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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ENVELHECENDO 
OU CRESCENDO


Sinto-me amoroso com as pessoas, fervoroso, mas não me sinto muito sexual. Não sei se minha sexualidade está levemente reprimida ou se está ok.


Não há nenhuma necessidade de se sentir sexual e também não há nenhuma necessidade de se preocupar com isso. Apenas sinta-se amoroso e fervoroso. Isso a gente precisa lembrar, que a pessoa não deve ficar fria. Se a pessoa começar a ficar fria, então isso é um problema. E se o sexo desaparecer completamente, não há nenhum problema; mas o fervor não deve desaparecer.

Isso quase sempre acontece junto. Quando o sexo das pessoas desaparece, o ardor delas também desaparece. Quando o ardor delas vem, a sexualidade delas também vem. Eis porque as pessoas pensam que ardor e sexualidade são dois aspectos da mesma energia. Eles não são.

É uma boa experiência ser ardoroso e não sexual. Assim você estará crescendo; realmente crescendo. Apenas envelhecer não é crescimento real. Estar crescido não é ser um adulto. Crescer significa exatamente isso: crescer, crescer para cima. E esse é um belo passo – que a pessoa retém o fervor, e o sexo pouco a pouco desaparece. Sexo é belo devido ao seu fervor; não há nada mais. Então se você puder reter o fervor quando o sexo desaparecer, está perfeitamente bem; como deve ser. Assim a meta é preservada, e somente o não essencial se vai. Nunca perca o fervor. Sexo não é uma coisa essencial; o fervor é essencial.

Assim tudo está indo bem. Não force a sexualidade em você, do contrário esse será um passo destrutivo. Fique cada vez mais ardoroso. Não há nenhuma necessidade de ficar anti-sexual. Não há necessidade de reprimir a sexualidade. Se acontecer de seu fervor lhe conduzir para o sexo, está ok, isso é bonito. Assim se você for para o sexo por causa do seu fervor, então o motivo é o fervor, não o sexo. Isso acontece, mas isso é a periferia. O centro permanece seu coração amoroso, seu fervor.

Osho 
https://bibliotecaoshobrasil.wordpress.com


Nunca pergunte a uma nuvem: Para onde você está indo? Ela própria não sabe; ela não tem endereço, não tem destino. Se o vento mudar enquanto ela ia para o sul, ela começa a ir para o norte.

A nuvem não diz ao vento: Isso é absurdamente ilógico. Estávamos indo para o sul e agora estamos indo para o norte. Qual o sentido disso tudo? Não, ela simplesmente passa a ir para o norte, com tanta facilidade quanto ia para o sul. Para ela sul e norte, leste e oeste não faz nenhuma diferença.

Apenas siga com o vento sem nenhum desejo, sem nenhum objetivo, sem nenhum lugar para chegar; a nuvem só aprecia a jornada.

A meditação faz de você uma nuvem - de consciência. Não existe mais objetivo.

Nunca pergunte a quem medita: Por que você está meditando? porque é a resposta irrelevante. A meditação é ela própria, o objetivo e ao mesmo tempo, o caminho.(...)

Lao Tsé chegou a iluminação sentado sob uma árvore. Uma folha tinha acabado de cair; era outono e não havia pressa; a folha voava ao sabor do vento, devagar. Ele observou a folha. A folha foi caindo até chegar ao chão, e enquanto observava a folha caindo e pousando no chão, de algum modo ele também foi se aquietando. Desse momento em diante, ele se tornou um não fazedor. O vento sopra naturalmente e a existência cuida dele.

Todo ensinamento de Lao Tsé se assemelhava ao do rio: siga a corrente seja para onde ela for. Mas a mente sempre quer fazer alguma coisa porque desse modo o crédito vai para o ego. Se você simplesmente seguir a maré, o crédito vai para a maré, não para você. Se você nadar, você pode ter um ego maior: "Eu consegui atravessar o canal da Mancha!"

Mas a Existência dá à luz, lhe dá a vida, lha dá amor; lhe dá tudo o que é precioso, tudo o que não pode ser comprado com dinheiro. Só aqueles que estão prontos para dar todo o crédito pela sua vida à existência percebem a beleza e as bençãos do não fazer.

Não é uma questão de fazer. É uma questão de ausentar-se como ego. de deixar as coisas acontecem.

Entregue - essa palavra contém toda a experiência.

Criamos uma sociedade que acredita somente no "fazer", enquanto a parte espiritual do nosso ser morre à míngua porque precisa de algo que não se faz, mas acontece. (...) Na verdade, os reais de amor são silenciosos. Quando você está realmente sentindo amor, esse amor sentimento cria à sua volta uma radiância que diz tudo o que você não consegue dizer, que nunca pode ser dito.

Mas em vez disso, nós transformamos tudo num "fazer", e o resultado final é que aos poucos a hipocrisia se torna uma característica nossa. Nós nos esquecemos completamente de que se trata de hipocrisia. E na mente, no ser de uma pessoa que é hipócrita, qualquer coisa do mundo do não fazer é impossível. Você pode continuar fazendo mais e mais, você se tornará quase um robô.

Portanto, sempre que você passar subitamente por uma experiência de acontecer, encare-a como uma dádiva da existência e faça desse momento o arauto de um novo estilo de vida. Simplesmente reserve alguns momentos das 24 horas do dia, quando não estiver fazendo nada, simplesmente deixe que a existência faça algo a você. E as janelas começarão a se abrir para você, janelas que o ligarão com o universo , o imortal.

Osho em A Essência do Amor.
http://ventosdepaz.blogspot.com 

Por que não somos como as nuvens? Por que não envelhecemos como as árvores? Por que necessitamos de uma resposta para tudo? Por que seguimos padrões de comportamento? São tantos porquês... que esquecemos de ser nós mesmos! KyraKally


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