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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

NÃO PERGUNTE QUEM NASCE NO NATAL

Um Momento de Reconciliação Com Todos os Seres
 
A época de Natal traz um reencontro que ocorre no plano da alma, no território da justiça e da bondade. A celebração provoca uma redescoberta do passado, um rever interno e externo de pessoas e sentimentos, um reexame do futuro sagrado.

Como era, por exemplo, nossa visão de futuro um ano atrás? E como será ela dentro de mais doze meses? O Natal expande a consciência emocional. Ele amplia os pensamentos, exige ética, e desperta espiritualidade. A celebração da unidade de todos os seres ocorre sobretudo entre os honestos, porque só eles podem vivê-la profundamente. O amor não se separa da sinceridade, e a mentira não compreende a amizade universal.

O Natal equivale a um estado de espírito, e não começa em dezembro. Há que preparar-se com anterioridade para o portal do ano novo, e as preparações são parte central da celebração. O Natal deve ser saboreado lentamente e desde cedo. O final do ciclo de doze meses nos coloca em contato com o tempo eterno.

Desta esquina mágica do tempo podemos ver outros trechos passados e futuros do processo de evolução. A proximidade do encontro com o tempo eterno na época do final do ano aumenta a ansiedade de muitos. Há uma inquietação sob a superfície do processo de celebrar. Para aquele que está em paz com o tempo eterno, os últimos dias do ciclo trazem uma lição de paz.

O Natal é uma experiência de reconciliação interior com todos os seres, em harmonia com a lei da justiça.

Os seres colhem de acordo com o que plantam. O caminho à frente é o caminho da responsabilidade: cabe reconciliar-se com os fatos. O Natal ensina o desapego e a aceitação da perda como condição para ser humilde, e para ser feliz.

Não pergunte, portanto, quem nasce, ou renasce, no Natal. Quem nasce na época do final do ano é você. E quem nasce é a ética. Prepare-se para o evento. Jesus é um símbolo da sua própria alma e da alma de todos. Renasça no Natal verdadeiramente, por dentro, e será capaz de renascer na justiça impecável e na comunhão perfeita a cada manhã, em todas as épocas.

Carlos Cardoso Aveline
https://www.filosofiaesoterica.com 
 
 
Tempos de reconciliação

O final do ano, talvez porque nos lembre do final das coisas, de nossa própria mortalidade, é um tempo de reconciliação. Subitamente pessoas que se afastam devido a julgamentos, suposições, conversas críticas em que os maus sentimentos afloram, dão-se conta de seu erro, das tolices que disseram, tentam consertar o passado antes que tarde seja. Para os budistas há respostas quase prontas para as tentativas de reconciliação, as aberturas de sorrisos tímidos, pedidos de desculpas implícitos em mensagens belas. Basta abrir os braços e dizer que está sempre pronto, e que a melhor virtude para facilitar o perdão é o esquecimento, não dos fatos em si mas dos sentimentos de mágoa e injustiça. Se os sentimentos são olvidados, as histórias são meras memórias, sem carga de dor ou ressaibos.

Havendo oportunidade, olhe em volta, se fossem seus últimos dias que reconciliações seriam possíveis?

Que sentimentos tolos do passado poderiam ser removidos? Que cargas cármicas de cisão, de divisão, de desamor poderiam ser elididas? Que medos e temores vindos de nossas fantasias se mostraram apenas o que são, criações mentais sem base na realidade, ilusões? Onde nossos julgamentos apressados se mostraram falsas tempestades, boatos com a consistência das histórias de fim de mundo, destruidoras da harmonia, principal coisa a ser defendida nas comunidades? Abra seus braços, e sem abandonar os princípios que escolheu para sua vida, os preceitos budistas, as regras de compaixão, tolerância, paciência, alegria, reverência, deixe que a reconciliação impere e o perdão seja o mote para guiar as reconciliações humanas.

https://www.daissen.org.br
 
 
“Já não vos chamo servos.... mas tenho-vos chamado amigos” (Jo. 15.15).

... Reconciliação cristã é uma verdade gloriosa! Éramos inimigos de Deus, mas agora somos Seus amigos. Estávamos em um estado de condenação por causa de nossos pecados, mas agora somos perdoados. Estávamos em uma situação de guerra com Deus, mas agora temos paz que ultrapassa todo o entendimento (Fp. 4.7). “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm. 5.1).

Esta é a mensagem do Evangelho! Esta é a boa notícia que traz e promove grande alegria! Em meio à mais extrema simplicidade e singeleza; num dia que parecia como outro qualquer; num lugar comum e sem qualquer valor aos olhos humanos; a eternidade se encontrava com o tempo; o Deus eterno se vestia de gente; a Palavra se fazia carne. Esta é a história que precisa ser contada e recontada!

Ele veio para dar a Sua vida. Nasceu para se entregar em nosso lugar. Veio para nos revelar a graça e o amor do Pai. Veio para nos reconciliar com Deus, conosco mesmo e com o nosso semelhante. Ninguém jamais nos amou assim!

Somos construtores de pontes, não cavadores de abismos. Somos ministros da reconciliação, não promotores de contendas. Somos pacificadores, não geradores de intrigas. O ministério da igreja é de aproximação das pessoas e não de afastamento delas. Somos um só corpo e membros uns dos outros. Quando um membro do corpo sofre, todos sofrem com ele; quando um membro é promovido, todos se regozijam com ele.

O caminho do arrependimento e do perdão é a única forma de construir pontes em vez de cavar abismos ou levantar muros. Um cristão demonstra sua maturidade espiritual quando reconhece seu erro e tem disposição de pedir perdão. Não há comunidade saudável sem o exercício do perdão. Somos a comunidade dos perdoados e dos perdoadores.

Os filhos do Reino são pacificadores e os pacificadores são chamados filhos de Deus. A Bíblia diz que o amor cobre multidão de pecados. Quem ama busca a reconciliação.

Que neste tempo você e eu possamos lembrar a essência de tudo. Reconciliação. O Reino de Deus nos corações. O amor de Deus nos amando primeiro e além de todo o entendimento. Paz na terra entre os homens. Paz com Deus. Paz consigo mesmo. Riqueza inesgotável em meio ao mais profundo despojamento. Graça. O Deus que quer bem aos homens. O Deus que estava em Cristo reconciliando consigo mesmo os homens.

É Natal. É chegado um novo tempo. É tempo de reconciliação.

Carlos Alberto Bezerra
https://www.revistacomuna.com.br

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