A COMPREENSÃO NÃO SURGE
ATRAVÉS DO ISOLAMENTO
É muito importante compreender todo o processo do nosso pensamento, e
essa compreensão não surge através do isolamento. Não existe uma vida
isolada.
A compreensão do processo do nosso pensamento surge quando nos
observamos nos nossos relacionamentos diários, nas nossas atitudes, nas
nossas crenças, a maneira como falamos, a maneira como olhamos as
pessoas, a maneira como tratamos nossos maridos ou nossas esposas e
nossos filhos.
O relacionamento é o espelho no qual se refletem os
processos do nosso pensamento. Nos fatos do relacionamento se encontra a verdade, não fora do relacionamento.
Não existe, é claro, a vida isolada. Podemos, cuidadosamente, eliminar
diversas formas de relacionamento físico, mas, ainda assim, a mente
permanecerá relacionada.
A própria existência da mente implica
relacionamento, e o autoconhecimento advém de se enxergarem os fatos do
relacionamento tais como eles são, sem inventar, condenar ou justificar.
No relacionamento, a mente faz certas avaliações, julgamentos e
comparações; ela reage ao desafio de acordo com as várias formas de
recordação, e essa reação é chamada de pensamento.
Você descobrirá que,
se a mente puder ao menos estar ciente de todo o processo, o pensamento
se imobiliza. A mente então fica bastante quieta, bastante silenciosa,
sem incentivo, sem movimento em qualquer direção, e, nessa quietude, a
realidade adquire existência.
Krishnamurti
Somos infelizes porque ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos. O
que quero dizer quando falo que nós ficamos excessivamente encerrados
em nós mesmos? E o que acontece exatamente, quando ficamos
excessivamente encerrados em nós mesmos? Ou você vive a vida, ou fica
encerrado em si mesmo -- as duas coisas ao mesmo tempo, são impossíveis.
Estar em si mesmo significa estar à parte, estar separado. Estar em si
mesmo significa tornar-se uma ilha. Estar em si mesmo significa traçar
uma linha divisória à sua volta. Significa estabelecer uma distinção
entre "isto eu sou" e "isto eu não sou". Essa definição, essa fronteira
entre "eu" e "eu não" circunscreve o território do "si mesmo" (self) -- o
si mesmo isola. E ele o torna congelado: você deixa de fluir. Quando
alguém está fluindo, o si mesmo não pode existir.
Com esse jeito de ser, as pessoas quase se transformaram em cubos de gelo. Já não têm calor nenhum, não sentem nenhum amor -- têm medo do amor, porque amor é calor. Se o calor se aproximar, elas começarão a derreter, e as fronteiras irão desaparecer. As fronteiras desaparecem no amor; na alegria também, porque a alegria não é fria.
Osho
Com esse jeito de ser, as pessoas quase se transformaram em cubos de gelo. Já não têm calor nenhum, não sentem nenhum amor -- têm medo do amor, porque amor é calor. Se o calor se aproximar, elas começarão a derreter, e as fronteiras irão desaparecer. As fronteiras desaparecem no amor; na alegria também, porque a alegria não é fria.
Osho
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