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segunda-feira, 12 de março de 2018

POEMAS DE OSHO
 
 
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano
ele treme de medo.
Olha para trás,para toda a jornada,
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso
através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é
do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece.
Porque, apenas então,
o rio saberá que não se trata
de desaparecer no oceano.
Mas tornar-se oceano,
Por um lado é desaparecimento
e por outro lado é renascimento.
 
 
Simplesmente olhe para a existência 
e a sua abundância.
Qual a necessidade de tantas flores no mundo?
Apenas rosas bastariam.
Mas a existência é farta – milhões e milhões 
de flores, milhões e milhões de pássaros, 
milhões de animais – tudo em abundância.
A natureza está dançando em toda a parte – 
no oceano, nas árvores. 
Está cantando em toda a parte:
no vento passando através dos pinheiros, 
nos pássaros.
Qual a necessidade de milhões de sistemas solares,
qual a necessidade de cada sistema solar 
ter milhões de estrelas?
Parece que não há necessidade, 
exceto que a abundância 
é a própria natureza da existência, 
que a riqueza é a sua própria essência, 
que a existência não acredita em pobreza.
Só o ser humano acredita em pobreza 
e por isso sofre . . .
Vive na inconsciência, completamente ignorante 
a respeito de sua origem divina.
Nasceu para viver na mesma abundância 
das flores, das plantas e dos pássaros.
É filho do infinito, mas se comporta como mendigo, encoberto pela própria escuridão.
Você não existe separado da natureza, 
somos um só.
Uma única energia.
Você é aceito por todo esse universo.
Deleite-se nele!
Você é aceito pelo sol, você é aceito pela lua, 
você é aceito pelas árvores, 
você é aceito pelo oceano, 
você é aceito pela terra.
O que mais você quer?
Assim como tudo na natureza, 
você é absolutamente sagrado!

 
 
Quando uma flor nasce no meio de uma selva,
ela não está preocupada se alguém vai passar 
por ali, ‘para conhecer a linda fragrância 
que ela está liberando’, 
ela simplesmente libera a fragrância. 
Se ninguém parar para sentir seu perfume, 
para apreciá-la, qual o problema? 
Ela desabrochou e simplesmente 
se rendeu ao universo.

 
 
É preciso coragem para ser simples.
A simplicidade possui sua beleza.
Quando se é simples,
se está completamente em harmonia 
consigo mesmo.
Não há conflitos dentro de você, 
não há divisões.
Ser simples é ser inteiro.

 
 
Se você atira uma pedra numa flor, 
nada irá acontecer à pedra, 
e a flor será destruída. 
Contudo você não poderá dizer 
que a pedra é mais poderosa do que a flor. 
A flor terá sido destruída 
porque ela possuía mais vida. 
E com a pedra – nada irá acontecer, 
porque a pedra é só um corpo bruto, 
matéria morta. 
A flor será devastada – irá se extinguir – 
porque a flor não possui 
força alguma de destruição. 
A flor irá meramente desaparecer 
e abrir caminho para a pedra. 
A pedra só tem poder de destruição 
porque ela é matéria morta, inanimada.


 
Minha mensagem é amor!
De certa forma, ela é muito simples, 
não tem a menor complexidade – nada de rituais, nada de dogmas, nada de filosofia hipotética.
É aproximação muito simples 
e direta em direção à vida.
A pequena palavra “amor” pode conter a vida.
Não importa quem você ama – 
é irrelevante saber a quem seu amor se dirige. 
O importante é que você deveria amar 
24 horas por dia, assim como respira.
Da mesma forma como a respiração, 
o amor não precisa de objeto.
Às vezes você respira perto de um amigo, 
às vezes ao lado de uma árvore 
e outras vezes enquanto nada numa piscina.
Do mesmo modo, você deveria amar.
O amor deveria ser 
seu centro interior de respiração, 
deveria ser tão natural quanto respirar.
Na verdade, o amor tem com a alma 
a mesma relação que a respiração 
tem com o corpo.
Quando há de fato amor, 
não importa quem ele alcance. 
Quando há amor, 
você ama a pessoa amada, 
mas não pode fazer um funil 
para que o seu amor só chegue a ela. 
O amor é um fenômeno que, 
quando acontece, 
vai além da pessoa amada 
e continua se estendendo. 
Ele se espalha para todos. 
É como uma ondulação no lago. 
 
 
 Osho
https://oshoemportugues.wordpress.com
 

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