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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

 SILÊNCIO É A FALA INTERMINÁVEL

Somente a Consciência existe. Quem conhece o SER, nada mais tem a fazer daí em diante, pois o Infinito Poder fará todas as demais ações que possam ser-lhe necessárias através Dele. O homem não tem mais pensamentos.
 
Durante a meditação, que está sendo dirigida para o SER, os pensamentos agora morrem automaticamente. A meditação pode ser dirigida aos diferentes objetos, mas quando estiver dirigida para o verdadeiro SER, significa estar fixada no mais alto objeto, ou melhor, o Sujeito.
 
Os pensamentos são os nossos inimigos. estando livres de pensamentos, ficamos no estado de bemaventurança naturalmente. O vácuo entre os dois pensamentos é o nosso verdadeiro estado, este é o real SER.

Afaste os pensamentos! esteja vazio deles, fique no estado perpétuo de não pensar. Então, passará a ser conscientemente Auto-Existente. Pensamentos, desejos e todas as qualidades são alienígenas à nossa verdadeira natureza.

O Ocidente pode homenagear o homem por ser grande pensador. Mas o que ele é? A verdadeira grandeza, pois, está em ficar livre de pensamentos! A verdadeira resposta à pergunta "Que sou eu?", não vem em pensamentos. Pois então, todos os pensamentos cessam — mesmo o próprio pensador desaparece.

Sejamos em nossa natureza! Assim, precisaremos buscar algo mais? Quando conhecermos a nós mesmos, os pensamentos e desejos não mais irão nos incomodar. Esse não é o nosso verdadeiro estado. Não temos de ir em busca de nossos próprios seres, e sim, simplesmente SER nós mesmos. Isto para sermos como verdadeiramente somos — livres de pensamentos e do egoísmo.

Para alcançar a Autorrealização, os meios são:
 
- a mente deve estar afastadas de seus objetos, a percepção objetiva do mundo deve cessar;
 
- as operações internas da mente também devem terminar;
 
- assim, a mente deve se submeter e continuar a despersonalizar-se a fim de perder sua índole finalmente;
 
- deve continuar a ficar no puro autoconhecimento.

Silêncio é a fala interminável. Palavras impedem a fala silente.

Pensamentos são as predisposições acumuladas de inúmeros nascimentos anteriores. O aniquilamento deles deve tornar-se o nosso objetivo. Estar livre deles significa Pureza. O homem fica desanimado por misturar o ser consciente com o corpo inanimado; este desânimo deve cessar. O sempre-presente SER não precisa de esforços para se revelar. Mas antes o desânimo deve ser desarraigado.

Paul Brunton: Então, os pensamentos não são reais?

Ramana: Isso mesmo. Quando a cânfora queima, não deixa resíduos. A mente é como a cânfora. Quando se tiver absorvido no SER, não deixará o menor vestígio do ego. É a Realização.

A mente está abarrotada de pensamentos, embora tenha sua origem na Consciência ou SER. Os pensamentos não são reais; a única realidade é o SER. O eternamente paciente fundo (background) livre de pensamentos e cuja expansão também é destituída de pensamentos é o SER.

A Mente, em sua pureza, é SER. O que você chama de mente é uma ilusão. Surge depois do "eu-pensamento" surgir. A mente é apenas um mero feixe de pensamentos. Os pensamentos têm sua raiz no "pensamento-eu". Isso que está além do ego é a CONSCIÊNCIA, o SER. Reconheça isso!

Largue os pensamentos e simplesmente seja! Apenas seja! São os pensamentos, os únicos que geral obstáculos.

São eles que dificultam. Encontre a quem os pensamentos ocorrem; tanto quanto você pensar que o falso existe, fará com que ele se mostre assim, mas, encontrando de onde ele surge, logo desaparecerá. Os que descobriram a Grande Verdade fizeram isso no profundo silêncio do SER.

Paul Brunton: A dificuldade está em manter o estado sem pensamento e, forçosamente, ainda pensando em obrigações.

Ramana: O pensador é você mesmo. Deixe a ação se ajeitar de acordo. Por que ligar-se às dificuldades? Quando você sai à rua, levanta os pés automaticamente e anda, sem pensar sobre isso. Assim, aos poucos, o estado se torna automático; pense, quando a necessidade surgir e deixe-a desaparecer por sua própria conta. A intuição trabalha quando o pensador não tem pensamentos, guiado pela intuição. Aqueles que fizeram grandes descobertas, fizeram-nas não quando ansiosos nelas pensaram, mas em silêncio, pela intuição.

A atividade mental cessa com a resposta à pergunta dirigida a si próprio. Mesmo quando você está pensando em Deus, ainda é uma atividade e tem que abandoná-la. A pergunta do autoconhecimento (que sou eu?) mergulha em Deus e então cessa todo pensar sobre Ele.

A autorrealização consiste em fazer cessar os pensamentos, inclusive toda a atividade mental. Os pensamentos são como borbulhas na superfície do Mar.

O falso ego se relaciona com os objetos; só o Sujeito é Realidade. O mundo é o único que é percebido pelo reflexo da luz da mente. A lua brilha refletindo a luz do Sol.

Ao pôr do sol, a lua é útil para que os objetos possam ser vistos. De madrugada ninguém precisa de lua, embora seja visível no céu. Assim é com a mente e Coração. A mente serve para perceber os objetos. O intelecto é um instrumento do SER, que o usa para medir a variedade. O SER o acompanha. Como poderiam surgir as manifestações do intelecto sem as suas sementes — existindo? 

A mais valiosa coisa no oceano jaz no fundo dele. A pérola é tão pequena, uma coisa de tanto valor e de tão difícil acesso! Semelhante ao SER é como uma pérola preciosa, mas, para achá-lo, deve-se mergulhar bem fundo no silêncio, toda vez mais e mais fundo até que seja encontrado.

Ramana Maharshi - A Imortalidade Consciente
http://ventosdepaz.blogspot.com 
 
 
O silêncio chega… quando você sabe observar!

O silêncio da mente chega naturalmente – por favor ouçam isto – chega naturalmente, facilmente, sem qualquer esforço se você souber observar, olhar. Quando você observar uma nuvem, olhe para ela sem a palavra e portanto sem o pensamento, olhe para ela sem a divisão como observador. Então há uma consciência e uma atenção no próprio ato de olhar: não a determinação de estar atento, mas olhar com atenção, mesmo que esse olhar possa durar apenas um segundo, um minuto – isso é suficiente. Não seja ganancioso, não diga “Tenho que ter isso durante todo o dia”. Olhar sem o observador significa olhar sem o espaço entre o observador e a coisa observada, o que não significa identificar-se com a coisa que é olhada.

Portanto quando se consegue olhar para uma árvore, para uma nuvem, para a luz sobre a água, sem o observador, e também – o que é muito mais difícil, o que precisa de uma maior atenção – se você conseguir olhar para si mesmo sem a imagem, sem qualquer conclusão, porque a imagem, a conclusão, a opinião, o juízo, a bondade e a maldade, estão centrados em torno do observador, então você descobrirá que a mente, o cérebro, se torna extraordinariamente tranquilo. E essa tranquilidade não é uma coisa a ser cultivada; ela pode acontecer, ela acontece sim, se você estiver atento, se você for capaz de observar o tempo todo, observar os seus gestos, as suas palavras, os seus sentimentos, os movimentos do seu rosto e tudo o mais.

J.Krishnamurti  
http://legacy.jkrishnamurti.org
 
 

O silencio é de Deus e o ruído é dos homens

A natureza fala aos nossos corações, se abrirmos à sensibilidade da alma para ouvi-la.

Árvores que nos encantam quando o vento não as deixa quietas balançando  suas folhagens, nos transmitindo sons de músicas imperceptíveis.

Elas, as árvores abrigam animais de vários portes e variações de raças. Pássaros, borboletas, animais selvagens ou não. Elas nos dão frutos, abrigo da energia da luz solar, que nos dá vida quando muito forte.

Elas presenciam o rumor das ondas dos mares num vai e vem cantando sonhos infinitos.

Elas passam séculos vendo o ruído dos homens a desprezá-las, arruiná-las, cortá-las e ceifá-las.

E que maravilha no entardecer como nas manhãs fulgentes de luz energética do sol tão antigo quanto nobre, nos remetem esses quadros a presença de Deus em nós, enfim em toda Terra a presença Divina em perpétuo movimento.

Deixemos o silêncio da irmã Natureza nos revelar, no íntimo da alma, que somos espíritos eternos e que podemos refazer, co-criar a cada instante na bondade misericordiosa de Deus em nós, nossa trajetória espiritual.

E, a revelação provoca então em nosso íntimo, a ventura de amar cada vez mais o Evangelho de Jesus, para auxiliar nossos irmãos em sofrimento.

Que nosso ruído, seja transformado pouco a pouco em obras silenciosas, por dentro de nós do nosso coração.
Abraços à todos.

Leon Denis, Um amigo espiritual que vos ama
https://larjesuscriancas.org.br  

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