A NOVA EXTERIORIZAÇÃO DO CRISTO
NA ATUAL TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
O
amor-sabedoria - energia crística - se expressou na superfície
terrestre por meio de seres de elevada evolução. A cada encarnação, sua
presença foi consolidando a capacidade de união na consciência do
planeta e de seus habitantes.
Os
centros espirituais, ao se materializarem na Terra, têm, entre outras
funções, a de manifestarem concretamente essa energia cósmica; serem
exemplos vivos do retorno do Cristo ao mundo, cuja presença já é
perceptível nos níveis interiores do planeta. Para isso, indivíduos que
mantêm a expressão externa desses centros e ali prestam serviços
deveriam suprimir vínculos com sua natureza humana buscando suas raízes
no cosmos, na vida imaterial.
Na
consciência crística, as tarefas assumidas por indivíduos têm amplitude
cósmica. Libertos de conceitos para manter cristalina a própria
energia, desapegados de perspectivas humanas, mais facilmente chegarão a
reconhecer sua integração ao cosmos. São indescritíveis a docilidade e o
poder que revestem os estímulos recebidos quando se está diante do
movimento da energia que permite a integração de universos. A perfeição
brota desse movimento como simples decorrência de ele ser feito em amor
ao Divino, e nada mais.
O
homem um dia irá perceber interiormente as necessidades que podem ser
supridas por meio dos atributos de que dispõe e, sem colocar obstáculos,
ir ao encontro delas. Havendo amor e doação, o que por ele se
manifestar terá perfeição e harmonia, por ter sido realizado numa busca
sincera de aproximar-se de padrões espirituais. A intensa pressão
positiva que tem sido percebida por muitos é um sinal dos tempos em que a
energia crística estará claramente expressa nessa humanidade.
A
encarnação do Cristo há 2.000 anos veio estabelecer um vínculo entre a
humanidade e os níveis mais internos da regência do planeta. Esse
vínculo deveria aprofundar-se, possibilitando aos seres que habitam os
estratos mais densos contatarem energias sublimes. Para que esse contato
possa um dia efetivar-se, o Cristo e a hierarquia estimulam a emersão
do núcleo interno de cada ser, berço onde se encontra, quase sempre
adormecida, a chispa de luz que o une à fonte de vida.
A
nova exteriorização do Cristo é essencialmente a revelação plena da
energia do amor cósmico ao mundo consciente do reino humano. Sendo o
propósito dessa consciência levar os indivíduos a polarizarem-se nos
níveis internos, seria um retrocesso para a evolução se continuassem a
esperar a manifestação dessa energia sob as vestes de um ser, como no
passado.
A
materialização de um novo tempo está ligada à possibilidade de a
energia interior exprimir-se no mundo material. O novo é por natureza um
impulso transformador, que se revela espontaneamente quando o centro da
vida é contatado. Por sua total ausência de compromisso com o que já
está estabelecido, a vibração desse centro é renovadora. Fornece ao ser
bases para que nele possam ser purificados os aspectos retrógrados que
tolhem sua ascensão.
A
humanidade poderá ter sua expressão espiritual quando ao menos parte
dela reconhecer o amor que sua própria essência nutre pela luz e pela
verdade, e a esse amor abrir-se. Não é o número de indivíduos, mas a
qualidade da sua entrega ao Supremo, que promoverá a mudança de
polarização da consciência humana como um todo. Por isso, pensamentos,
sentimentos e ações daqueles que despertaram devem estar permeados por
essa entrega, a qual não só mantém sua própria conexão com a realidade,
mas a irradia aos semelhantes, auxiliando-os a atingi-la.
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br
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