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terça-feira, 25 de maio de 2021

 A QUESTÃO DAS ENFERMIDADES

Qual a sorte dos que são condenados a ser fustigados cedo ou tarde por doenças resultantes de organismos físicos defeituosos que lhes deram origem? Se, apesar de nossos esforços, nosso corpo não pode libertar-se de suas enfermidades, se nossa vida física é paralisada, podemos procurar socorro na fé religiosa, na experiência mística ou na meditação metafísica que alargam nossos horizontes e diminuem nossa concentração sobre nós mesmos.  

Nossa triste experiência não é inteiramente vã e sem valor. Diz um texto tibetano: “Sabei que o sofrimento, sendo o meio de ensinar ao homem a necessidade da vida interior, é um mestre espiritual.”  

Aqueles que sofreram profundamente e cujas esperanças morreram, ouvem uma mensagem espiritual mais cedo que os outros, embora estes últimos sejam mais inteligentes ou intelectualizados. Não revisamos nossa escala de valores senão quando os sentidos perderam sua supremacia sobre nós.  

Todo mal aparente não é um mal real. Quem não conheceu alguém que se afastou de seguir um caminho graças a uma doença? A mesma prova que enfraquece a virtude de um homem fortalece a de outro.  

Toda experiência tende a educar a inteligência e disciplinar as emoções. Em consequência disso, se o sofrimento leva o homem à vida abençoada que o eleva, mesmo que só fosse por essa razão e nesses limites, estaria plenamente justificado.  

O que aconteceria se o sistema nervoso não nos avisasse, por exemplo, que a mão está exposta ao fogo? Essa mão seria destruída e perdida para sempre. Desse modo o sofrimento físico protege a vida física. O que acontece quando protege a vida moral? Em nosso estágio evolucionário, a dor moral ocupa um lugar mais útil que o prazer.  

Platão declarou que seria uma infelicidade o homem escapar ao castigo merecido. Esse castigo pode fazer-lhe reconhecer um erro, dar-lhe uma atitude moral mais segura, purificar seu caráter. É igualmente a dor que pode, da melhor maneira, vencer a crueldade, o orgulho, os apetites depravados do homem. Aqui, apenas palavras são impotentes contra esses males.  

O sofrimento cármico é uma consequência de atos anteriores. O tempo educa o homem e desenvolve nele a faculdade de perceber o que é justo. Se a pessoa não encontrar a causa em sua personalidade do momento, deve procurá-la nas personalidades anteriores.  

Nosso livre arbítrio do passado é a fonte de nossa sorte atual, assim como o livre arbítrio do presente será a fonte de nossa sorte futura. Por isso, não há lugar para o fatalismo, nem tampouco para uma autoconfiança exagerada.  

Quando uma força cármica tomou um certo impulso, não é mais possível contê-la, embora seu efeito possa ser alterado (isto é, diminuído através de práticas espirituais, como karma yoga ou outras práticas espirituais).  

No entanto, um pensamento que não alcança um certo grau de força e desenvolvimento não produz consequências cármicas. Vê-se, assim, a importância de afogar as ideias más logo no começo. 

Paul Brunton 
http://yoga-ensinamentos.blogspot.com 
 
 
Saúde não é alguma coisa a ser alcançada em algum lugar, ela não é um objeto.

Saúde é um jeito de viver totalmente diferente. A maneira que você está vivendo cria enfermidade, a maneira que você está vivendo cria miséria. 

Por exemplo, as pessoas chegam para mim e dizem que gostariam de ser felizes, mas eles não podem abandonar seus ciúmes. Se você não pode abandonar seu ciúme, o amor nunca irá crescer – as ervas daninhas do ciúme destruirá a rosa do amor. E quando o amor não cresce, você não pode ser feliz. Porque quem pode ser feliz sem o amor crescer? A menos que essa rosa floresça em você, a menos que essa fragrância seja liberada, você não pode ser feliz.Agora as pessoas querem felicidade – mas apenas por querer, você não pode obtê-la. Querer não é o bastante. Você terá que penetrar no fenômeno da sua miséria, como você a cria – como em primeiro lugar você se tornou miserável, como você continua se tornando miserável a cada dia – qual é a sua técnica?  

Os animais são felizes, as árvores são felizes, os pássaros são felizes. Toda a existência é feliz, exceto o homem. Somente o homem é tão engenhoso para criar infelicidade – ninguém mais parece ser tão talentoso. Portanto, quando você está feliz, isso é simples, é inocente, não é nada para se gabar. Mas quando você está infeliz, você está fazendo grandes coisas a si mesmo; você está fazendo algo realmente difícil.  

Osho, Zen: The Path of Paradox 
https://www.osho.com
 
 
Gandhi disse que 'As enfermidades são o resultado, não só dos nossos atos, como também dos nossos pensamentos'. Emmanuel, através de Chico Xavier, questiona: 'quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibracionais da mente em desequilíbrio? As doenças e as angústias são condições da alma enferma que o corpo espiritual estampa no corpo físico de cada ser. É uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente o espírito quer jogar fora o que lhe seja estranho ao próprio psiquismo... Na realidade toda doença no corpo é uma espécie de cura para a alma. Enquanto não formos saudáveis espiritualmente precisaremos frequentemente da medicina'.

Krishnamurti afirmou algo interessante que cabe muito bem aqui: "Você acha que a folha cai no chão porque tem medo da morte? Acha que o pássaro vive com medo de morrer? Ele encontra a morte quando a morte chega; mas ele não está interessado na morte, está muito mais ocupado em viver, em catar insetos, construir um ninho, cantar uma canção, voar pela alegria de voar. Somos nós, seres humanos, que estamos sempre preocupados com a morte - porque não estamos vivendo. Esse é o problema: estamos morrendo, não estamos vivendo". Então esse medo da morte atrai, a meu ver, enfermidades, pois estamos aqui para viver!

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