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domingo, 3 de março de 2024

OPTAR POR VIVER - I

 
A flexibilidade do destino
 
Nesta época o número de pessoas abertas e dispostas a servir à humanidade é muito reduzido em proporção a grande necessidade existente. A messe é imensa e os ceifadores poucos. Portanto, toda decisão de aderir ao serviço evolutivo é preciosa.
 
Enquanto vivemos o cotidiano, preso a fatores cármicos e humanos, a assuntos pessoais, preocupados em acumular bens, em preservar matrimônios, em autoafirmar-nos, ainda não somos realmente úteis à evolução espiritual do universo. Mas, se percebemos que existe uma evolução superior, na qual é possível ingressar bem conscientemente, a partir daí podemos ser de fato úteis, trabalhando para a realização do que está previsto para o planeta e para a humanidade.

Ser útil a esse Plano evolutivo nem sempre é produzir muitas coisas, mas sim fazê-las com qualidade, considerando o bem de todos. Agindo assim, o desenho traçado para a nossa encarnação pode mudar e apresentarem-se oportunidades de imprevisível crescimento espiritual.

Quando despertamos para a a existência de leis espirituais e compreendemos que elas não são totalmente fixas, entendemos melhor o que acontece no decorrer da vida dos que estão dispostos a servir à humanidade. Se há essa disposição, surgem oportunidades facultativas, ou seja, oportunidades que são apresentadas ou não, a depender das escolhas feitas ao longo da encarnação. Assim, a passagem pela Terra pode tornar-se  preciosa colaboração ao desenvolvimento interior de todos.

Três datas
 
Antes mesmo de sairmos do útero materno, a data da nossa partida deste mundo já está marcada. Nos planos superiores, que estão fora do tempo e do espaço, a tarefa para aquela encarnação é identificada, e as condições para o seu cumprimento preparadas: os corpos que vamos necessitar, os ambientes em que vamos viver, os encontros que teremos com outras almas e o tempo requerido para levarmos a cabo a tarefa. Com base nesse tempo, é marcada a data da partida.

Entretanto, apesar da haver essa data básica, ela não é imutável - pode ser antecipada ou adiada, segundo o que vamos realizando ao longo da vida. Sabe-se que há pelo menos mais duas opções: uma antes e outra depois da data básica. A escolha entre as três é feita pela alma, que para isso se fundamenta em nossas ações.

Nossa vida sobre a Terra será inserida em esquemas mais amplos do que podemos pensar. Nossas ações repercutem no universo, às vezes até na vida de outros e de grupos, e muitos acontecimentos estão relacionados às decisões que tomamos. Há momentos críticos em que precisamos usar de modo especial o discernimento para resolver corretamente qual o caminho a seguir.

A data de nossa partida é influenciada pelas opções desses momentos.

Antecipação da partida

Nossa alma pode optar por desencarnar antes da data prevista quando vê que a personalidade não só reluta em seguir o caminho traçado para ela, como também age de modo negativo, chegando a comprometer as encarnações futuras.

Ilustramos essa situação com o caso de uma jovem de 16 anos que conhecemos. Essa jovem tinha todas as possibilidades para evoluir: era inteligente, culta, simpática, tinha um corpo saudável, recursos materiais e pais que a ajudavam em tudo. Estava, enfim, numa encarnação muito favorável, sob uma conjuntura rara e benéfica.

A jovem, porém, aproximou-se de um grupo de viciados em drogas e se uniu ao líder desse grupo. Em poucos meses estava incapaz de usas seus dotes, e suas novas condutas começavam a abalar o cérebro e alguns órgãos, bem como os centros etéricos do seu corpo.

Quando as encarnações seguintes estavam prestes a ser prejudicadas com tal comportamento, a alma antecipou sua partida. A  jovem, então, faleceu num acidente que era opcional em seu destino.
 
Com base em palestras de Trigueirinho 
 Publicado pela Editora Irdin   

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