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terça-feira, 6 de março de 2018

A MEDITAÇÃO NO BUDISMO


 
A técnica mais adequada para explorar a realidade interior, que o próprio Buddha praticou, é a técnica da respiração consciente. O praticante senta-se numa postura confortável e ereta, e fecha seus olhos. Deve estar num quarto quieto para que sua atenção não seja distraída.

Voltando-se do mundo exterior para o mundo interior, ele descobre que sua principal atividade é sua própria respiração. Então ele presta atenção nisso: a respiração entrando e saindo das narinas. Este não é um exercício de respiração; é um exercício de estar consciente. Não deve haver esforço para controlar a respiração, mas sim permanecer consciente dela como ela é naturalmente: longa ou curta, pesada ou leve, forte ou sutil.

Pelo tempo que for possível, a pessoa fixa a atenção na respiração, sem permitir que qualquer distração interrompa essa consciência. Logo descobrimos como isso é difícil. Assim que tentamos suprimir todos os pensamentos, mil pensamentos saltam para dentro da mente: lembranças, planos, esperanças, medos. Um desses pensamentos toma conta da mente e logo percebemos que esquecemos completamente sobre a respiração. Novamente recomeçamos com determinação renovada, e novamente após um curto período de tempo percebemos que a mente escapou sem notarmos.

Assim que a pessoa começa esse exercício, rapidamente se torna muito claro o fato de que a mente está fora de controle. Como uma criança inquieta que pega um brinquedo, e rapidamente se cansa dele e pega outro, e outro, a mente continua pulando de um pensamento a outro, fugindo da realidade.

Precisamos mudar esse hábito mental e aprender a permanecer na realidade. Começamos tentando fixar a atenção na respiração. Quando percebemos que a atenção se desviou, com paciência e calma a trazemos de volta. Falhamos, e tentamos novamente, e novamente. Sorrindo, sem tensão, sem desencorajar-se, continuamos repetindo o exercício.

A tarefa requer prática repetida e contínua, bem como paciência e calma. É assim que desenvolvemos consciência da realidade. Esta é a prática do aqui-e-agora, de estar consciente do momento presente.

Gradualmente, os períodos de esquecimento se tornam mais curtos e os momentos conscientes mais longos. À medida que a concentração se fortalece, começamos a nos sentir relaxados, felizes, cheios de energia. Pouco a pouco a respiração muda, se torna suave, regular, leve, superficial. Às vezes pode parecer que a respiração foi totalmente interrompida. Na verdade, o que acontece é que a mente se tornando tranquila, o corpo e seu metabolismo também se acalmam, e daí que menos oxigênio é necessário.

Nesse estágio, alguns praticantes podem ter experiências tais como ver luzes ou ouvir sons extraordinários, por exemplo. Em si mesmos, estes fenômenos não tem importância e não devem merecer muita atenção. O objetivo continua sendo estar consciente da respiração, qualquer outra coisa é distração.
 
 

Sri Goenka
http://yoga-ensinamentos.blogspot.com.br 



Respiração e Consciência

Buda usava a respiração para fazer duas coisas simultaneamente: Criar consciência, e outra, permitir que a consciência penetre até as células do corpo.
 
Ele disse: “respire continuamente”
 
Isso não significa fazer pranayama – trata-se apenas de fazer da respiração um objeto de consciência.
 
Não há nenhuma necessidade de mudar a sua respiração.
 
Deixe-a como ela é... Natural – não mude.
 
Mova-se com a respiração. Deixe sua atenção ficar com a respiração.
 
Não esqueça nem uma única respiração.
 
Ficar consciente da respiração significa que nenhum pensamento pode ser permitido, porque os pensamentos distrairão sua atenção.
 
Então, lembre-se da entrada e saída do ar.
 
 
Osho 
http://blogdoosho.blogspot.com.br

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