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quarta-feira, 28 de março de 2018

CULPA E SOFRIMENTO


Toda culpa acarreta uma pena — é esta a inexorável biologia do universo espiritual. Toda desordem tem de ser reintegrada na ordem por meio do sofrimento.
 
Se a desordem é prole dum gozo ilegal, só pode a ordem ser filha dum desgozo, dum sofrimento. Se o prazer ilegal macula, a dor redime.
 
Entretanto, como dizíamos, a finalidade da dor não se cifra nesse papel negativo, nesse pagamento de débito, nesse simples restabelecimento da ordem perturbada pela culpa. A dor tem também caráter de crédito, tem uma função nitidamente positiva e construtora — e é precisamente isto que dá conforto, coragem e serenidade a todo humano sofredor.
 
A dor, quando compreendida, é um poderoso fator de evolução rumo às alturas, é um veemente estímulo de progressiva espiritualização da vida.
 
Não afirmamos que a dor, considerada em si mesma, tenha caráter redentor, mas, sim, que Deus se serve do sofrimento para redimir o homem das suas misérias e imperfeições.
 
 
Do livro: “Por que sofremos” de Huberto Rohden
https://ihgomes.wordpress.com 
 
 

Sofrimento?

Se você não escapar, se você permitir que o sofrimento esteja lá, se você está pronto para enfrentá-lo, se você não está tentando de alguma forma esquecê-lo, então você é diferente. O sofrimento está lá, mas apenas em torno de você, mas não é no centro, é na periferia. É impossível para o sofrimento estar no centro, não é da sua natureza. Está sempre na periferia e você é o centro.
 
Então, quando você permitir que isso aconteça, você não escapa, você não corre, você não está em pânico, de repente você se torna consciente de que o sofrimento está lá na periferia, como se tivesse acontecendo com outra pessoa, não com você e você está olhando para ele. A alegria sutil se espalha por todo o seu ser, porque você percebeu uma das verdades básicas da vida, que você é a bem-aventurança e não o sofrimento. 
 
Osho, A Bird on the Win
 http://www.osho.com
 
 
 
O fim do sofrimento
 
Se você andar pela estrada, verá o esplendor da natureza, a extraordinária beleza dos campos verdes e os céus abertos; e ouvirá o riso das crianças. Mas apesar de tudo isso, há uma sensação de sofrimento. Há a angústia de uma mulher carregando uma criança; há sofrimento na morte; há sofrimento quando você vai atrás de alguma coisa e ela não acontece; há sofrimento quando uma nação decai, vai à falência; e há o sofrimento da corrupção, não só no coletivo, mas também no indivíduo. Há sofrimento em nossa própria casa, se você olha profundamente – o sofrimento de não ser capaz de se realizar, o sofrimento de sua própria insignificância ou incapacidade e vários sofrimentos inconscientes.
 
Há também riso na vida. O riso é uma coisa adorável; rir sem razão, ter alegria sem causa no próprio coração, amar sem querer algo de volta. Mas tal riso raramente nos acontece. Estamos sobrecarregados de sofrimento, nossa vida é um processo de miséria e disputa, uma contínua desintegração, e nós quase nunca sabemos o que é amar com todo nosso ser.
 
Queremos encontrar uma solução, um meio, um método para resolver este fardo da vida, e assim, nós nunca de fato olhamos para o sofrimento. Tentamos fugir através de mitos, imagens, especulação; esperamos encontrar algum meio de evitar este peso, de ficar longe da onda do sofrimento.
 
O sofrimento tem um fim, mas ele não acontece através de algum sistema ou método. Não existe sofrimento quando existe percepção do que é. J. 
 
 
Krishnamurti, The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org 

 

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