Translate

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

DEIXE ACONTECER


O Tantra diz: as coisas acontecem quando você não as espera, as coisas acontecem quando você não as força, as coisas acontecem quando você não está ansiando por elas.

Mas isso é uma consequência, não um resultado. E fique claramente consciente da diferença entre “consequência” e “resultado”. Um resultado é conscientemente desejado; uma consequência é um subproduto. Por exemplo: se eu digo a você que se você brincar, a felicidade será a consequência, você vai tentar por um resultado. Você vai e brinca e você fica esperando pelo resultado da felicidade. Mas eu lhe disse que ela será a consequência, não o resultado.
 
A consequência significa que se você está realmente na brincadeira, a felicidade acontecerá. Se você constantemente pensa na felicidade, então, ela tem de ser um resultado; ela nunca acontecerá. Um resultado vem de um esforço consciente; uma consequência é apenas um subproduto. Se você estiver brincando intensamente, você estará feliz. Mas a própria expectativa, o anseio consciente pela felicidade, não lhe permitirá brincar intensamente. A ânsia pelo resultado se tornará a barreira e você não será feliz.
 
A felicidade não é um resultado, é uma consequência. Se eu lhe digo que se você amar, você será feliz, a felicidade será uma consequência, não um resultado. Se você pensa que, porque você quer ser feliz, você deve amar, nada resultará disso. A coisa toda será falsificada, porque a pessoa não pode amar por algum resultado. O amor acontece! Não há motivação por detrás dele.
 
Se há motivação, não é amor. Pode ser qualquer outra coisa. Se eu estou motivado e penso que, porque desejo a felicidade, vou amá-lo, esse amor será falso. E como ele será falso, a felicidade não resultará dele. Ela não virá; é impossível. Mas se eu o amo sem qualquer motivação, a felicidade segue como uma sombra.
 
O Tantra diz: aceitação será seguida por transformação, mas não faça da aceitação uma técnica para a transformação. Ela não é. Não anseie por transformação - somente então a transformação acontece. Se você a deseja, seu próprio desejo é o obstáculo.

Osho
https://www.ippb.org.br 



Os Chamados do Universo

Os desastres, catástrofes, tragédias e choques em sua vida não foram erros, falhas ou punições do universo.

O universo não premia ou castiga – não usa as regras humanas dualistas. Estes momentos difíceis foram chamados para o despertar, e fizeram com que você desacelerasse, fizesse um balanço da sua vida, parasse de se distrair ou se fazer indiferente, e a fazer perguntas profundas e muitas vezes difíceis sobre a realidade. Fizeram com que você voltasse a focar naquilo que realmente importa, voltasse a a se comprometer com o seu caminho de curiosidade e interminável investigação da forma.

Sem os desafios que você experimentou, sem as crises que você atravessou, sem a dor que você sentiu, não haveria o real entendimento da impermanência das coisas, e de certa forma você ainda acreditaria que o ego era o imperador supremo.

A sua dor expôs as mentiras da supremacia do ego e da ilusão do controle. As suas lutas salvaram você de endurecer um sólido "eu", de torná-lo algo que você jamais seria.

Sob este prisma, não há erros, não há ‘problemas’, mas apenas desafios, chamados ao despertar e momentos de grande incerteza; apenas circunstâncias que estão desesperadamente ansiando por sua generosa atenção e amorosa presença.

Não existem aberrações em sua vida - apenas intermináveis oportunidades para colocar novo foco em seu caminho, para relembrá-lo com convicção de quem você verdadeiramente é, para viver esta preciosa e frágil vida momento pós momento, e submergir cada vez mais profundo em maravilha e gratidão.(...)

Nós nomeamos tudo, incluindo a nossa própria experiência íntima. 'Tristeza', nós dizemos. 'Raiva'. 'Medo'. 'Frustração'. 'Alegria'. 'Tédio'. 'Saudade'. Mas as emoções são apenas energias em movimento, e além dos rótulos conceituais, sem as palavras, nós realmente não temos nenhum meio de saber o que estamos vivenciando. Retire o rótulo da 'tristeza', e que é isso? Retire a descrição da 'raiva', e o que é isso?

Remover o conceito de 'tédio' e o que é essa nua e crua energia de vida que pulsa em você? Torne-se curioso. Permita que a sua experiência presente se torne totalmente fascinante.

Pare de chamar a energia de 'positiva' ou "negativa', 'claro' ou 'escuro", 'certo' ou 'errado', e o que sobra? Volte para as sensações do corpo. Vida nua e crua.

O palpitar do mistério. Formigamento, sensações vivas - irritação, tédio, entusiasmo, intensidade, oscilação - dançando na barriga, peito, pescoço, cabeça. Inseparáveis daquilo que você é. Íntimos. Sagrados. Tão presentes, vivos apenas neste momento.
 
Jeff Foster
http://mara-mariangela.blogspot.com 
 

Se não nomeássemos tudo que percebemos, tanto fisicamente como abstratamente, talvez compreendêssemos mais facilmente a vida. Se vivêssemos inteiramente cada momento que viesse, sem nenhum preconceito, sem nenhuma definição, talvez fôssemos mais soltos, desimpedidos, desobstruídos. Porém, nos apossamos de tudo que de nós se aproxima ao invés de somente apreciar... Como disse Osho: "O amor não está na posse, está na apreciação". Então, o que fizemos até agora?
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário