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segunda-feira, 4 de março de 2024

 OPTAR POR VIVER - II - Última Parte

Adiamento da partida

A alma pode também optar por partir numa data posterior à básica. Isso ocorre quando a personalidade adere com tanta inteireza ao caminho evolutivo que se torna apta a desempenhar tarefas mais amplas que as programadas para a encarnação em curso.

Um exemplo de adiamento da data da partida é o de uma pessoa que deveria falecer aos 38 anos, num acidente automobilístico. Aos 24, ele havia decidido doar-se inteiramente ao Plano evolutivo, custasse o que custasse. Quando chegou o momento previsto para o acidente, ele estava guiando um automóvel, à noite, numa estrada estreita, e viu um caminhão vindo em sua direção, a grande velocidade e na contramão. Mas , quando parecia que o caminhão iria chocar-se com o seu automóvel, ocorreu um fato inexplicável: num curtíssimo lapso de tempo, ele se deslocou para o lado, para a mão correta, como se nada errado tivesse acontecido.

A decisão interna de servir à humanidade, tomada aos 24 anos, foi o que mudou o destino da pessoa e permitiu que a encarnação prosseguisse.

Outra situação em que a vida se prolonga é quando uma tarefa evolutiva não pode ser cumprida no tempo previsto, por circunstâncias alheias à vontade de quem a realiza. Foi o que ocorreu com Alice A. Bailey, conhecida autora de livros esotéricos, que permaneceu neste mundo por mais alguns anos, até terminar o programa previsto pela Hierarquia espiritual de que fazia parte.

Decisões determinantes

A firme decisão de servir pode promover grandes remanejamentos em nosso destino. Créditos cármicos reservados para encarnações futuras podem ser antecipados, e débitos atenuados pelas ações positivas ou postergados a um momento em que estejamos fortes o suficiente para pagá-los. Assim, enfermidades são eventualmente amenizadas ou evitadas, circunstâncias favoráveis criadas e até a partida deste mundo adiada.

Há o caso de uma pessoa que tinha um carma bastante negativo: assassina alguém numa vida anterior e estava, por isso, destinada a ter uma enfermidade fatal e extremamente dolorosa. Quando se conscientizou da necessidade de equilibrar suas ações do passado, começou a fazer o bem de forma muito pura e intensa. Como resultado, a enfermidade, embora tenha sido contraída no tempo previsto, não foi dolorosa.

Ressalte-se, porém, que o remanejamento cármico devido a decisões positivas não vem como favor ou prêmio. Vem para servirmos mais e melhor. Não é algo, portanto, a ser "negociado" com o Espírito. Se a decisão for tomada com esse intuito, o remanejamento poderá não ocorrer ou não ser libertador.

Quando a vida nos apresenta oportunidades de exercer melhor o livre-arbítrio, podemos decidir colocar tudo o que somos a serviço  da evolução espiritual do universo. E quem, por sua vez, decide o que vai suceder depois dessa oferta não somos nós, como ego humano, mas nossa alma, que conhece nosso destino e sabe o que nos cabe realizar. A partir daí, os mais inusitados caminhos podem abrir-se.

Com base em palestras de Trigueirinho 
 Publicado pela Editora Irdin   

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