VIVA SEM PENSAR
NO PASSADO OU FUTURO
Osho em uma de suas palestras disse:
Vivo sem pensar no passado ou no futuro, e descobri que esta é a única maneira de viver. De outro modo você apenas finge viver, mas não vive. Você espera viver, mas não vive. Ou é memória ou imaginação, mas nunca a realidade.
A existência conhece somente um tempo, o presente.
A linguagem é que cria os três tempos, e com isso cria três mil tensões em sua mente.
A existência conhece somente um tempo, o presente, e de modo nenhum é uma tensão – o presente é completamente relaxante.
Quando você está totalmente aqui, sem ontens puxando-o para trás e sem amanhãs puxando-o para algum lugar, você está relaxado.
Estar completamente no momento é meditação... E então ele é tão belo, tão jovial... Jamais envelhece, jamais vai a lugar algum.
A vida é um fluxo, um movimento, um continuum. Desfrute esse momento que vem e vai. Não há nada de errado nisso.
Beba nele quanto puder, pois ele é fugaz – portanto, não perca tempo pensando.
Não comece a pensar que ele é fugaz!
Não se importe com o que vai acontecer amanhã, se isso vai ou não estar com você, e não pense nos ontens. Enquanto durar, esprema todo o seu suco, beba-o completamente. Então,
quem se importa se ele vai embora ou permanece? Se ele permanecer, nós o
beberemos. Se ele se for, bom; beberemos algum outro momento.
Perceba... É somente seu passado não vivido que se torna seu fardo psicológico.
Deixe-me
repetir: o passado não vivido – aqueles momentos que você poderia
viver, mas não viveu, aqueles casos de amor que poderiam ter florescido,
mas que se perdeu... Aquelas canções que você poderia ter cantado, mas
você ficou preso a algo estúpido e perdeu a canção.
É o passado não vivido que se torna seu fardo psicológico, e ele insiste em ficar mais pesado a cada dia.
Por isso o idoso se torna tão irritado. Não é culpa dele. E
ele não sabe porque está irritado – por que todas as coisas o irritam,
por que está constantemente com raiva, por que não permite a ninguém
ficar feliz, por que não pode ver crianças dançando, cantando, pulando,
celebrando, por que ele deseja que todos fiquem quietos.
O que aconteceu com ele?
Esse é um fenômeno psicológico simples: toda a sua vida não vivida.
Quando
ele vê uma criança dançando, sua criança interna se ressente. Sua
criança interna de alguma forma foi impedida de dançar – talvez pelos
seus pais, pelos mais velhos, talvez por ela mesma, porque isso era
respeitado, honrado.
Essa
criança era trazida a seus vizinhos e apresentada: “Olhe para esta
criança, tão quieta, tão calma, silenciosa; não perturba, não faz
travessuras”.
Seu ego ficou inflado. De qualquer maneira, ela perdeu. Agora ele não pode tolerar isso, não pode tolerar essa criança. Na verdade, é sua infância não vivida que começa a se ressentir. Ela deixou uma ferida
E quantas feridas você está carregando?
Milhares de feridas estão alinhadas, pois pense... Quanto você deixou de viver?
Osho
http://blogdoosho.blogspot.com
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