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domingo, 27 de janeiro de 2019

...COMO TUDO COMEÇOU...


Quando tive a minha primeira experiência, não me interessava pela cura em si. Eu necessitava, sim, de cura - cura de um resfriado; mas durante os dias, semanas, meses e anos anteriores a essa data não fora a cura o objetivo dos meus estudos e pesquisas. Não sabia o que era aquilo que eu buscava, e acabei por dar razão à minha mãe quando me disse que eu estava procurando a Deus. Naquele dia em que se deu o acontecimento, a força motriz em mim não era o desejo de cura, embora eu esperasse ser curado, como de fato fui - mas o que eu queria era achar a Deus.

Aconteceu-me então, dentro de 36 horas, coisa estranha: uma vendedora, que fazia parte do círculo dos meus fregueses, me asseverou que ela seria curada se eu orasse por ela. A única oração que eu até então sabia era uma reza infantil que minha mãe me ensinara; mas era evidente que disto não podia esperar nenhuma cura.

Ela, porém, teimava em repetir que seria curada, se eu orasse por ela. Assim, não pude de fazer o que a mulher me pedia. E posso afirmar com satisfação que sempre fui sincero para com Deus; fechei os olhos e disse: "Pai, tu sabes que eu não sei orar, e menos ainda sei o que seja curar. Se há algo que eu deva saber, fala comigo". E ouvi então, como se uma voz me falasse com toda a nitidez: "Não é o homem que cura".

Era o suficiente para me satisfazer; toda a minha oração não ia além. Nada mais foi necessário - a mulher estava curada.

No dia seguinte veio ter comigo um caixeiro viajante com estas palavras: "Joel, não sei qual é a tua religião; o que, todavia, sei é isto: se orasses por mim, eu seria curado". Que fazer nessa conjuntura? Discutir? Não, a única coisa que eu podia fazer era dizer ao homem: "Fechemos os olhos e oremos".

Enquanto eu estava de olhos fechados e, aparentemente, nada acontecia, tocou-me ele e disse: "Maravilhoso! Todas as minhas dores se foram".

Acontecimentos dessa natureza se tornaram experiências diárias; de maneira que não estranhei muito quando, em uma manhã, cerca de 18 meses mais tarde, entrei no escritório, o meu sócio comercial me disse: "Tiveste 22 chamadas telefônicas, e nenhuma delas vinha de um freguês; todas eram de pessoas que te pediam que orasses por elas. Desejam ser curadas. Por que não tomas uma resolução?"

Fui à cidade e aluguei uns cômodos a fim de me dedicar à cura pelo espírito - e esta é até hoje a minha ocupação.

... Facilmente nos esquecemos da influência que a vida de um único homem pode exercer sobre os outros. Um único momento em nossa vida pode ser de importância decisiva. Muitos terão feito experiências parecidas com a que eu realizei no fim do ano 1928, quando fiz uma meditação em companhia de um verdadeiro iluminado - e veio sobre mim o espírito e me elevou acima daquilo que se chama "o mundo". Depois deste acontecimento, as coisas do mundo perderam para mim a sua força de atração. A partir daí, toda a minha vida se desenrola no ambiente dos livros sacros e do meu Eu interior, auxiliado por escritos filosóficos e místicos e pela comunhão com pessoas que trilham a senda espiritual. Todo o resto da minha vida se eclipsou.

Essas duas horas transformaram toda a minha vida. Quando me retirei, tinha recebido a iluminação que me tirou da vida do comércio e me iniciou na missão de curador espiritual, vida que, a partir daquela hora, decorre através de um progressivo desenvolvimento até hoje. 


Joel S. Goldsmith 
... um pouco de sua história, como está em seu livro "A Arte de Curar pelo Espírito"
http://rbcarrosa.blogspot.com




A iluminação não é algo a ser alcançado, é algo a ser vivido.

Quando afirmo que alcancei a iluminação, quero dizer simplesmente que resolvi vivê-la. Só isso! E desde então a tenho vivido. É a decisão de não querer mais criar problemas - só isso. É a decisão de parar com toda essa besteira de criar problemas e encontrar soluções.

Toda essa baboseira é um jogo que você joga consigo mesmo - você se esconde e você mesmo procura, interpretando os dois papéis. E você sabe disso! É por isso que, quando falo disso, você ri.

Não estou falando de nada ridículo - você compreende. Está rindo de si mesmo. Observe-se rindo, veja seu sorriso - você compreende. Tem que ser assim porque é seu jogo: você se esconde e aguarda ser descoberto por si mesmo.

Pode se encontrar agora mesmo, porque é você que se esconde. É por isso que os mestres zen batem na cabeça das pessoas. Sempre que alguém diz: "Eu gostaria de ser um Buda", o mestre fica muito zangado. Pois a pessoa está dizendo bobagem. Ela é um Buda.

Se o Buda vem até mim e pergunta como ser um Buda, o que posso fazer? Bater-lhe na cabeça. "Quem você acha que está enganando? Você é um Buda."

 
Osho, em "A Música Mais Antiga do Universo"
 http://fenixkarla2.blogspot.com

 


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