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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

ACIMA DO SEXO


Um jovem diz a Osho que se separou de sua namorada, mas que noutra noite os dois passaram a noite juntos, sem terem nenhum intercurso sexual – “E a energia que rolou entre nós foi muito mais profunda como jamais aconteceu antes .”

Isso acontece algumas vezes. Particularmente para o homem moderno, tornou-se quase impossível deitar-se com a mulher que ele ama sem fazer amor. As pessoas se esqueceram completamente de que o sexo não é nada se comparado com a fusão que acontece quando vocês estão simplesmente deitados juntos em profundo amor, em profunda reverência, em oração.

Quando a energia física não está envolvida sexualmente, ela se ergue para altitudes superiores. Ela pode atingir o máximo, o samadhi, o despertar. Mas as pessoas se esqueceram completamente; elas acham que o sexo é o fim. Mas o sexo é somente o começo. Assim, lembre-se disso.

Quando você ama alguém, insista em primeiro deitarem juntos em profundo amor, e vocês alcançarão orgasmos mais sutis e profundos. É assim que, aos poucos, surge o celibato real. O que na Índia chamamos de brahmacharya, celibato real, não é contra o sexo: é mais elevado do que o sexo, mais profundo do que o sexo, maior do que o sexo. Tudo o que o sexo pode dar, ele dá, mas também dá mais. Assim, quando você souber usar sua energia em um nível tão elevado, quem se importará com espaços inferiores? Ninguém!

Não estou dizendo para abandonar o sexo. Estou dizendo para algumas vezes permitir a si mesmo espaços puros e amorosos nos quais o sexo não seja o interesse. Senão, você será puxado de volta à terra e nunca poderá voar no céu.
 
Osho
https://bibliotecaoshobrasil.wordpress.com 
 

O que queremos dizer com o problema do sexo?

O que queremos dizer com o problema do sexo? É o ato ou é um pensamento sobre o ato? Certamente não é o ato. O ato sexual não é um problema para você, não mais do que comer é um problema para você, mas se você pensa sobre comer ou qualquer outra coisa o dia todo porque não tem nada mais em que pensar, se torna um problema para você. O ato sexual é o problema ou é o pensamento sobre o ato? Por que você pensa nele? Por que o está construindo, o que você está obviamente fazendo? Os filmes, as revistas, os romances, o modo como as mulheres se vestem, tudo vai construindo seu pensamento sobre o sexo. Por que a mente o constrói, por que a mente pensa em sexo de fato? Por que? Por que ele se tornou um assunto central em sua vida? Quando há tantas coisas chamando, demandando seus atenção, você dá completa atenção ao pensamento do sexo. O que acontece, por que suas mentes estão tão ocupadas com ele? Porque essa é uma forma de derradeira fuga, não é? É uma forma de completo auto esquecimento. Por ora, ao menos naquele momento, você pode esquecer de si mesmo – e não há outro jeito de esquecer de si mesmo. Tudo o mais que você faz na vida enfatiza o "eu", o ego. Seus negócios, sua religião, seus deuses, seus líderes, suas ações políticas e econômicas, suas fugas, suas atividades sociais, aderir a um partido e rejeitar outro – tudo isso enfatiza e dá força ao "eu". Isto é, existe apenas um ato no qual não há a ênfase do "eu", assim isso se torna um problema, não é? Quando existe só uma coisa na sua vida que é uma avenida para a derradeira fuga, para o completo auto esquecimento mesmo que por alguns segundos, você se agarra a ela pois é o único momento em que você é feliz. Todas as outras coisas que você toca se tornam um pesadelo, uma fonte de sofrimento e dor, então você se prende à única coisa que lhe dá auto esquecimento, que você chama felicidade. Mas quando se prende a ela, ela também se torna um pesadelo, porque você quer se libertar dela, não quer ser escravo dela. Então você inventa, outra vez a partir da mente, a ideia de castidade, de celibato, ser casto, pela supressão, todas as coisas que são operações da mente para se alijar do fato. Isto também confere ênfase particular ao 'eu' que está tentando se tornar alguma coisa, assim então você está preso novamente na luta, no problema, no esforço, na dor.
 
 
 
Krishnamurti 
http://legacy.jkrishnamurti.org
 
 

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