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sábado, 6 de janeiro de 2018


OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO
 
 
“…Considerai como crescem ao lírios do campo…” – Jesus (Mateus, 6:28)

 
“Olhai os lírios do campo …” – exortou-nos Jesus.

A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas sem compelir-nos à ociosidade.

O lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam; no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, na próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.

Não fiam nem tecem para mostrarem na formosura que os caracteriza; todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.

Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitem-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.

Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.

Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.

Evidentemente, nós, os espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.




Espírito: EMMANUEL

Médium: Francisco Cândido Xavier
 
 
 
Contemplai os lírios do campo como crescem...
 
Existe uma profunda atividade entre o homem espiritual e a natureza.
 
É que a natureza subconsciente opera diretamente a grande inteligência Cósmica da Divindade, ao passo que no consciente humano opera apenas a pequena inteligência telúrica.
 
A natureza, reflexo direto do espírito divino, não revela vestígios de cuidados, de afobação de nervosismo, não visa determinado resultado, mas procura realizar com a máxima perfeição cada uma das suas obras.
 
Em nossas selvas tropicais, desabrocham, cada dia, milhões e miríades de flores, prodígios de formas e cores - e morrem pouco depois para serem substituídas por outras maravilhas, sempre novas, através de séculos e milênios. Quem as vê ? Quem as admira ? Quem as aplaude ? Ninguém.
 
As maravilhas da natureza não nascem para ser elogiadas, não são belas para serem vistas - mas por causa da própria beleza. Toda sua razão de ser é intrínseca, não tem finalidade extrínseca.
 
Quando o homem ultrapassa a zona de sua consciência egoística e interesseira, e entra no universo de seu espírito cósmico e desinteressado, então, realiza, conscientemente, o que a natureza fez inconscientemente.
 
 
Huberto Rohden
 http://portalarcoiris.ning.com
 

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