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quinta-feira, 29 de março de 2018

COMO ENCONTRAR O MESTRE


Informações Úteis Para 
Uma Busca Mais Eficaz

Desde os tempos mais remotos, o tema da busca do Mestre é visto como sagrado nas tradições orientais. Também no Ocidente, todo estudante místico busca um instrutor, um guia, um sistema seguro de orientação. A teosofia clássica, com sua pedagogia milenar, recomenda examinar com calma atenção a seguinte pergunta:
 
 “O que é exatamente, o Mestre a ser buscado?”
 
Em termos práticos, para um aprendiz dotado de bom senso, o Mestre é, fundamentalmente, o seu próprio eu superior.
 
Se o estudante não encontrar a luz em sua própria consciência, de nada adiantará buscá-la fora de si. Seguir esta ou aquela personalidade externa é quase sempre pior que inútil.
 
Em compensação, o aprendiz atento reconhece a todos como seus mestres. Quando alguém sabe aprender, ele aprende com tudo e com cada situação, e não alimenta dependência indevida em relação a qualquer fonte externa de saber.
 
O verdadeiro Mestre, por sua vez, ensina a aprender, e faz com que o aluno aprenda a aprender conscientemente, a partir da sua interação com todos os seres, inclusive aqueles que não são seus amigos.
 
O verdadeiro mestre é, pois, transcendente. Ele atua em cada aspecto da vida. O mestre dos mestres é nosso próprio eu superior, a voz da consciência, o centro de paz e a fonte de ética que há no âmago da alma. A função dos Mestres de Sabedoria que inspiram o movimento teosófico é apenas dar elementos para que os níveis superiores da inteligência humana sejam ativados com autonomia pela consciência de cada um.
 
Levando em conta estes pontos básicos, podemos observar e compreender melhor o seguinte trecho da literatura budista:
 
“Faze um pergaminho com tua pele esfolada,
Faze uma pena com teus ossos,
Faze tinta de teu sangue,
E escreve os ensinamentos do Mestre.” [1]

 
A imagem significa que, para trilhar o Caminho, é recomendável deixar de lado a comodidade e a preguiça que são típicas do eu inferior. Deste modo, poderemos expressar no plano físico a substância do plano espiritual.
 

NOTA:

[1] Do livro “Buda e o Budismo”, de Maurice Percheron, Editora Agir, RJ, terceira edição, 1994, p. 77.

 
 
Carlos Cardoso Aveline 
 http://www.filosofiaesoterica.com
 

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