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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

ABRINDO A PORTA 
PARA O INFINITO


 
Civilizações vieram e se foram, civilizações viveram e morreram. E não há garantia de que a nossa presente civilização será permanente.
 
Em algum tempo futuro, uma nova raça de homens pode encontrar montes dessas “caixas de biscoito” que chamamos de edifícios e casas, e eles podem até descobrir discos de rock and roll que testemunhem o nosso estado de civilização.
 
O ponto é que, assim como outras civilizações passaram de vista, então muitas mais também podem passar, antes que a verdade que todo místico tem revelado seja descoberta e demonstrada, que é o homem ter inerente em si mesmo a capacidade de abrir mão de tais medidas de proteção como a auto-preservação, e abrir a porta dentro de sua consciência para receber o Espírito de Deus.
 
Existem dois níveis de consciência. Existe o nível espiritual e incorpóreo, como descrito no primeiro capítulo do Gênese. Neste nível, o homem criado à imagem e semelhança de Deus mostra-se sem pecado, nem doença, morte, privação, limitação, nem há qualquer homem sendo desumano com outro homem.
 
Aqueles nascidos na consciência do primeiro capítulo do Gênesis não têm nem pai nem mãe. Eles são a consciência de Melquisedeque: eles não são a prole física, e eles não têm parentesco humano. Eles são incorpóreos.
 
Mas aqueles nascidos de pais humanos são nascidos no nível da segunda criação do Gênesis, o mundo da mente, da consciência mortal do bem e do mal, que constitui a humanidade. É essa humanidade que nos faz pensar que, destruindo nosso inimigo ou concorrente, podemos viver e prosperar, ou que, tirando a liberdade de alguém, podemos nos tornar maiores.
 
Um fermento é necessário para romper a crosta da autopreservação, e este fermento é o Espírito de Deus no homem que, quando é levantado, eleva o homem para Seu nível, e então, em vez do "homem cuja respiração está em suas narinas", nós agora temos o Filho de Deus, aquele homem que tem seu Ser em Cristo.
 
O Mestre reconheceu que há dois homens: o homem da terra, a criatura, o mortal, a víbora; e a Presença Divina dentro da consciência do indivíduo que, quando reconhecida e liberada, transforma o homem da terra no Filho de Deus. Ele revelou ser necessário que o homem seja ordenado e elevado pelo Espírito.
 
O homem não pode ser espiritualizado por meio de um diploma ou uma licença; ele não pode ser ordenado por uma organização.
 
Formas externas de culto não contribuem para uma vida espiritual e para o desenvolvimento da pessoa, a menos que o rito exterior seja acompanhado por um Espírito Interior, pela Graça.
 
É a experiência da Presença em si que é necessária para o progresso espiritual.
 
Se não podemos ver, ouvir, provar, tocar ou cheirar o Espírito de Deus, nós podemos experimentá-lo abrindo a porta interna.
 
Cedo ou tarde você terá que escolher e, quanto mais cedo, melhor!

Todos chegam ao ponto onde desejam que a Graça Divina assuma o comando de sua vida.

Isso acontece no exato momento em que retira sua fé e confiança das pessoas, coisas e circunstâncias lá fora, e diz: Daqui por diante aceito a verdade de que o Reino de Deus dentro de mim é o meu Cristo, meu suporte, somente Nele posso confiar.

A atividade da Graça flui plenamente em sua vida na proporção em que aprende a soltar o pequeno 'eu', o ego, pois ele é quem bloqueia o caminho da Graça Divina.

Em outras palavras, no momento em que digo "Eu preciso fazer isso ou aquilo" ou fico pensando sobre o que devo fazer, que passos deveria tomar ou como posso fazer isso ou aquilo, nesse momento estou obstruindo o fluir da Graça.

Porém, no momento em que confio, relaxo, sabendo que por mim mesmo não posso fazer coisa alguma e desisto de fazer as coisas de acordo com esse pequeno 'eu', nesse momento a Divina Graça assume o comando e começa a fluir abundantemente.

Esse fluir da Graça só cessa quando colocamos esse pequeno 'eu' no comando novamente, quando começamos a pensar "Eu mesmo fiz isto", "Eu através da minha própria inteligência compreendi isso", "Eu com minha sabedoria e poder fiz isso". Então, impedimos completamente o fluir da Graça.

A Graça Divina assume o comando em proporção à nossa humildade e nossa humildade é este estado mental de quietude que alcançamos ao compreender que, mesmo que quiséssemos, não poderíamos fazer coisa alguma.

Mesmo que eu quisesse lhe ouvir, eu não poderia, mesmo que eu quisesse amar humanamente, que eu quisesse dar a todos que estão nesta sala uma cura completa, perfeita e instantânea, eu não poderia.

Porém, o Pai dentro de mim pode todas as coisas e, nesse momento de humildade, de relaxamento de todo esforço pessoal, relaxamento da crença em 'meu' poder pessoal, nesse momento, essa Divina Graça assume o comando e faz o que só Ela sabe fazer e o faz de uma forma maravilhosa! Então, Ela realiza o trabalho sem que eu pessoalmente saiba a quem aconteceu, como aconteceu, quando aconteceu ou de que forma aconteceu.

Todavia, isso só acontece quando estou tão completamente livre de todo sentido pessoal que quando as pessoas que me pediram ajuda relatam a experiência maravilhosa que tiveram, sinto-me muito grato porque não estou sabendo de nada disso!

Foi simplesmente o simples jorrar da Graça Divina e não o poder humano, não o 'meu' poder. Mesmo que tenha resultado em algo muito bonito humanamente, em algo muito bom humanamente, foi o Espírito ele mesmo quem realizou.

E assim que, quando cada um de nós souber que não pode por si mesmo fazer coisa alguma e deixar de querer fazer isso ou aquilo, ou mesmo pensar que deveria ser capaz de fazer isso ou aquilo, quando relaxar totalmente na compreensão de que nada pode realizar...

Quanto mais compreensão se tem, mais se sabe que nada pode realizar. Então, realmente estará deixando a Graça Divina assumir o comando. 
 
 
Joel S. Goldsmith 
http://suprimentoinvisivel.blogspot.com

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