo pensamento. É uma harmonia, uma sacralidade que além de preencher a totalidade da natureza, também está dentro de ti.

O ar que respiras é natural, como o próprio processo de respirar. Dirige a atenção à tua respiração e percebe que não és tu quem respira. A respiração é natural. Conecta-te com a natureza do modo mais íntimo e interno percebendo a tua própria respiração e aprendendo a manter tua atenção nela. Este é um exercício que cura e energiza consideravelmente. Produz uma mudança de consciência que te permite ultrapassar o mundo conceitual do pensamento e atingir a consciência incondicionada.

Precisas que a natureza te ensine e te ajude a reconectar-te com teu Ser. Não estás separado da natureza. Todos somos parte da Vida Única que se manifesta em incontáveis formas em todo o universo, formas que estão, todas elas, completamente interconectadas. Quando reconheces a santidade, a beleza, a incrível quietude e dignidade que existem em uma flor ou em uma árvore, acrescentas algo a esta flor ou a esta árvore.

Pensar é uma etapa na evolução da vida. A natureza existe em uma quietude inocente que é anterior à aparição do pensamento. Quando os seres humanos se aquietam, vão além do pensamento. A quietude que está além do pensamento contém uma dimensão maior de conhecimento, de consciência.

A natureza pode levar-te à quietude. Este é o presente dela para ti. Quando percebes a natureza e te unes a ela no campo da quietude, este se enche com tua consciência. Este é o teu presente para a natureza. Através de ti, a natureza toma consciência de si mesma. É como se a natureza tivesse ficado à tua espera durante milhões de anos para adquirir esta consciência.

Eckhart Tolle
http://evolucaocriadora.blogspot.com

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