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domingo, 15 de maio de 2016

A INTIMIDADE REQUER 
PAUSAS DE SILÊNCIO

Quando você começa a se sentir mais próximo de alguém surge uma intimidade, em tal caso até mesmo uma simples palavra que pronuncie é importante. Então você não pode brincar com as palavras com tanta facilidade, porque agora tudo tem significado. Portanto, haverá lacunas de silêncio.

A princípio você se sentirá estranho, porque não está acostumado ao silêncio. Você acha que deve dizer algo; do contrário, o que o outro irá pensar?

Sempre que você se aproxima de alguém, sempre que há algum tipo de amor, o silêncio vem e não há nada a dizer.

Na verdade, não há nada a dizer — não há nada. Com um estranho, há muito a dizer; com os amigos, nada a dizer. E o silêncio se torna pesado porque você não está acostumado com ele.

Você não sabe o que é a música do silêncio. Só conhece uma maneira de se comunicar, e essa é verbal, por intermédio da mente. Não sabe como se comunicar por intermédio do coração, coração a coração, em silêncio.

Não sabe como se comunicar apenas estando ali presente, por intermédio da sua presença.

Você está evoluindo e os padrões antigos de comunicação estão ficando insuficientes. Terá de desenvolver novos padrões de comunicação não verbal.

Quanto mais alguém amadurece, mais necessária é a comunicação não verbal. A linguagem é necessária porque não sabemos como nos comunicar. Quando sabemos como fazê-lo, pouco a pouco, a linguagem não é mais necessária.

A linguagem é apenas um meio muito primário. O meio verdadeiro é o silêncio

Quanto mais você medita, mais você ama e mais se relaciona. E, por fim, chega o momento em que apenas o silêncio convém. Assim, da próxima vez em que estiver com alguém e não estiver se comunicando com palavras, e sentir-se pouco à vontade, fique feliz.

Mantenha o silêncio e deixe que o silêncio estabeleça a comunicação.

A linguagem é necessária para aproximar pessoas com quem você não tem um relacionamento amoroso. A não linguagem é necessária para pessoas com quem você tem um relacionamento amoroso. É preciso tornar-se inocente outra vez como uma criança, e calado.

Os gestos sairão — às vezes vocês sorriem e dão-se as mãos, ou às vezes vocês apenas ficam em silêncio, olhando um nos olhos do outro, sem fazer nada, só estando ali, presentes.

As presenças se encontram e se fundem, e algo acontece que só vocês sabem. Só vocês, com quem está acontecendo — ninguém mais vai saber, tal a profundidade em que acontece.

Aproveite esse silêncio; sinta-o, prove-o e saboreie-o.

Logo você vai ver que ele tem a sua própria comunicação; que ela é maior, mais elevada, mais secreta e mais profunda.

E que a comunicação é sagrada; há uma pureza em torno dela.

 
Osho
 
 
 
 
"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração". Steve Jobs, como muitos outros, conheceu a morte antes que ela o surpreendesse, porém ele compreendeu o seu significado, que vai muito além do próprio ato de morrer. A linguagem do coração é silenciosa, as palavras sucumbem diante desse encontro. Então, é preciso morrer para o conhecido - as palavras - e abraçar a nova linguagem que vem do coração. Quando abraçamos realmente alguém, quando tocamos realmente as mãos do outro, quando olhamos realmente nos olhos de alguma pessoa, nós sentimos como se fôssemos um só, não necessitamos de palavras... Eu não consigo mais falar como antes, estava ficando curiosa comigo mesma... agora compreendo! KyraKally

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