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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

SOBRE A LIBERDADE
  
O ser humano pode viver de duas maneiras: 
natural e a não-natural. 
 
A não-natural exerce grande atração, pois é nova, não-familiar e aventureira. Daí, toda criança deve deixar sua natureza e penetrar na não-natureza.

Nenhuma criança pode resistir a esta tentação; 
resistir a ela é impossível.

O paraíso deve ser perdido, e a sua perda está embutida; 
ela não pode ser evitada, ela é inevitável.

E, é claro, somente o ser humano pode perdê-la. 
Este é o êxtase e a agonia do ser humano, o seu privilégio, 
a sua liberdade — e a sua queda.

Jean-Paul Sartre está certo quando diz: "ser humano está condenado a ser livre". Por que "condenado"? Porque, com a liberdade, surge a escolha — a escolha de ser natural ou não.

Quando não há liberdade, não há escolha. 
Os animais ainda existem no paraíso; eles nunca a perderam, mas, devido a isso nunca ter acontecido, eles não podem estar conscientes dele e não podem saber onde estão.

Para saber onde se está, primeiro deve-se perder o lugar. 
É assim que o saber se torna possível — ao se perder.

Conhece-se uma coisa somente quando ela é perdida. 
Se ela nunca foi perdida, se ela sempre esteve presente, naturalmente ela é tomada como garantida; 
ela se torna tão óbvia que a pessoa se esquece dela.

As árvores, as montanhas e as estrelas ainda estão no paraíso, mas elas não sabem onde estão; somente o ser humano 
pode saber. Uma árvore não pode se tornar um Buda — não que haja alguma diferença entre a natureza interior 
de um Buda e a de uma árvore, 
mas uma árvore não pode se tornar um Buda.

A árvore já é um Buda! 
Para se tornar um Buda, a árvore primeiro deve perder a sua natureza, deve se afastar dela.

Você pode ver as coisas somente de uma certa perspectiva. 
Se você estiver muito próximo delas, você não pode vê-las.

Aquilo que Buda viu nenhuma árvore jamais viu... está disponível às árvores e aos animais, mas somente Buda fica consciente dele — o paraíso é recuperado.

O paraíso existe somente quando ele é recuperado. 
As belezas e os mistérios da natureza são revelados somente quando você retorna ao lar. Quando você vai contra sua natureza, quando você se distancia de você mesmo, 
somente então um dia a jornada de volta principia.

Quando você fica sedento pela natureza, quando você começa a morrer sem ela, você começa a retornar.

Esta é a queda original. 

A consciência do ser humano é a sua queda original, 
seu pecado original. Mas sem o pecado original não há possibilidade de um Buda ou de um Cristo."
OSHO




Liberdade é um estado de espírito. Até mesmo numa prisão podemos estar livres. O modo como conduzimos nossos pensamentos e sentimentos nos leva à liberdade ou nos acorrenta aquilo que nos atormenta. Saiamos do casulo. Sejamos ousados. Não estamos ainda no paraíso, mas podemos recuperá-lo, para isso temos que atravessar o "inferno" (distanciado-nos da nossa essência divina). "Mas sem o pecado original não há possibilidade de um Buda ou de um Cristo." Para retornar à inocência que um dia tivemos necessitamos cometer "pecados" , sem eles não há possibilidade de existirmos na liberdade. KyraKally

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

SE EU MUDASSE... SE TODOS MUDÁSSEMOS...

 Existem coisas melhores e mais belas
no mundo que não podem ser sentidas
nem tocadas, há que serem...
percebidas com o coração!

 
Se eu mudasse meu modo de pensar
em relação aos outros,
melhor os compreenderia ....


Se eu encontrasse o lado positivo em todas as pessoas ...
Com que alegria me comunicaria com elas !


Se eu mudasse minha maneira de atuar com os demais...
seria mais feliz e os faria mais felizes também.

 
Se eu aceitasse todos como são ...
Sofreria menos !


Se eu desejasse sempre
o bem estar dos demais...
Seria feliz !

 
Se eu criticasse menos e amasse mais ...
   Quantos amigos ganharia !


Se eu compreendesse plenamente meus erros e defeitos...
Seria mais humilde !


Ao compreender plenamente meus erros e defeitos, 
trataria de mudá-los ... Quanto melhoraria meu lar 
e meus ambientes !


Se eu mudar de ser eu para ser nós...
                          Começaria a civilização do amor !


  Se eu mudar os ídolos de dinheiro, poder, sexo, 
definitivamente por Deus...
Começarei a viver a verdadeira felicidade.

 
Se eu amasse o mundo o mudaria ...
Mudando eu !

 
Mudando eu ...
Mudaria o mundo !

 
Rudiard Kipling


 
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer 
os nossos caminhos, que nos levam sempre 
aos mesmos lugares.
 É o tempo da travessia:.,e, se não ousarmos fazê-la, 
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos”.
Fernando Pessoa


                                           

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ENSINAMENTOS PROFUNDOS

 

Leve em consideração que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos.

Quando você perder, não deixe de tirar uma lição.

Siga os três "Rs": Respeito por si próprio, Respeito pelos outros, Responsabilidade por todas as suas ações.

Lembre-se que não conseguir o que você quer 
é algumas vezes um lance de sorte.

Aprenda as regras para que você saiba 
como infringi-las corretamente.
 
Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
Quando você perceber que cometeu um erro, 
tome providências imediatas para corrigi-lo.
Passe algum tempo sozinho todos os dias.

Abra seus braços para mudanças, 
mas não abra mão de seus valores.
 
Lembre-se que o silêncio às vezes é a melhor resposta.
Viva uma vida honrada. Então, quando você ficar mais velho 
e pensar no passado, você vai ser capaz 
de apreciá-la uma segunda vez.

Uma atmosfera de amor em sua casa 
é o fundamento para sua vida.
 
Em discordâncias com entes queridos,
 trate apenas da situação atual. Não fale do passado.
Compartilhe o seu conhecimento. 
É uma maneira de alcançar a imortalidade.

Seja gentil com a terra.
 
Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
Lembre-se que o melhor relacionamento 
é aquele em que o amor um pelo outro 
excede sua necessidade pelo outro.

Julgue seu sucesso pelo que você teve 
que renunciar para consegui-lo.
 
Aproxime-se do amor e cultive-o despreocupadamente.
Se você quer ver a si mesmo e o outro feliz, 
pratique a compaixão."
 
Dalai Lama em A Arte da Felicidade
 
 
Não há o que acrescentar, nem tampouco o que comentar. Este conteúdo simplesmente é. Então imitemos tudo aquilo que pode nos proporcionar harmonia e felicidade. KyraKally
 

 

O MEDO DA LIBERDADE

 


Olhe uma rosa... Ela é bela, mas não existe liberdade alguma de florescer ou não florescer. Não existe problema, não existe escolha. A flor não pode dizer, ‘Eu não quero florescer’, ou ‘Eu me recuso’. É por isso que a natureza é tão silenciosa ...

Com o surgimento do homem, pela primeira vez aparece a liberdade. O homem tem a liberdade de ser ou não ser. Por outro lado, surge a angústia, o medo de que ele possa ou não ser capaz, medo do que vai acontecer. 
Existe um tremor profundo.

Todo momento é um momento em suspense.
 Nada é seguro ou certo, nada é previsível com o homem: tudo é imprevisível. Nós conversamos a respeito da liberdade, mas ninguém gosta de liberdade. Nós falamos sobre liberdade, mas criamos escravidão.

Toda liberdade nossa é apenas uma troca de escravidão. Nós seguimos mudando de uma escravidão para outra, de um cativeiro para outro. Ninguém gosta de liberdade 
porque liberdade cria medo.
 
 Com a liberdade você tem que decidir e escolher. 
Nós preferimos pedir a alguém ou a alguma coisa para nos dizer o que fazer – à sociedade, ao guru, 
às escrituras, à tradição, aos pais.


 Alguém deve nos dizer o que fazer: alguém deve mostrar o caminho, para que possamos seguir – mas nós não conseguimos nos mover por nós mesmos.

 A liberdade existe, mas existe o medo.
Você não caminha no inexplorado, no desconhecido.
Você prefere seguir num caminho bem marcado com pegadas. Você caminha atrás de alguém; não segue sozinho. Se você se mover como um indivíduo, sozinho, haverá liberdade.

Então, a todo momento, você terá que decidir, a todo momento estará criando a sua alma. E ninguém mais será responsável: somente você será o responsável final.

Você se apaixona e começa a pensar em casamento.
O amor é uma liberdade; o casamento é uma escravidão. Mas é difícil encontrar uma pessoa que se apaixona e não pense imediatamente em casamento. Existe o medo porque o amor é uma liberdade. 

O casamento é uma coisa segura; 
nele não existe medo.
O casamento é uma instituição – morta; 
o amor é um evento – vivo.
Ele se move; ele pode mudar. 
O casamento nunca se move, nunca muda.
Por causa disso o casamento tem uma certeza, 
uma segurança.

Em toda situação – exatamente como no amor –, quando encontramos liberdade, nós a transformamos em escravidão. E quanto mais cedo melhor! 
Assim nós podemos relaxar.

Por isso, toda história de amor termina em casamento.
“Eles se casaram e viveram felizes para sempre.”

 Ninguém está feliz, mas é bom terminar a história ali porque em seguida vai começar o inferno. Por isso toda história termina no momento mais bonito. E qual é esse momento? É quando a liberdade se torna escravidão!

E isso não é apenas com o amor: isso é com tudo. Toda instituição tende a ser uma coisa feia porque ela é apenas um corpo morto de algo que um dia foi vivo.
Mas com uma coisa viva, 
a incerteza provavelmente estará presente.

‘Vivo’ quer dizer que pode mover, pode mudar, 
pode ser diferente. Eu amo você; no próximo momento eu posso não amar. Mas se eu sou o seu marido, ou sua esposa, você pode ter a certeza de que no próximo momento eu também serei seu marido, ou sua esposa. Isso é uma instituição.

Coisas mortas são muito permanentes; coisas vivas são momentâneas, mutáveis, estão num fluxo.
O homem tem medo de liberdade, mas a liberdade é a única coisa que faz de você um homem. Assim, 
nós somos suicidas – ao destruir nossa liberdade.

E com essa destruição nós estamos destruindo toda nossa possibilidade de ser. Então você acha que ter é bom porque ter significa acumular coisas mortas. 
Você pode continuar acumulando; não existe um fim para isso.E quanto mais acumula mais seguro você fica.

 O homem tem que caminhar conscientemente. 
Com isso eu quero dizer que você tem que estar consciente de sua liberdade e também 
consciente de seu medo da liberdade. 
Na medida em que sua consciência cresce, 
a sua liberdade cresce. Elas são correlacionadas.
 

“Seja mais livre e você será mais consciente; 
seja mais consciente e você será mais livre."

OSHO
 Esse é um assunto bastante particular, então faça seu próprio comentário. Talvez ao fazê-lo consiga ser livre ou prisioneiro da liberdade. Meu marido dizia que a "liberdade é como uma borboleta de asas incandescentes, se a tocarmos queimaremos as mãos". As palavras de Osho tem o poder de sacudir estruturas que, durante muito tempo formaram os alicerces de nossa vida. E você como se sente diante de tudo isso ?  KyraKally

 

domingo, 28 de dezembro de 2014

O EMPURRÃO PARA VOAR

 

  Asas para voar...



Uma águia empurrou gentilmente seus filhotes 
para a beirada do ninho.


O seu coração acelerou com emoções contraditórias, 
ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes.


Por que será que a emoção de voar tem que começar 
com o medo de cair? Pensou ela.


O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E, se justamente agora, 
isto não funcionar? Pensou ela.


Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.

A sua missão estava prestes a completar-se, 
restava ainda uma tarefa final: o empurrão.


A águia encheu-se de coragem.

Enquanto os filhotes não descobrirem as suas asas 
não haverá propósito para a sua vida.


Enquanto eles não aprenderem a voar 
não compreenderão o privilégio que é nascer águia.


O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes.

Era o seu supremo ato de amor.


Então, um a um, ela precipitou-os para o abismo.

E eles voaram!


Às vezes, nas nossas vidas, 
as circunstâncias fazem o papel de águia.


São elas que nos empurram para o abismo.

E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, 
que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

Autor desconhecido


Nós, seres humanos, não somos dotados de asas, porém temos corpos que nos transportam muito mais além, tão alto e profundo onde as asas não poderiam nos levar. Nossos pensamentos (corpo mental) e sentimentos (corpo astral) fluem tão rápido, que ao acioná-los, já nos encontramos no lugar ou com alguém que desejamos estar. O medo é o empecilho. A maioria só utiliza suas asas imaginárias quando empurrada pelas circunstâncias da vida. Somente diante do perigo iminente damos aquele salto que poderia ser dado o tempo todo. Urge que alcemos voo todos os dias em busca de novos horizontes, de novas descobertas. KyraKally
CÂNTICOS DAS CRIATURAS
 

 
Altíssimo, onipotente e bom Deus,
Teus são o louvor, a glória,
a honra e toda bênção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos,
e homem algum é digno
de Te mencionar.

Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia 
e com sua luz nos ilumina. 
Ele é belo e radiante, com grande esplendor de Ti, Altíssimo é a imagem.

  Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã Lua e as Estrelas,
que no céu formastes claras, 
preciosas e belas.

Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão Vento,
pelo ar ou neblina,
ou sereno e de todo
tempo,
pelo qual as Tuas criaturas
dais sustento.

Louvado sejas meu Senhor,
pela irmã Água,
que é muito útil e
humilde,
preciosa e casta.

Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão Fogo,
pelo qual iluminas a noite,
e ele é
belo, jucundo,
vigoroso e forte.

  Louvado sejas meu Senhor, 
pela nossa irmã, a mãe Terra, 
que nos sustenta e nos governa, 
produz frutos diversos,  
coloridas flores e ervas.

Louvado sejas meu Senhor, 
pelos que perdoam por teu amor e suportam enfermidades e tribulações.

Bem aventurados os que sustentam a paz,
que por Ti,
Altíssimo, 
 serão coroados.

Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a morte corporal,
da qual homem algum
pode escapar.
Ai dos que morrerem
em pecado mortal!

  Felizes os que ela achar,
conforme à Tua Santíssima vontade, 
porque a segunda morte não lhes fará mal.

Louvai e bendizei
a meu Senhor,
daí-lhe graças
e servi-O com grande humildade.

Amém.


Geralmente procuramos Deus quando estamos enfermos ou sofrendo as amarguras do mundo. Quando estamos sadios, em pleno vigor físico, normalmente O esquecemos. A gratidão expressa por Francisco nesta oração é uma das mais belas formas que o homem pode manifestar; "quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos, São Francisco deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a Criação". Sejamos gratos por tudo e façamos isso diariamente antes que morramos "em pecado mortal" (dispersos na ilusão do mundo). Que ela (a morte) nos encontre felizes e gratos conforme à  Santíssima vontade de Deus.
KyraKally