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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

QUANTOS DENTRE VÓS 
ESTÃO DISPOSTOS A TENTAR 
AQUILO QUE DIGO ?



Pergunta: Algumas pessoas têm feito objeções ao vosso ensinamento sobre a vida, dizendo que a vida sempre se expressa em formas e que não podem conceber a vida, puramente, em si mesma. Ora, eu penso que a vida e a forma não estão opostas, pois que a vida não me parece ser nem com a forma nem sem a forma, porém, externa-se mediante o processo de mudar sempre, sempre vir-a-ser, enquanto que a forma, em si mesma, é produzida pela ilusão do estar-parado. Estará isto de acordo com o vosso ponto de vista?

Krishnamurti: Em parte. Para mim não existe separação entre forma e vida, entre espírito e matéria, tudo é um. A forma é a expressão da vida; se a vida não for forte, vital, flexível, enérgica, completa e integralmente livre, vossas formas serão limitações. Assim, deveis vos preocupar com a vida e, depois, as formas cuidarão de si mesmas.

Pergunta: Dizeis que a maneira pela qual ensinais é a mais rápida e mais fácil. Qual a razão porque, aparentemente, tão poucas pessoas na história encontraram esta via mais curta?

Krishnamurti: Quantos dentre vós estão dispostos a tentar aquilo que digo, a efetuar experiências? Muitos poucos. E esta é a razão pela qual existem tão poucas pessoas na história. No fim de tudo, o homem que atinge, encontra a sua meta após haver passado através das coisas ordinárias, não-essenciais de todos os dias, exatamente como todos os outros. Porém, imediatamente após haver atingido, vê ele que todas essas coisas não-essenciais, mesquinhas, são desnecessárias. E, assim, diz ele aos outros: “Não façais estas coisas”. Poucos, porém, o escutam. Muitos poucos contendem com ele nas coisas essenciais.

Pergunta: A crença necessita ser ensinada do exterior até uma certa idade. A que estágios da evolução da humanidade será isso aplicável?

Krishnamurti: Não podeis aplicar isto à humanidade. Nada temos que ver com a humanidade. Não me desentendais, por favor. Temos que ver com o indivíduo, pois que o indivíduo “é” a humanidade. Se o indivíduo necessita ser ensinado do exterior, então a ele compete decidir em que estágio deve ser ensinado e em que estágio o não deve. Não podeis estabelecer lei. Isso depende do indivíduo.

Pergunta: Dizeis que ensinais a verdade absoluta. Acha-se vossa expressão dessa verdade absoluta, de algum modo, necessariamente, limitada pela limitação das palavras?

Krishnamurti: Certamente. Se eu dispusesse de um novo vocabulário, estaria muito bem, porém, isto implicaria meu aprendizado de um vocabulário novo. Assim, usando palavras vulgares, — não palavras técnicas ou filosóficas — e esforçando-me para explicar essas coisas que são inexplicáveis por meio de palavras ordinárias, dá-se, naturalmente, uma limitação. Porém, certamente, a limitação das palavras, não virá a ser a limitação da verdade. Pelo menos para mim. Para mim é isto uma experiência vasta, imensa, que todo o ser humano necessita fazer, na qual necessita viver e ter concentrado o seu ser. É como se fosse o céu inteiro, enquanto que as palavras são meras janelas. Não podeis traduzir o céu inteiro por meio de palavras. Se, porém, passardes para além das palavras, — vede bem, intelectualmente, não mística ou sonhadoramente — então a ilusão das palavras desaparecerá.


 
Krishnamurti
 


Helena Blavatsky disse: "Seja humilde se quer adquirir sabedoria. Porém, seja ainda mais humilde quando a tiver adquirido". E Gibran Khalil completa: "A simplicidade é o último grau da sabedoria". Para ser humilde o ser precisa estar aberto a tudo e somente a simplicidade o conduz a isso.  Viver em humildade e simplicidade é um arrebatamento, um êxtase... é difícil e complicado definir o arroubamento de espírito; não há palavras... ! É um estado no qual não existem definições, nem conceitos, "então a ilusão das palavras desaparecerá". KyraKally

 

TRANSCENDENDO O EGO


Aqui estão sete sugestões para  ajudá-lo a transcender ideias arraigadas acerca da auto importância. Todas elas são concebidas para ajudar a impedi-lo de se identificar falsamente com a auto importância do ego.
 
1. Pare de se sentir ofendido
 
O comportamento dos outros não é uma razão para ser imobilizado. O que o ofende só o torna mais fraco. Se está à procura de ocasiões em que foi ofendido, irá descobri-las em todo o lado. Trata-se do seu ego a funcionar convencendo-o de que o mundo não deveria ser como é. Mas você pode tornar-se um apreciador da vida e igualar-se ao Espírito da Criação universal. Não pode tocar o poder da intenção ao ser ofendido. Por todos os meios, aja no sentido de erradicar os horrores do mundo que emanam da identificação massiva com o ego, mas fique em paz. Como Um Curso em Milagres nos relembra: a Paz é de Deus, você que é parte de Deus não está em casa exceto na sua paz. Sendo de Deus, você que é parte de Deus, não está em casa excepto na sua paz. Sentir-se ofendido cria a mesma energia destrutiva que o ofendeu em primeiro lugar e leva-o ao ataque, ao contra-ataque e à guerra.
 
2. Deixe ir a sua necessidade de vencer
 
O ego adora dividir-nos em vencedores e perdedores. O objetivo de ganhar é um meio infalível para evitar que a consciência contacte com a intenção. Porquê? Porque, em última instância, é impossível ganhar sempre. Alguém por aí vai ser mais rápido, ter mais sorte, ser mais jovem, mais forte e mais esperto e você vai voltar a sentir-se inútil e insignificante.
 
Você não é os seus ganhos ou as suas vitórias. Pode gostar de competir e de se divertir num mundo em que vencer é tudo, mas não tem que estar lá nos seus pensamentos. Não há perdedores num mundo onde todos partilhamos a mesma fonte de energia. Tudo o que você pode dizer é que, num dado dia, realizou um certo nível em comparação com os níveis dos outros nesse dia. Mas hoje é outro dia, com outros competidores e novas circunstâncias para considerar. Você é ainda uma presença infinita em um corpo que é um dia (ou década) mais velho. Deixe ir a necessidade de ganhar ao não concordar que o oposto de ganhar seja perder. Esse é o medo do ego. Se o seu corpo não está a fazer de forma a ganhar neste dia, isso simplesmente não importa quando não você não se identifica exclusivamente com o seu ego. Seja o observador, reparando e desfrutando de tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. Esteja em paz e harmonize-se com a energia da intenção. E, ironicamente, embora você mal dê por isso, surgirão mais vitórias na sua vida à medida que menos as procurar.
 
3. Deixe ir a sua necessidade de ter razão
 
O ego é a fonte de imensos conflitos e dissensões porque o empurra na direção de fazer dos outros errados. Quando você é hostil, desconectou-se do poder da intenção. O Espírito criativo é amável, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura. Deixar ir a sua necessidade de estar certo nas suas discussões e relações é como dizer ao ego, Eu não sou um escravo teu. Eu quero abraçar a amabilidade, e rejeito a tua necessidade de estar certo. De facto, vou oferecer a esta pessoa a oportunidade de se sentir melhor dizendo-lhe que está certa e agradecer-lhe por me apontar na direção da verdade.
 
Quando você deixa ir a necessidade de ter razão, é capaz de fortalecer a sua conexão com o poder da intenção. Mas tenha em atenção que o ego é um combatente determinado. Já vi pessoas terminarem relações, de outro modo bonitas, por aderirem à sua necessidade de estarem certas. Eu incito-o a deixar ir esta necessidade condutora do ego de ter razão parando você mesmo no meio de uma discussão e perguntando-se, Quero ter razão ou quero ser feliz? Quando escolhe o humor feliz, amoroso e espiritual a sua conexão com a intenção é reforçada. Estes momentos expandem, em última análise, a sua nova conexão ao poder da intenção. A Fonte universal irá começar a colaborar consigo criando a vida que você está destinado a viver.
 
4. Deixe ir a sua necessidade de ser superior
 
A verdadeira nobreza não tem a ver com ser melhor do que ninguém. Tem a ver com ser melhor do que você costumava ser. Fique centrado no seu crescimento, com uma consciência constante de que ninguém que está no planeta é melhor do que ninguém. Todos nós emanamos da mesma força vital criativa. Todos temos uma missão para realizar a nossa essência destinada; tudo o que precisamos para cumprir o nosso destino está disponível para nós. Nada disto é possível quando se vê a si mesmo como superior aos outros. É um velho ditado, mas nem por isso menos verdadeiro: todos somos iguais aos olhos de Deus. Deixe ir a sua necessidade de se sentir superior vendo a manifestação de Deus em todos. Não avalie os outros com base na sua aparência, realizações, posses e outros indícios do ego. Quando você projeta sentimentos de superioridade é o que recebe de volta, levando a ressentimentos e, afinal de contas a sentimentos hostis. Estes sentimentos tornam-se no veículo que o leva para mais longe da intenção. Um Curso em Milagres visa esta necessidade de ser especial e superior: “A especialidade faz sempre comparações. É estabelecida por uma falta vista no outro e mantida por procurar e manter claro à vista todas as faltas que possa perceber.
 
5. Deixe ir a sua necessidade de ter mais
 
O mantra do ego é mais. Nunca está satisfeito. Não importa o quanto você realize ou adquira, o seu ego vai insistir que não é suficiente. Vai encontrar-se num estado perpétuo de esforço e eliminar qualquer possibilidade de alguma vez chegar. No entanto, na realidade você já chegou e como escolhe usar este momento presente da sua vida é sua escolha. Ironicamente, quando você para de precisar de mais, mais do que deseja parece chegar à sua vida. Desde que esteja desapegado da necessidade, vai achar mais fácil transmiti-lo aos outros porque percebe como precisa de pouco para estar satisfeito e em paz.
 
A Fonte universal está contente consigo mesma, constantemente em expansão e a criar vida nova, nunca tentando manter as suas criações para os seus próprios propósitos egoístas. Ela cria e deixa ir. À medida que deixar ir a necessidade do ego de ter mais, você identifica-se com essa Fonte. Você cria, atrai para si e deixa ir, nunca exigindo que venha mais. Como um apreciador de tudo o que se manifesta, você aprende a poderosa lição que São Francisco de Assis ensinou: “… é dando que nós recebemos.” Ao permitirmos que a abundância flua em e através de si, você combina com a sua Fonte e garante que esta energia continuará a fluir.
 
6. Deixe de se identificar com base nas suas realizações
 
Este pode ser um conceito difícil se você pensar que é as suas realizações. Deus escreve toda a música, Deus canta todas as canções, Deus constrói todos os edifícios. Deus é a fonte de todas as realizações. Posso ouvir o seu ego a protestar em voz alta. Não obstante, permaneça sintonizado com esta ideia. Tudo emana da Fonte! Você e essa Fonte são um! Você não é este corpo e as suas realizações. Você é o observador. Note tudo isso e esteja grato pelas capacidades que tem acumulado. Mas conceda todos os créditos ao poder da intenção que o trouxe para a existência e da qual você é uma parte materializada. Quanto menos precisar de ter os créditos pelas suas realizações e mais conectado permanecer com as sete faces da intenção, mais você é livre para realizar e mais lhe será mostrado para si. É quando se apega a essas conquistas e acredita que faz todas essas coisas sozinho que abandona a paz e a gratidão da sua Fonte.
 
7. Deixe ir a sua reputação
 
A sua reputação não está localizada em si. Ela reside na mente dos outros. Portanto, você não tem controlo sobre ela de todo. Se você falar com 30 pessoas, terá 30 reputações. Conectar-se com a intenção significa escutar o seu coração e conduzir-se com base no que sua voz interior lhe diz que é o seu propósito. Se estiver excessivamente preocupado com a forma como vai ser apreendido por todos, então desconectou-se da intenção e deixou que as opiniões dos outros o orientassem. Trata-se do seu ego a funcionar. Trata-se de uma ilusão que permanece entre si e o poder da intenção. Não há nada que possa fazer, a menos que se desligue da fonte do poder e se convença de que o seu propósito é provar aos outros como é poderoso e superior, e desperdice a sua energia a tentar ganhar uma reputação gigante entre os outros egos. Faça o que faz porque a sua voz interior está sempre conectada e agradecida à sua Fonte pelo modo como o dirige. Permaneça na intenção, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade pelo que reside em si: o seu carácter. Deixe a sua reputação para os outros discutirem; isso não tem nada a ver consigo. Ou como diz o título de um livro: O que você pensa de mim não é assunto meu!



                                         Wayne W. Dyer



Sete passos para controlar seu ego. Saiba o que ainda te prende na terceira dimensão!
Acesse o conteúdo completo em: http://animamundhy.com.br/blog/sete-passos-ontrolar-ego-saiba-que-prende-terceira-dimensao
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O DESEJO FAZ DE VÓS 
CAÇADORES DE INFINITAS ILUSÕES


Pergunta: Este sentimento, esta concentração da Vida, a qual vos referis, é uma coisa cósmica?

Krishnamurti: Sinto-me feliz por haverdes feito a pergunta; vou tentar explicar-vos. Isto é o mesmo que se esforçar por compreender o que está para além daquelas montanhas antes de haver deixado o vale. Vós estais vos esforçando por imaginar o que seja isso. Dizeis que é a consciência universal, que é Deus, que é Vida, que é o cosmos, que é isto, que é aquilo. Quereis que se vos faça uma descrição do que é isso, porém, o que é passível de descrição, já não é a Verdade. Ao passo que, se começásseis por averiguar a causa desta recorrente resistência e buscásseis vos libertar dessa escravidão, então teria lugar a realização dessa concentração, que é o êxtase da Vida. Este fluxo de pensamento reside no presente, não no futuro ou nem em outro mundo qualquer. Pretendeis averiguar o que seja a Vida, se ela é consciência cósmica, se nela há justiça, igualdade, se é unidade, se é toda integrativa, afim de adestrardes vossa mente de acordo com essa concepção, e vos poderdes tornar semelhantes a ela. Ora, isso nada mais seria que vossa própria glorificação individual, ao passo que eu vos venho falar da completa liberdade do eu-consciência.

Quando começais a pensar por vós mesmos? Quando vossos esforços se frustram; é então que, ao ficar embaraçados, vos apercebeis de vós próprios. Desse embaraço provém a divisão, que é a causa da resistência e, para vencê-la, a vós mesmos disciplinais. As ideias têm que desaparecer integralmente antes que possais chegar a discernir. Se não poderdes discernir livremente, sereis incapazes de compreender. Para a percepção, deve a mente estar despida de preconceitos; e uma das coisas mais difíceis de se levar a efeito é tornar a mente delicada, plástica, de modo que discirna instantaneamente, sendo esse discernimento, intuição.

O que é que em vós cria as ideias? O desejo. Percebeis um objeto, um escopo, uma finalidade, e então, formulais as ideias de consecução. Ouvis, por exemplo, referência à respeito do homem perfeito, e dizeis a vós mesmos: “preciso tornar-me semelhante a ele”. Esta ideia amolda vossa vida, por ela ficais escravizados e vosso desejo apenas se tornou mais sutil, não estais libertando a vossa mente das causas da limitação, que é esse mesmo desejo, mas apenas a transportais do egoísmo humano vulgar para o auto-interesse refinado, “espiritual”, que é a expansão do vosso ego. A este processo de auto-expansão denominais progresso espiritual. Gradualmente, ides abandonando o objeto de vosso desejo. Dizeis a vós mesmos: Só existe o eu. Eu próprio sou todo o universo, sou Deus”. O objeto de vossa inspiração, o vosso molde, perde para vós, seu significado, porém é ele exatamente o mesmo desejo que em vós criou a nova e gloriosa ideia de que sois o universo.

Ainda que chegueis a pensar que sois o universo, que sois seres cósmicos em vossa consciência, nem por isso deixais de ser cativos pelo vosso desejo, com todas as lutas e limitações que lhe são inerentes. Assim, sois forçados a buscar uma nova explicação, ao passo que ides retendo todas as ilusões que hão envolvido por meio de vosso desejo. Agora, dizeis a vós mesmos, “Dado existir a suprema justiça, a lei universal, o amor de Deus, aceitarei as coisas tais quais elas são”. A vós próprios colocais num estado de resignação, que nada mais é que uma forma nova de ilusão. Desta, brota uma sensação de conforto, nascida deste mesmo desejo pelo eu.

Dentro de todos estes círculos de ilusão é que passais vossos dias. Permaneceis num deles, imaginando haver atingido o ultérrimo, até que o vosso desejo vos arrasta para outro círculo. Ides criando ilusão após ilusão, oscilando de uma para a outra, sempre escravizados às sutis exigências do desejo. E, por essa maneira julgais ir evoluindo através da infinidade dos tempos. Vossa mente proporciona-vos a satisfação da diferenciação, à medida que ides vagueando por entre essas ilusões, pois que pensais estar continuamente abandonando um estado inferior de consciência para atingir outro que é superior. Ides simplesmente, por esse modo, criando cada vez maiores distinções,  ocasionando por essa maneira, uma separação e uma resistência infindáveis. A unidade nada mais é que a uniformidade, pois que por ela vos tornais o molde em que os outros são vazados. Enquanto houver resistência, haverá eu-consciência, desejo, não importando até que ponto seja glorificada essa ilusão de expansão, sem consideração pelo âmbito que abrange o círculo dessa auto-identificação.

Para mim, existe somente uma verdade, — a libertação do desejo, da eu-consciência; aí não existe distinção de dualidade. Tudo mais não passa de ilusão, infinita em sua variedade, gloria e distinção. O santo, o pecador, o escravo, o conquistador, o homem virtuoso que atingiu a consecução espiritual — todos se assemelham em sua ilusão, que estiverem enraizados no desejo. Um tempo vasto e um vasto espaço podem separar um do outro, porém o santo que evoluiu longe do pecador, somente progrediu da ilusão do inferior para a ilusão do superior.

Se considerardes que todas as ideias, todos os cativeiros são criados pelo desejo, pela eu-consciência, e se puderdes libertar a vossa mente do desejo, então não mais necessitais de passar por todas essas ilusões de ideias. Para vos libertar do desejo tendes que estar vigilantes, incessantemente alertas, jamais ociosos. É isso o verdadeiro esforço. Não há coisa que se pareça com finalidade. O que é final, o que pode ser alcançado, já está morto; portanto, na consecução, a vossa mente cava o seu próprio túmulo. Quando não mais subordinardes vosso pensamento a imagens, a ideias, porém de contínuo vos esforçardes por libertar a mente de toda a escravidão, dar-se-á o renovação da Vida, o que é perdurável.  


Krishnamurti
 
 
 
"O ego é a pessoa que consideramos ser. Na realidade, o ego é um conjunto de pensamentos, sentimentos, imagens, memórias, hábitos conscientes e inconscientes, incluindo a experiência física, emocional e mental, iluminado pela consciência.

Quando o ego se considera a pessoa real, temos então o problema que Paul Brunton chama de egoísmo. O egoísmo é o pensamento firmemente mantido do eu pessoal como o ser real, e a resultante separação entre o ego e o Eu Superior. Esta confusão de identidade não é apenas um problema de pensamento, é um profundo hábito mental mantido emocionalmente.

Pensamentos e ações repetidos tornam-se tendências, tendências tornam-se hábitos e o hábito molda a nossa experiência do mundo. Durante um longo período de tempo, os hábitos e o resíduo emocional da atividade do ego se tornam muito fortes. As energias do hábito estão abaixo do pensamento, da vontade e do sentimento conscientes".

Precisamos identificar esse criador de desejos - o ego - que nos acompanha há incontáveis encarnações. KyraKally

 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

O MISTÉRIO DA CURA

Abraçarmos e abrirmo-nos à dor, à tristeza, ao medo, ao pesar, às dúvidas; não faz necessariamente que a dor sejam menos intensa, ou que seja mais fácil de suportar quando acontece.

E não existem promessas no campo da Verdade, ela se desenrola momento a momento. Cada momento pode se tornar mais e mais intenso até que se dissipe. Poderia nunca terminar também. Mas este não é o ponto.

Nós abraçamos nossa dor com a finalidade de fazê-la 'desaparecer': Isso é resistência, não aceitação.

Sem dúvida não somos mártires, não somos masoquistas, não somos narcisistas, nem estamos obcecados com o nosso sofrimento, nem tampouco estamos morrendo de amores por ele. Só estamos interessados na Verdade deste momento.

Estamos enamorados da vida. E sabemos que cada sensação, cada onda de medo, cada formigamento, cada palpitação, cada vibração que parte do corpo não é outra coisa senão a própria vida se manifestando como uma expressão plena de consciência, que está aqui para ser incluída; e que não se trata de nenhum inimigo, ou ameaça à totalidade, somente uma expressão da totalidade. Fugir da dor, reprimi-la, ignorá-la, negá-la, tratar de anestesiá-la, ou fazer com que 'desapareça' só nos converte em escravos dela, ficamos atemorizados e que, em última instância, seria como se estivéssemos fugindo de nossos próprios filhos.

Compreendemos que o caminho para ser aberto é o caminho sem caminho, é o caminho da inclusão radical, de dizer SIM a qualquer coisa que surge em nós, SIM tanto ao tédio, quanto à felicidade, SIM tanto a alegria como a tristeza. E sabemos que este é o caminho menos percorrido: o caminho da coragem, o de submergirmos nus no desconhecido dia após dia. Sabemos que este é o único caminho para nós - isso, é claro, depois que tivermos tentado todos os outros caminhos!

Cura não significa eliminar imediatamente a dor. Significa abrirmo-nos à ela, abrirmo-nos à alegria, abrirmo-nos ao pesar, ao êxtase, e também reconhecer a nossa incapacidade de abertura, - "que só acontece aos poucos" -  e conhecimento sobre nós mesmos em relação a essa imensidão onde tudo é incluído, e onde tudo é permitido, e onde tudo é bem-vindo, onde tudo está vivo.


Jeff Foster




Para que a cura aconteça precisamos estar libertos de tudo que aprendemos, lemos, acreditamos, desacreditamos e muito mais. Jeff está certo! Se não abraçarmos a vida e a totalidade daquilo que ela nos traz, pois o que recebemos é uma consequência de nossas escolhas, ainda não estamos aptos para lidar com a cura e para sermos curados. Urge que penetremos nessa imensidão que desconhecemos, permitindo que tudo que está destinado para nós aconteça e "Procurai primeiro o Reino e a justiça de Deus, e tudo vos será dado por acréscimo" (Mateus 6:33). KyraKally

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

ENCONTRANDO ALEGRIA 
NA SIMPLICIDADE


Liberte-se de uma vida 
com excesso de complicações 


Existe dentro de cada um de nós um estado natural de consciência simples e aberta, em que nos sentimos felizes, iluminados, e em paz. Em contraste, o estado de sofrimento ou infelicidade é complicado. Complicações podem assumir muitas formas, incluindo um estilo de vida desequilibrado, relacionamentos tóxicos, dívidas emocionais reclusas, a resistência, a indecisão, vícios e crenças negativas condicionadas.

Quando a nossa vida é muito complicada, estamos sob o peso de coisas supérfluas em todos os níveis. Podemos começar a deixar de lado as complicações que nos fazem sofrer, cultivando um simples estado de consciência. Neste processo, pequenos passos podem produzir grandes resultados, em parte porque a simplicidade é o comportamento padrão da natureza. O sofrimento e as complicações que o alimentam não são naturais, desperdiçando energia para manter a complexidade. Enquanto você se concentrar na simplificação de sua vida, garanta que a sua abordagem para o processo seja amar e aceitar. Certifique-se que você está fazendo agora tudo o que você pode fazer neste instante, isso é tudo que qualquer um pode fazer. Quando você permanece no momento, você tem todo o tempo do mundo e tudo o que precisa ser feito será concluído no momento exato. 


Desprendendo-se da Complexidade

Esta é uma prática que vai ajudá-lo a deixar ir embora o que não é mais você, e voltar para o seu estado inerente de plenitude, felicidade e bem-estar. Primeiro pergunte a si mesmo: “Há algo na minha vida me fazendo sentir uma sensação de mal-estar, desconforto ou dor?” Você pode escolher um problema persistente que tem incomodado você por anos ou pode ser algo que foi notado recentemente. Apesar de não haver problema em se concentrar em uma doença física crônica, este exercício não deve ser abordado como uma cura – estamos focando nos padrões de percepção que nos encorajam a nos agarrar ao sofrimento. Aqui estão algumas das complicações mais comuns:


Desordem: Considere o seu ambiente físico. A sua casa é uma bagunça? Sua mesa está enterrada sob pilhas de trabalho? Você está deixando os outros causarem desordem e bagunça no espaço que você compartilha?


Stress: Embora as pressões da vida sejam inevitáveis, se no final do dia, você não consegue se desapegar completamente do dia e retornar a uma calma, um estado interior centrado, então você está estressado. Faça uma lista dos principais fatores estressantes em sua vida e desenvolva idéias, seja para eliminar o elemento estressante, ou para alterar o impacto que ele está tendo em seu estado emocional. 


Relacionamentos tóxicos: Você está em relacionamentos com pessoas que não têm o seu bem-estar em consideração? Faça uma lista delas e considere o que você pode fazer para proteger-se de sua influência tóxica. Às vezes, estabelecer melhor os limites e praticar o uso consciente das ferramentas de comunicação pode ser transformador. Em alguns casos, o fim de um relacionamento pode ser necessário. Ao mesmo tempo, focalize em consolidar suas relações saudáveis, de modo que elas sejam ainda mais amorosas e gratificantes. 


Negatividade: Saúde e bem-estar são o estado natural do corpo e da mente. Por nos embrenharmos na negatividade, impedimos a nós mesmos de viver no simples estado de bem-estar. Você muitas vezes fofoca sobre os outros ou saboreia seus reveses? Você tende a escolher os amigos que gostam de criticar e reclamar? Você se sente obrigado a assistir a cada desastre ou catástrofe no noticiário da noite? Lembre-se, qualquer coisa em que colocamos nossa atenção, se expande em nossa experiência, por isso analise no que você está concentrando seu tempo e energia.


Estilo de Vida Não-saudável: A sua rotina diária, dieta e estilo de vida como um todo apoiam a sua saúde e bem-estar? Quando não temos o hábito de uma alimentação saudável, um sono reparador, exercício físico regular, uma prática espiritual diária, tais como a meditação ou diário, e outros hábitos de cura mente-corpo, inevitavelmente nos sentimos cansados, fora de equilíbrio, irritáveis, e às vezes até deprimidos. Que aspectos da sua vida que você gostaria de transformar para lhe trazer mais saúde e felicidade?

Para as próximas semanas, sente-se sozinho por pelo menos cinco minutos a cada dia com a intenção de limpar complicações. No tempo que você reserva para esta compensação, determine em que área você precisa se concentrar mais e trabalhe nisso. Pode ser uma das complicações mencionadas acima ou uma área diferente que o está impedindo de experimentar um estado de simplicidade pacífica.

Comece pensando na menor ação possível você pode tomar e, em seguida, faça-a. Em seguida, escolha a ação imediatamente inferior, e faça também. A ação pode ser realmente tão pequena quanto abrir o armário para ver se aqueles tênis confortáveis estão lá dentro. Então, no dia seguinte você pode se comprometer a colocar os tênis, e no outro dia você pode decidir ir a pé até a agência dos correios. Embora esses pequenos atos possam parecer triviais, com o tempo eles ajudam a criar impulso e transformam nossa experiência.



Deepak Chopra
Fonte:  The Chopra Center


domingo, 28 de agosto de 2016

ANOTAÇÕES SOBRE A VIDA


A verdadeira inteligência é o equilíbrio da razão e do amor. A razão e o amor são da mesma substância, posto que vazados em moldes diferentes.

A vida é o oleiro Divino.

Vossa finitude dissolve-se na infinitude da Vida.

Vida e morte são sinônimos.

A folha murcha de erva deplora a glória perdida do sol.

Não dividais a vida em espírito e matéria. Pois Vida e Morte são uma coisa só.

No presente todo o tempo está contido.

O prosélito é como folha varrida pelo vento. Quando cessa o vento ela cai ao chão.

O homem esqueceu-se de que é vida eterna.

Para descobrir a nascente do rio é preciso subir a correnteza, e, para descobrir a origem da Vida é necessário perseguir a razão e o amor. Compreendei estas coisas e conhecereis o eterno.

A vida não tem problemas, mas apenas o homem em cativeiro.

O homem é Deus, pois que o homem é vida.

Não há ilusão, mas em virtude da distinção criada pela mente, nasceu o essencial e o não essencial, o real e o irreal. 

A ignorância e o desejo não são permanentes, dissolvem-se na liberdade.

Ninguém vos pode tirar a ignorância, rasgar o véu do desejo, a não ser vós próprios.

O nascimento e a morte cessam quando a ignorância é vencida.

Uma mente perfeita, afigura-se ao ignorante, menos inteligente que a sua.

O medo cresce cedendo ao medo.

A vida não pode ser envolta em palavras; se assim fosse não seria a vida.

Para conhecer a vida é preciso existir perfeita harmonia da mente e do coração na liberdade.

Os valores eternos são encontrados na beleza.

Libertai-vos do emaranhado dos credos, costumes e tradições. Pensai com simplicidade.

A vida cria todas as formas e, no entanto, a vida é isenta de forma.

O eu da verdade é a vida. Ela não tem começo nem fim.

Equilíbrio é perfeição, equilíbrio é verdade, equilíbrio é vida, equilíbrio é criação. 

A vida é o regente de todas as ações.

A vida e vós sois um. É o ignorante que conhece divisão.

A criação está no momento de equilíbrio.

Não possuais um sistema de pensar que unifique ou prenda.

Ide após a verdade por amor dela própria.

No homem está todo o universo, no entanto, ele conserva-se apartado. A glória do homem é estar unido ao todo.

Prestar culto num milhar de altares, não pode extinguir em vós o desejo que arda.

A vida é uma, porém suas expressões são muitas. A glória do homem é unir-se com essa vida que é indivisível, imensurável, e vai de eternidade em eternidade.

O indivíduo é livre e por isso mesmo está limitado.

Vós andais perturbados com as coisas materiais e eu me preocupo com o manipulador de todas as coisas, que é a própria vida. Vosso julgamento é proveitoso para o homem que anda em busca de muitas posses, porém de que serve vosso julgamento para o homem que busca a liberdade?

Não podeis deixar vosso sinete ou esculpir vossa imagem sobre a verdade.

Sou monarca na solidão.

A sabedoria não se encontra. A sabedoria cultiva-se. A Sabedoria é equilíbrio.

A sabedoria recolhe-se na simplicidade do coração.

Se tendes necessidade de culto, cultuai o homem dos campos.

O verdadeiro começo do entendimento é disciplina e deve nascer do amor. O cultivo do amor assegura a incorruptibilidade. A incorruptibilidade é a perfeição da vida, é liberdade. Portanto, despertai o desejo pela disciplina.

Em virtude de sua própria pureza, a vida é divisível e está em todas as coisas.

Procurai o que é eternamente belo e deixai que isso seja o guia do vosso pensamento e do vosso amor.

A vida tem que libertar-se de suas próprias expressões.

Para o homem que está unido à vida eterna, a plena sabedoria é sua glória.

Da disciplina do eu provém a verdadeiramente criativa expressão de si mesmo.

O animal é incapaz de compreender a incorrupção, ao passo que o homem conhece a corrupção e está continuamente lutando em direção à incorrupção.

A verdadeira autodisciplina não é expressão, porém, entendimento criativo.

Não vos é possível corromper o oceano, pois que ele é livre, ilimitado, imenso. Assim é a vida.

Libertai-vos da autodisciplina.

A vida impulsiona e se expressa pelo desejo. Enquanto a vida está cativa do desejo, há tristeza, alegria e morte.

Pela própria força da percepção é que vós sois.

Na experiência não há tempo.

A libertação está para além da autodisciplina.

A imperfeição cria a individualidade. Na perfeição ela cessa.

Durante o processo do atingir, dizeis “eu sou”, porém, atingida a perfeição, dizeis vós sois”.

A vida, a elaboradora de todas as coisas, ensinou-me.

Meditação é entendimento. Contemplação é ser.

A grandeza do homem está em ninguém poder salvá-lo.

Pelo amor da vida, eu sou imortal.

 
 
Extraído do livro de notas de Krishnamurti