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domingo, 19 de janeiro de 2020

ENTRE OS AFLITOS


Sutra 22

Viva com alegria, em paz,
mesmo entre os aflitos.


Se o único meio de você ser feliz é ter todo mundo feliz, então você jamais será feliz. Buda está afirmando um simples fato. Ele não está dizendo "não ajude as pessoas", mas, se você mesmo estiver doente, você não poderá ajudá-las.

Sendo, você mesmo, pobre, você não poderá ajudar o pobre.

Se o médico também adoecer para ajudar seus pacientes, você o chamará de santo? Você o chamará simplesmente de estúpido, porque essa é a hora em que ele precisa de toda a sua saúde para que possa ser útil às pessoas.

Primeiramente, seja egoísta; primeiramente, transforme-se. Sua vida em paz, em alegria, pode ser uma grande fonte de nutrição para as pessoas que estão famintas de alimento espiritual. Riqueza material é muito simples: basta um pouco mais de tecnologia, um pouco mais de ciência, e as pessoas podem ficar ricas. O verdadeiro problema é como ser interiormente rico.


Osho Silence
http://blogdoosho.blogspot.com 


… Desde a infância, somos treinados para ter problemas. Quando somos matriculados na escola, aprendemos a escrever, a ler e todo o resto. Aprender a escrever torna-se um problema para a criança. Por favor, preste muita atenção a isso. A matemática torna-se um problema, a história torna-se um problema, assim como a química. Assim a criança é educada, desde a infância, a viver com problemas – o problema de Deus, o problema de uma dúzia de coisas. Portanto, nossos cérebros estão condicionados, treinados, educados para viver com problemas. Fazemos isso desde a infância. O que sucede quando o cérebro é educado em problemas? Ele jamais pode resolver problemas; ele só pode criar mais problemas. Quando um cérebro treinado para ter problemas e viver com problemas, resolve um problema, na própria solução daquele problema ele cria mais problemas. Desde a infância somos treinados, educados para viver com problemas; portanto, estando centrados em problemas, não podemos jamais resolver problema algum completamente. Somente o cérebro livre, que não está condicionado a problemas, é que pode resolver problemas. É uma das nossas aflições constantes ter problemas todo o tempo. Assim, nosso cérebro jamais está quieto, livre para observar, para olhar. Então, estamos perguntando: “É possível não ter um problema sequer, mas enfrentar cada um que apareça?” Contudo, para compreender esses problemas e resolvê-los totalmente, o cérebro precisa ser livre.  


J. Krishnamurti
http://legacy.jkrishnamurti.org



AFLIÇÃO

“Acautelai-vos, para não perderdes o fruto de nossos trabalhos, mas, ao contrário, receber pela recompensa”  II João 1:8

Cada criatura retorna à Terra com a aflição que lhe diz respeito às lides regeneradoras.
Aflição que nos expressa o passado renascente ou nos define o débito atuante na Contabilidade divina.

Aqui, é a enfermidade, que o tempo trará inevitável, quando precisa, ao campo de nossos impulsos inferiores.

Ali, é a condição social, repleta de espinhos, em que se nos reajustarão as diretrizes e os pensamentos.

Acolá, é o templo doméstico, transformado em cadinho de angustiosos padecimentos, caldeando-nos emoções e ideias, para que a simplicidade nos retome a existência.

Além, é a tarefa representativa em que o estandarte do bem comum exige de nós os mais largos testemunhos de compreensão e renúncia, reclamando-nos integral ajustamento à felicidade dos outros, antes de cogitar de nossa própria felicidade.

Em toda parte, encontra a criatura a aflição quando vista por ensinamento bendito, propondo-lhe as mais belas conquistas espirituais para a Esfera superior.

Entretanto, se o caminho terreno é a nossa prova salvadora, somos em nós o grande problema da vida, uma vez que estamos sempre interessados na deserção do trabalho difícil que nos conferirá o tesouro da experiência.

Trânsfugas do dever, nas menores modalidades, achamo-nos sempre à caça de consolação e reconforto, disputando escusas e moratórias, com o que apenas adiamos indefinidamente a execução dos serviços indispensáveis à restauração de nós mesmos.

Saibamos valorizar a nossa oportunidade de crescimento para o Mundo maior, abraçando na aflição construtiva da jornada o medicamento capaz de operar-nos a própria cura ou o recurso suscetível de arrojar-nos os mais altos níveis de evolução.

Não bastará sofrer.

É preciso aproveitar o concurso da dor, convertendo-a em roteiro de luz.

Colocados, desse modo, entre as provações que nos assinalam a senda de cada dia, usemos constantemente a chave do sacrifício próprio, em favor da paz e da alegria dos que nos cercam, porque somente diminuindo as provações alheias é que conseguiremos converter as nossas em talentos de amor para as bem-aventuranças imperecíveis.


Autor: Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier
Livro: O Evangelho por Emmanuel: Comentários ao Evangelho Segundo João

https://www.diasdacruz.org.br

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