MERGULHANDO
NA ESSÊNCIA DE RUMI
Última Parte
Desde o princípio, ele é o meu guia.
Procuro meu coração, ele é seu conquistador.
Luto pela paz, ele intercede por mim.
Vou à guerra, ele é meu punhal.
Procuro meu coração, ele é seu conquistador.
Luto pela paz, ele intercede por mim.
Vou à guerra, ele é meu punhal.
Chego à festa, ele é o doce vinho.
Entro no jardim, ele é o narciso.
Desço às entranhas da terra,
Entro no jardim, ele é o narciso.
Desço às entranhas da terra,
ele é o rubi e a cornalina.
Mergulho no fundo do mar,
Mergulho no fundo do mar,
ele é a pérola que encontro.
Cruzo o deserto, ele é o oásis.
Ascendo às esferas celestes, ele é a estrela
Se me lanço à frente, ele é o meu peito.
E se ardo de mágoa, ele é o incensório.
Quando começa a batalha,
Cruzo o deserto, ele é o oásis.
Ascendo às esferas celestes, ele é a estrela
Se me lanço à frente, ele é o meu peito.
E se ardo de mágoa, ele é o incensório.
Quando começa a batalha,
Ele guarda meus flancos e conduz meu exército.
Se vou ao banquete, ele é o saqi, o menestrel e a taça.
Escrevo aos amigos, ele é tinta, papel e pena
Quando desperto, ele é minha nova consciência.
Quando adormeço, ele é o dono de meus sonhos
Se procuro rima para o meu poema,
Se vou ao banquete, ele é o saqi, o menestrel e a taça.
Escrevo aos amigos, ele é tinta, papel e pena
Quando desperto, ele é minha nova consciência.
Quando adormeço, ele é o dono de meus sonhos
Se procuro rima para o meu poema,
ele a encontra depressa em minha mente.
Como o pintor e o pincel
Como o pintor e o pincel
ele está acima de qualquer pintura
Não importa de que altura olhes,
Não importa de que altura olhes,
ele está ainda mais alto que o máximo que alcançaste.
Vai, abandona os livros e a retórica -
Vai, abandona os livros e a retórica -
deixa que ele seja o teu livro.
Silêncio!
As seis direções são raios de sua luz;
E além das direções é ele quem governa.
Escolhi o teu prazer em lugar do meu.
É meu o teu segredo,
Por isso guardo-o comigo, escondido no peito.
Maravilhoso Shams, Sol de Tabriz!
És em tudo merecedor de ti mesmo, como o Sol!
A cada instante, vindo de todos os lugares,
Silêncio!
As seis direções são raios de sua luz;
E além das direções é ele quem governa.
Escolhi o teu prazer em lugar do meu.
É meu o teu segredo,
Por isso guardo-o comigo, escondido no peito.
Maravilhoso Shams, Sol de Tabriz!
És em tudo merecedor de ti mesmo, como o Sol!
A cada instante, vindo de todos os lugares,
ressoa o chamado do Amor:
Estamos indo para o céu.
Estamos indo para o céu.
Quem deseja vir conosco?
Fomos para o paraíso e temos sido amigos dos anjos,
E agora iremos voltar para lá,
Fomos para o paraíso e temos sido amigos dos anjos,
E agora iremos voltar para lá,
pois este é o nosso país.
Estamos acima do paraíso,
Estamos acima do paraíso,
somos mais nobres que os anjos:
Por que não ir além deles?
Por que não ir além deles?
Nossa meta é a Suprema Majestade.
O que esta fina pérola tem a ver com o mundo da poeira?
Por que você veio aqui para baixo?
O que esta fina pérola tem a ver com o mundo da poeira?
Por que você veio aqui para baixo?
Pegue sua bagagem de volta.
O que é este lugar?
A sorte está conosco, conosco está o sacrifício...
Como os pássaros do mar,
A sorte está conosco, conosco está o sacrifício...
Como os pássaros do mar,
os homens vêm do oceano - o oceano da alma.
Como poderia esse pássaro, nascido do mar,
fazer sua morada aqui?
Não, nós somos as pérolas do coração do mar,
Não, nós somos as pérolas do coração do mar,
é lá que nós moramos;
Do contrário, como poderia a onda suceder
Do contrário, como poderia a onda suceder
a onda que vem da alma?
A onda chamada 'Não sou Eu o Teu Senhor?' chegou;
A onda chamada 'Não sou Eu o Teu Senhor?' chegou;
ela quebrou o vaso do corpo;
E quando o vaso se quebra, a visão volta,
e a união com Ele também.
Este sou eu,
E quando o vaso se quebra, a visão volta,
e a união com Ele também.
Este sou eu,
um self que compartilha da matéria insensível,
E eu, saído da matéria muda a morrer.
Era eu, então, o verde vigor da vinha,
E eu, no meio das folhas murchas que morreram.
Era eu, aquela onda vibrante nas veias dos animais,
E eu, purgado pela morte, a erguer-me novamente.
Este sou eu agora, o homem, que deve morrer,
mas o “eu” irá sempre erguer-se,
Até estar de braço dado com a asa dos anjos,
E eu, saído da matéria muda a morrer.
Era eu, então, o verde vigor da vinha,
E eu, no meio das folhas murchas que morreram.
Era eu, aquela onda vibrante nas veias dos animais,
E eu, purgado pela morte, a erguer-me novamente.
Este sou eu agora, o homem, que deve morrer,
mas o “eu” irá sempre erguer-se,
Até estar de braço dado com a asa dos anjos,
a lidar com as alturas estreladas.
Mas mais alto ainda que as asas dos anjos
Mas mais alto ainda que as asas dos anjos
podem elevar-se,
O “eu” irá erguer-se, sempre em busca por mais,
Até despedir-se das asas dos anjos,
O “eu” irá erguer-se, sempre em busca por mais,
Até despedir-se das asas dos anjos,
para além dos limites das palavras,
E erguer-se, desaparecendo
E erguer-se, desaparecendo
além do alcance da imaginação.
E plena de contentamento será a passagem
E plena de contentamento será a passagem
para além de todas as coisas,
a eterna liberação que a morte finalmente traz.
Pois está escrito que quando a morte entoar seu refrão final,
Todas as coisas passarão e só a Face permanecerá.
Oh amigo, você não vê?
Sua face está brilhando com luz.
O mundo inteiro se embriagaria
Com o amor encontrado em seu coração.
Não corra para lá ou para cá
Buscando ao redor de você –
Ele está em você.
Existe algum lugar onde o sol não brilha?
Existe alguém que não pode ver a lua cheia?
Véu sobre véu, pensamento sobre pensamento –
Deixe-os todos irem,
Pois eles apenas ocultam a verdade.
Uma vez que você vê a glória
De sua face semelhante à lua,
Que desculpas você teria
Para a dor e a tristeza?
Qualquer coração sem seu amor -
Mesmo o coração de um rei –
É um caixão para cadáveres.
Todos podem ver a Deus
Com seu próprio coração –
Todos os que não estão mortos.
Todos podem beber
Das águas da vida
E conquistar a morte para sempre.
O véu da ignorância
Cobre a lua e o sol;
Ele até faz o amor pensar, ‘Eu não sou divino.’
Oh Shams, Luz Fulgurante de Tabriz,
Existem ainda, alguns segredos teus
Que nem eu posso contar.
Em sua luz
Eu aprendi a amar.
Em sua beleza
Aprendi a fazer poemas.
Você dança dentro do meu peito
Onde ninguém o vê
Mas às vezes, eu o vejo
E esta visão
Se transforma nesta arte.
a eterna liberação que a morte finalmente traz.
Pois está escrito que quando a morte entoar seu refrão final,
Todas as coisas passarão e só a Face permanecerá.
Oh amigo, você não vê?
Sua face está brilhando com luz.
O mundo inteiro se embriagaria
Com o amor encontrado em seu coração.
Não corra para lá ou para cá
Buscando ao redor de você –
Ele está em você.
Existe algum lugar onde o sol não brilha?
Existe alguém que não pode ver a lua cheia?
Véu sobre véu, pensamento sobre pensamento –
Deixe-os todos irem,
Pois eles apenas ocultam a verdade.
Uma vez que você vê a glória
De sua face semelhante à lua,
Que desculpas você teria
Para a dor e a tristeza?
Qualquer coração sem seu amor -
Mesmo o coração de um rei –
É um caixão para cadáveres.
Todos podem ver a Deus
Com seu próprio coração –
Todos os que não estão mortos.
Todos podem beber
Das águas da vida
E conquistar a morte para sempre.
O véu da ignorância
Cobre a lua e o sol;
Ele até faz o amor pensar, ‘Eu não sou divino.’
Oh Shams, Luz Fulgurante de Tabriz,
Existem ainda, alguns segredos teus
Que nem eu posso contar.
Em sua luz
Eu aprendi a amar.
Em sua beleza
Aprendi a fazer poemas.
Você dança dentro do meu peito
Onde ninguém o vê
Mas às vezes, eu o vejo
E esta visão
Se transforma nesta arte.
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