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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

VEM, QUERO LHE CONTAR 
UNS SEGREDOS... 


Há um mar que não está longe de nós.
É invisível, mas não está oculto.
É proibido falar dele,
Mas, ao mesmo tempo,
É um pecado e um sinal de ingratidão
Não o fazer.


💓
 

Não quero contar o teu segredo.
Seria como contar um conto.
Em vez disso, vou desatar o teu nó,
Sem dizer uma palavra.


💓
 

Desperta. Já é dia.
É hora de beber o vinho da manhã,
É hora de se embriagar.
Abre os braços.
O belo Amado chegou.

Vem ver a vida magnífica, imortal.
Esta vida está isenta das inúmeras respirações.

Antes, a sorte costumava dar-nos cabo do juízo.
Já não é assim.
De agora em diante, Coração, és tu que dás cabo do juízo da sorte.
O céu, que tem centenas de luas, começa a girar.
Ah! Pobre céu. Não tens mais do que um dia de resplendor.

Este vaso da alma, que se converteu em morte para o anjo da morte,
Não produz ardor de estômago, nem vertigem, nem enxaqueca.

Basta. Guarda silêncio.
Se a Alma esvaziar os nossos perfis e formas,
Apresentará centenas de desculpas ao Belo. 


💓
 

O eu é um amigo,
Que não tem lealdade.
Separa-te do teu amigo.
Não faças deste falso
O teu confidente.

Ele derrama o vinho
E vende-te a vinha.
Não penses que esse cara de vinagre
é o copeiro ou o estalajadeiro.

Estamos no maravilhoso círculo dos ébrios
e o nosso copeiro não nos abandona.
Não sejamos sóbrios.

Não avises
Quando a Alma tomar a seu cargo a conversa.
Não fiques
Atrás da tela de palavras.


💓
 

Deixa as palavras.
Vê no espelho da Essência,
Pois todo o medo e suspeita
Vem das palavras.


💓
 

Não esperes. Mergulha no mar da exaltação.
Para o fazer, tens que sair de ti mesmo.
Mergulha neste mar.
Dar-te-á vida,
assim que te tenhas aniquilado.

Guarda silêncio.
Caminha até à Ausência pelo caminho silencioso.
Quando estiveres aniquilado,

 ter-te-ás convertido em puro louvor.


Rumi, do livro "Sabedoria do Silêncio"
 Mensagem recebida por email sem identificação da fonte

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