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quinta-feira, 21 de junho de 2018

O VERDADEIRO RESPEITO


Jesus diz: “Se alguém quer ser o primeiro, 
seja o último e servo de todos“.

Ele está simplesmente afirmando um fato: que aquele que compreendeu a feiura do ego, a feiura, a violência, o veneno da ambição – nessa compreensão tal indivíduo não competirá, ficará feliz onde estiver. E nessa felicidade, verá que Deus está em toda parte. E nessa experiência de Deus em toda parte, ele se tornará um servo.

Não que ele terá de praticar, não precisará buscar um lugar para onde ir ou como servir. Onde ele estiver, tudo é Deus, e o servo é a parte do todo. Não há um esforço deliberado para servir. O serviço vem quando você está em silêncio. O serviço flui de seu ser quando você está feliz, quando está tão pleno de energia que, ao surgir a necessidade, você serve.

Um cão está morrendo e você serve. Uma árvore está secando e ninguém lhe deu água; mas você lhe dá. E não finge nem se gaba de ter servido. Não sai clamando a todos: “Olhem que grande servo eu sou! Ajudei essa árvore a ficar verde de novo”. Não é essa a questão. Ao ajudar a árvore a ficar verde, você deixou sua própria vida verde também. É a recompensa, não há outra. Ao ajudar o cão moribundo, você ajudou a si próprio – porque tudo é um.

Quando você bate em alguém, está batendo em si mesmo. Quando mata alguém, está se matando – porque somos todos um. E quando você serve a si próprio, não há necessidade de se gabar. Você não se torna um grande missionário, um grande servo do povo, e coisas assim. Você não se torna ninguém, tudo ocorre naturalmente. Quando uma pessoa está feliz, sua compaixão é natural; por causa da felicidade, a pessoa é compassiva. […]

Observe uma flor, penetre fundo o coração da flor e tocará Cristo. E quando Cristo for tocado, aprofunde-se um pouco mais e tocará Deus.

Você pode tocar Deus em cada coração, em cada gota de água, em cada pedregulho, em cada pedra – Deus está em toda parte. E não se trata de ser o primeiro, e sim o último; é uma questão de se desprover do ego. Só assim você será capaz de respeitar uma criança, do contrário, respeitará um rei, não uma criança; respeitará um homem rico, não uma criança desamparada. Você alguma vez respeitou uma criança? Se não respeitou uma criança, não sabe como respeitar Cristo. Você dirá: “Para quê?”

Nós respeitamos as pessoas porque elas têm habilidades. Fulano é um grande pintor, e você o respeita. É um Picasso, e você o respeita. Por quê? Porque ele é famoso? Porque tem um ego muito famoso? Porque ele é alguém e você gostaria de ter uma ligação com ele? Esse homem é um grande músico, aquele é um grande poeta, aquele outro é um grande filósofo. Esse homem é um grande homem de Deus – um Cristo, um Buda. Você quer respeitá-lo porque gostaria de se aproximar dele. Se se aproximar dele, ficará satisfeito em seu ego. […]

Esse não é o respeito verdadeiro. O respeito verdadeiro não é pela fama, pelo nome; é algo totalmente diferente. Você respeita uma flor porque Deus está nela, plenamente vivo; respeita um pássaro porque Deus está nas asas dele; respeita uma criança porque nos olhos dela há inocência, os olhos dela são exatamente como os de Cristo. Você respeita os animais, as árvores, as pedras, porque Deus se oculta neles; a assinatura dele está em todo lugar.
 
 
Osho: “A flauta nos lábios de Deus: o significado oculto dos evangelhos”
http://www.melhorconsciencia.com.br
 
 

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