O Altruísmo Necessita de
Discernimento Para Ser Eficaz
Normalmente, o indivíduo que “descobre a Teosofia” de modo intenso e que se dedica a ela profundamente faz isso, em grande parte, porque está cansado de si mesmo. A Teosofia abre uma janela para outro universo. Pela primeira vez, ele compreende que está preso em si mesmo -; que o egoísmo, tanto o inerente como o cultivado, criou uma carapaça em torno dele, e que as restrições dessa carapaça, embora ele não tivesse percebido, estavam rapidamente tornando-se intoleráveis.
Como uma onda de ar puro, surge diante dele a ideia de que não há uma real necessidade de estar pegando coisas para si, de ser egoísta, insensível, mal-educado ou ambicioso; e de que, na verdade, a própria morte, se for apenas uma libertação da tirania desses sentimentos, deve ser muito bem recebida.
Com essa compreensão, as dores da inveja, do ódio, da má vontade e do medo começam a abandonar o seu coração, e deixam que ele bata livremente e sem dor. O indivíduo aprendeu que o inegoísmo (não egoísmo) é a lei da vida; mas como essa lição é espiritual, a aplicação dela se limita ao instrumento mental. Para ele, no início, a ideia de inegoísmo (não egoísmo) não tem outro significado além daquele que o mundo lhe atribui. Esse significado se baseia na crença de que o bem-estar físico ou mental é a meta a ser alcançada, e só aquele que leva os outros em direção a essa meta faz serviço altruísta.
Surge então a vontade de considerar os homens como eles próprios veem a si mesmos; de ver cada indivíduo como moralmente igual a si, e de sentir que as duras pétalas de cada coração irão cair ao simples toque do espírito de autossacrifício da fraternidade. Este é um sentimento nobre; mas ele é todo do coração e nem um pouco da cabeça, e há uma desilusão esperando por aqueles que sentem desta maneira.
A vida não é assim tão simples.
A humanidade não é só egoísta, mas também deseja continuar desse modo; não está apenas iludida, mas também intensamente apegada às suas ilusões. Há milhões e milhões entre os nossos companheiros de humanidade para quem o altruísmo parece fraqueza, e para quem a justiça e o equilíbrio não passam de um tolo sentimentalismo. Há milhões e milhões de pessoas que irão aceitar os presentes dados pelo filantropo esperançoso, e aceitarão até o último centavo das suas posses mentais, morais e físicas; e depois disso o destroçarão órgão por órgão, e rosnarão impacientes para os ossos, porque eles não têm mais carne.
Toda confiança sem discernimento está destinada ao desastre, e se não fosse assim o mundo já seria como o céu, a esta altura.
O mundo só pode ser ajudado pelo despertar da percepção moral e espiritual. Esse despertar pode ser alcançado apenas quando se transforma em chamas de um fogo vivo as centelhas humanas que estão dentro do círculo Cármico.
Como uma onda de ar puro, surge diante dele a ideia de que não há uma real necessidade de estar pegando coisas para si, de ser egoísta, insensível, mal-educado ou ambicioso; e de que, na verdade, a própria morte, se for apenas uma libertação da tirania desses sentimentos, deve ser muito bem recebida.
Com essa compreensão, as dores da inveja, do ódio, da má vontade e do medo começam a abandonar o seu coração, e deixam que ele bata livremente e sem dor. O indivíduo aprendeu que o inegoísmo (não egoísmo) é a lei da vida; mas como essa lição é espiritual, a aplicação dela se limita ao instrumento mental. Para ele, no início, a ideia de inegoísmo (não egoísmo) não tem outro significado além daquele que o mundo lhe atribui. Esse significado se baseia na crença de que o bem-estar físico ou mental é a meta a ser alcançada, e só aquele que leva os outros em direção a essa meta faz serviço altruísta.
Surge então a vontade de considerar os homens como eles próprios veem a si mesmos; de ver cada indivíduo como moralmente igual a si, e de sentir que as duras pétalas de cada coração irão cair ao simples toque do espírito de autossacrifício da fraternidade. Este é um sentimento nobre; mas ele é todo do coração e nem um pouco da cabeça, e há uma desilusão esperando por aqueles que sentem desta maneira.
A vida não é assim tão simples.
A humanidade não é só egoísta, mas também deseja continuar desse modo; não está apenas iludida, mas também intensamente apegada às suas ilusões. Há milhões e milhões entre os nossos companheiros de humanidade para quem o altruísmo parece fraqueza, e para quem a justiça e o equilíbrio não passam de um tolo sentimentalismo. Há milhões e milhões de pessoas que irão aceitar os presentes dados pelo filantropo esperançoso, e aceitarão até o último centavo das suas posses mentais, morais e físicas; e depois disso o destroçarão órgão por órgão, e rosnarão impacientes para os ossos, porque eles não têm mais carne.
Toda confiança sem discernimento está destinada ao desastre, e se não fosse assim o mundo já seria como o céu, a esta altura.
O mundo só pode ser ajudado pelo despertar da percepção moral e espiritual. Esse despertar pode ser alcançado apenas quando se transforma em chamas de um fogo vivo as centelhas humanas que estão dentro do círculo Cármico.
John Garrigues
https://www.filosofiaesoterica.com
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