DA PEQUENA VISÃO
À INTENSIDADE
Poemas de Krishnamurti
Assim como por uma só noite
As aves repousam numa árvore ,
Assim também privei com estranhos ,
Em minha longa viagem
Por muitas terras .
De cada feixe de trigo
Tirei uma espiga .
De cada dia ,
Tirei algum proveito .
Da árvore pejada de frutos ,
Colhi um fruto maduro .
Mais velozes que a lançadeira do tecelão
São os meus dias .
As aves repousam numa árvore ,
Assim também privei com estranhos ,
Em minha longa viagem
Por muitas terras .
De cada feixe de trigo
Tirei uma espiga .
De cada dia ,
Tirei algum proveito .
Da árvore pejada de frutos ,
Colhi um fruto maduro .
Mais velozes que a lançadeira do tecelão
São os meus dias .
uma nesga do vasto céu azul ,
Assim também comecei a Te perceber,
Assim também comecei a Te perceber,
no começo de todas as coisas,
E , como a folha se descolorou e murchou,
E de escura nuvem a nesga de céu se encobriu,
Assim também Tu esmaeceste e desapareceste,
Para renascer outra vez,
Como aquela folha verde e a nesga de céu azul .
Por muitas vidas vi passar o frígido inverno
E , como a folha se descolorou e murchou,
E de escura nuvem a nesga de céu se encobriu,
Assim também Tu esmaeceste e desapareceste,
Para renascer outra vez,
Como aquela folha verde e a nesga de céu azul .
Por muitas vidas vi passar o frígido inverno
e a verde primavera .
Aprisionado em minha pequena alcova,
Eu não via a árvore inteira e todo o céu,
E jurava que não existia a árvore nem o vasto céu
Para mim, era aquela a Verdade .
Com a ação destruidora do tempo,
Minha janela cresceu .
E contemplei então
Um ramo com muitas folhas
E uma vasta expansão do céu, com muitas nuvens ,
Esqueci a folha verde solitária
Aprisionado em minha pequena alcova,
Eu não via a árvore inteira e todo o céu,
E jurava que não existia a árvore nem o vasto céu
Para mim, era aquela a Verdade .
Com a ação destruidora do tempo,
Minha janela cresceu .
E contemplei então
Um ramo com muitas folhas
E uma vasta expansão do céu, com muitas nuvens ,
Esqueci a folha verde solitária
e aquela nesga da imensidão azul .
Jurava que não existia a árvore, nem o céu imenso
Para mim, era aquela a Verdade .
Cansado da prisão,
Da estreita cela,
Revoltei-me contra minha janela,
Com os dedos a sangrar,
Arranquei tijolo após tijolo,
E contemplei então
A árvore inteira, seu tronco majestoso ,
Seus ramos numerosos, suas miríades de folhas,
E uma imensa parte do céu.
Jurava que não existia outra árvore,
Jurava que não existia a árvore, nem o céu imenso
Para mim, era aquela a Verdade .
Cansado da prisão,
Da estreita cela,
Revoltei-me contra minha janela,
Com os dedos a sangrar,
Arranquei tijolo após tijolo,
E contemplei então
A árvore inteira, seu tronco majestoso ,
Seus ramos numerosos, suas miríades de folhas,
E uma imensa parte do céu.
Jurava que não existia outra árvore,
nem outra parte do céu;
Era aquela a Verdade.
Aquela prisão já me não retém,
Sai a voar através da janela,
Ó amigo ,
Agora contemplo todas as árvores
Era aquela a Verdade.
Aquela prisão já me não retém,
Sai a voar através da janela,
Ó amigo ,
Agora contemplo todas as árvores
e a vastidão do céu sem limites .
E embora eu viva em cada folha e em cada nesga
E embora eu viva em cada folha e em cada nesga
do vasto céu azul ,
Embora eu viva em cada prisão a espreitar por estreitas frestas,
Sou livre .
Não ! Nada mais me prenderá;
Esta é a Verdade .
http://gdesantis-poemas.blogspot.com
Embora eu viva em cada prisão a espreitar por estreitas frestas,
Sou livre .
Não ! Nada mais me prenderá;
Esta é a Verdade .
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