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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

MESMO QUE NÃO SAIBAMOS 
HÁ UM PODER MAIOR QUE SABE


Há um modo de viver, que não é pela força e nem pelo poder, mas pela Graça de Deus…
 
Quando é a nossa parte humana que decide o que quer e como quer, então estamos procurando educar Deus e dizer-Lhe como deveria agir. Neste caso consideramo-nos como possuidores de uma sabedoria superior à dEle e nos fechamos ao fluir de Sua Graça.
 
Quando compreendemos a natureza de Deus, jamais procuraremos lembrar-Lhe qualquer coisa sobre nós, ou sobre nossos negócios. Nunca deveremos ser tentados a usurpar as prerrogativas da Inteligência ou do Amor, que tudo sabe “sobre as coisas de que temos necessidade”.
 
Que compreensão temos de Deus, quando Lhe pedimos coisas? Consideramo-Lo como suprema Inteligência e Amor? Ou acreditamos que Ele nos esteja retendo e negando alguma coisa?
 
Ficaríamos preocupados com o que temos de comer ou vestir, ou com qualquer outra coisa, se tivéssemos a certeza de que nosso Pai celestial sabe que temos necessidade de todas estas coisas? Jesus não deixou bem claro que não nos devemos nos preocupar com a nossa vida, com o que havemos de comer, de beber e nem com nosso corpo, sobre como nos haveremos de vestir?
 
Por que buscamos pão, água, vestuário, companheirismo, dinheiro, capital, quando a promessa é de que “em presença de Deus há plenitude de Vida e que é de Seu agrado partilhar conosco as Suas riquezas”? Sabendo da Infinitude de Deus, tudo o que é, já é onipresente.
 
É impossível a Deus dar o que já é. Deus não dá uma maçã, ou um automóvel. Deus é a maçã. Deus é o automóvel: Deus aparece como tudo o de que temos mister. Não separemos Deus. Não há Deus de um lado e a coisa de outro. Por isso, a verdade que devemos demonstrar é reconhecer a presença de Deus. Ao demonstrar a presença de Deus, demonstramos a vida eterna, suprimento infinito, fraternidade, paz, alegria, proteção e segurança. Em Sua presença há plenitude de vida. Nada está ausente.

Quando temos a presença de Deus, temos Deus aparecendo como o nosso bem, como vestuário, como habitação.  A condição única é: ter a Sua presença. Não bastam afirmações inócuas nem verbalização das profundas verdades das Escrituras. Devemos conscientizar a Sua presença com CONVICÇÃO.
 
Onde Deus está, ali há abundância. Pela compreensão de Sua onipresença, todas as coisas já existem. Deus está continuamente atuando para manter a natureza infinita e eterna deste universo, aparecendo como tudo.  Deus aparece como o maná diário: Eu sou o pão da vida – não Eu o terei ou o deveria ter ou o demonstrarei, mas Eu o sou.  Este Eu interno aparece em nossa mesa como o pão diário. Aparece externamente como transporte, como vestuário.
 
No princípio, antes que o tempo começasse, Deus deu a Si mesmo para nós e, nessa doação, a Sua infinitude foi infundida em todos nós.
 
Admitimos que, por causa das condições materiais da existência, o ser humano aceitou erroneamente a crença de que deve ganhar a sua vida com o suor do rosto; que depende do próprio esforço e deve competir com seus semelhantes.
 
Em outras palavras, tornou-se materialista: uma pessoa que deseja obter coisas; acumular como garantia. Já uma pessoa devotada ao caminho espiritual, tem pouco ou nenhum interesse em acumular coisas, sejam elas a fama, o poder, ou bens – porque sabe que tudo que o Pai tem já é dela.
 
O mundo material é construído sobre o instável fundamento das esperanças e medos humanos, mas todo templo material se dissolve quando reconhecemos: “O Senhor é meu Pastor”.

Então não necessitamos de buscar nada, a não ser a Verdade: que nosso ser individual, na terra, é a plenificação de Deus que está aparecendo como nós … Sim, Deus é Espírito e, quando nossa prece e nosso interesse são pela realização espiritual, abandonamos o conceito material e começamos a compreender que o mundo do Espírito é um mundo diferente, um mundo novo, no qual a Graça de Deus é nossa suficiência em todas as coisas.
 
Como devemos compreender a Graça? Ela tem sido chamada a “dádiva de Deus”.  Mas Deus tem apenas uma dádiva: a dádiva de Si mesmo, a nós. Com nossa sabedoria humana, intelectual, não podemos saber o que seja a Graça de Deus. E se tentamos exprimi-la ou moldá-la à linguagem humana, aos significados humanos, jamais poderemos compreender a inadulterável Graça espiritual de Deus.

A Graça de Deus se revela por meios incompreensíveis à mente humana, tomando direções inimagináveis e formas que nunca soubemos existir sobre a terra.  E mesmo que saibamos, jamais podíamos supor que em algum momento viria fazer parte de nossa experiência.
 
Em cada caso a Graça de Deus é uma revelação individual, singular. Não aparecerá para uma pessoa na forma de rosa, se ela não gosta de rosas; nem aparecerá como uma passagem, para uma viagem ao redor do mundo, se ela encontra mais prazer em ficar meditando numa cabana à beira-mar ou no alto de uma montanha.
 
A Graça de Deus flui como atividade espiritual, mas governa também nossos afazeres humanos, orientando-os a caminhos que não poderíamos delinear e nem imaginar.
 
À medida que ponderamos este tema, acerca da Graça de Deus, desenvolve-se dentro de nós um senso de independência, em relação aos pensamentos e coisas deste mundo.
 
Começamos a sentir que, mesmo que não haja uma pessoa em nossa vida que nos traga algo, ainda assim, pela manhã, todas as coisas necessárias serão providas, quando conscientizamos a realidade da Graça de Deus.
 
Se alcançamos esta percepção descobrimos que nada há senão Deus: Deus aparecendo como flores; Deus aparecendo como alimento em nossa mesa; Deus aparecendo como vestuário em nosso corpo; Deus aparecendo como relacionamentos harmoniosos; Deus aparecendo como lucidez mental e harmonia corporal. Não é lutando ou competindo que se realiza isto. O que é necessário é permanecer quieto; é guardar a espada e testemunhar a salvação do Senhor.
 
Não há, na terra, meta mais elevada a atingir do que a sintonia interna com essa Presença que jamais nos abandona e nem nos desampara.
 
Essa Presença não nos envia dinheiro, alimento, roupa ou habitação. Ela É o dinheiro, o alimento, a roupa, a habitação. Ela não nos leva a uma torre alta ou a uma fortaleza. Ela É a torre alta e a fortaleza inexpugnável. Ela não dá e nem envia coisa alguma. Ela SE DOA inteira.


Joel S. Goldsmith
http://suprimentoinvisivel.blogspot.com

NOTA: "... O Vosso Pai Celestial Sabe" é o título original desta postagem, que foi extraída do blog "Suprimento Invisível"
 

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