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sábado, 9 de outubro de 2021

 S I L Ê N C I O 

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 Sutra 34

O silêncio não faz de um tolo um mestre

O silêncio pode ser de cemitério ou do nascer do sol. O silêncio pode ser de um pássaro voando ou pode ser de um cadáver. Ambos são silêncios, mas diametralmente opostos. O silêncio de um cadáver tem de ser evitado, o silêncio de uma flor tem de ser absorvido. O silêncio de uma flor fará de você uma flor, o silêncio de um cadáver o tornará um cadáver. Ambos parecem a mesma coisa externamente.
 
Não seja enganado pelas aparências - procure sempre o essencial, o próprio âmago. Duas coisas podem parecer semelhantes, mas serem o oposto uma da outra. O buscador tem de ser muito cauteloso, estar muito consciente de cada passo, porque é fácil tornar-se morto e muito difícil ser transbordante de vida.
 
Osho Silence
https://blogdoosho.blogspot.com 
 
 
O Silêncio geralmente é compreendido como sendo algo negativo. Algo vazio, algo como uma ausência de som, de ruídos. Esse mal entendido prevalece, porque bem poucos experienciaram o silêncio. Tudo o que eles experimentaram em nome do silêncio é a ausência de ruído. Mas o silêncio é um fenômeno totalmente diferente. Ele é inteiramente positivo. É existencial. Ele não é vazio, é transbordante com uma música que você jamais ouviu antes. E com uma fragrância pouco familiar para você, e com uma luz que só pode ser vista com o olho interior. Isso não é algo fictício, é uma realidade, e uma realidade que já está presente em cada um. Simplesmente nunca olhamos para dentro.

Se você estiver demasiado inquieto e demasiado ativo, você não chegará… ao meu silêncio. Seja passivo como quando você se senta à margem de um rio, enquanto ele flui; simplesmente observe. Não há aflição, não há urgência, não há emergência. Ninguém está lhe forçando. Mesmo que você deixe passar, nada estará perdido. Você, simplesmente, observa, apenas olha. Mesmo a palavra observa não é boa, porque traz, em si, um elemento de atividade. Você, simplesmente, olha e nada tem a fazer. Sente-se, simplesmente, à margem do rio, olhe enquanto o rio flui. Ou olhe para o céu enquanto as nuvens flutuam; olhe passivamente.É muito, mas muito essencial que essa passividade seja compreendida, porque a sua obsessão pela atividade pode tornar-se inquietação, pode fazer-se uma espera ativa e, então, pode colocar tudo a perder. A atividade pode tornar a entrar pela porta dos fundos. Seja um observador passivo.

O seu centro de ser é o centro de um ciclone. Aconteça o que acontecer em torno dele não será afetado;. É eterno silêncio. Dias vêm e vão, anos vêm e vão, as idades vêm e passam, vidas que vêm e vão, mas o eterno silêncio do seu ser permanece exatamente o mesmo – música sem som, a mesma fragrância de piedade, a mesma transcendência de tudo que é mortal, de tudo o que é momentâneo. Não é algo em sua posse; você está possuído por ele, e isso é a grandeza dele.

O testemunhar é a única coisa que pode torná-lo mais consciente do imenso nada que o circunda. E esse imenso nada… não é vazio, lembre-se.. Esse nada não é vazio, ele é cheio da sua presença, cheio do seu testemunhar, cheio da luz de sua testemunha.Nesse nada, você se torna quase um sol, e os raios do sol movem-se dentro do nada em direção ao infinito.

Aproveite o silêncio. Sinta, prove, saboreie. Logo você verá que ele tem a sua própria comunicação.

Osho
https://oshoemportugues.wordpress.com 
 

O silêncio da mente chega naturalmente – por favor ouçam isto – chega naturalmente, facilmente, sem qualquer esforço se você souber observar, olhar. Quando você observar uma nuvem, olhe para ela sem a palavra e portanto sem o pensamento, olhe para ela sem a divisão como observador. Então há uma consciência e uma atenção no próprio ato de olhar: não a determinação de estar atento, mas olhar com atenção, mesmo que esse olhar possa durar apenas um segundo, um minuto – isso é suficiente. Não seja ganancioso, não diga “Tenho que ter isso durante todo o dia”. Olhar sem o observador significa olhar sem o espaço entre o observador e a coisa observada, o que não significa identificar-se com a coisa que é olhada.

Portanto quando se consegue olhar para uma árvore, para uma nuvem, para a luz sobre a água, sem o observador, e também – o que é muito mais difícil, o que precisa de uma maior atenção – se você conseguir olhar para si mesmo sem a imagem, sem qualquer conclusão, porque a imagem, a conclusão, a opinião, o juízo, a bondade e a maldade, estão centrados em torno do observador, então você descobrirá que a mente, o cérebro, se torna extraordinariamente tranquilo. E essa tranquilidade não é uma coisa a ser cultivada; ela pode acontecer, ela acontece sim, se você estiver atento, se você for capaz de observar o tempo todo, observar os seus gestos, as suas palavras, os seus sentimentos, os movimentos do seu rosto e tudo o mais.

J.Krishnamurti
http://legacy.jkrishnamurti.org
 
"Quando você pode suportar seu próprio silêncio, você está livre. Apenas o Ser (Presença) deveria sentar no Trono do seu coração".(Mooji)

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