MAIS LUZ NO CAMINHO
Ensinamentos de Krishnamurti
Sem o amor não há moral; o que há é ajustamento a algum padrão. Sem o amor não há virtude, o coração é estéril, vazio, sombrio, estúpido.
Para acumular riquezas, a pessoa tem que ferir,
ser cruel, astuta, desonesta.
A vida é relação, não se pode viver no
isolamento. As relações são um espelho em que posso ver-me.
Se somos interiormente pobres,
deleitamo-nos com a ostentação exterior, a riqueza, o poder, os bens materiais.
E por darmos desmedida importância às coisas, somos responsáveis por
sofrimentos.
O que pensamos, fazemos, dizemos, cria o
ambiente, e este ajuda ou entrava a criança.
A compulsão gera antagonismo e temor.
Quando não há autoridade (para com a criança), há cooperação e afeto.
Liberdade é ordem e disciplina, não é
deixar a criança fazer o que quiser. Mas a disciplina não é imposta; a criança
deve perceber a necessidade de ser livre, mas com disciplina.
Não existindo afeição e respeito mútuo, é
impossível a cooperação entre mestre e aluno.
Por não sermos verdadeiramente sérios,
somos superficiais, fáceis de distrair e de satisfazer. Ninguém pode ser sério
se não tem energia.
Pode o egocêntrico e o ambicioso ser
sensível, estar cônscio da beleza?
É necessário sentir tudo intensamente,
fortemente. Porque sem paixão a vida se torna vazia, superficial e sem
significação.
A inteligência vem com a sensibilidade e
a observação.
Temos o coração mirrado e esquecido de
como ser bondosos, como contemplar as estrelas, as árvores, os reflexos na
água, os montes, o cantar dos pássaros, o vento.
Se o pai ou o mestre está à mercê das
agitações do sexo, como pode guiar a criança a compreender os impulsos sexuais?
Quanto mais atenciosos e afetuosos somos,
menos o desejo domina a mente. Só quando não há amor, a sensação se torna um
problema obsessivo.
Quando fazemos algo pelo simples gosto de
fazê-lo, os dias parecem mais curtos. Não se preocupem com as vantagens de uma
carreira.
A virtude pertence ao coração, não à
mente. Por isso não se pode cultivá-la.
Como erradicar a violência? Não sendo
ambicioso, ávido de poder, nome, posição; sendo o que sois, sendo simples,
sendo ninguém.
Porque sois vazios, embotados e fracos,
vos identificais com o partido, a pátria, a raça, a religião, Deus.
Quem teme a morte, o que dizem os vizinhos, quem se sente inseguro, apegado ao emprego, pode compadecer-se de outro? O medo exclui a compaixão.
Como podemos ser compassivos se ainda nos prendem as ilusões do mundo? Como podemos amar incondicionalmente se ainda firmamos compromissos com o mundo? Uma atitude é essencial: desapego. Então estaremos prontos para caminhar com compaixão e serenidade. KyraKally
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