EM TORNO DA PALAVRA
Mesmo que a razão esteja do teu lado, atente para a maneira com que possas estar expondo os teus argumentos.
Nunca fales de cima para baixo.
O Cristo, em muitas de seus sermões, assentava-se com o povo.
Não existe nada que te autorize, nem mesmo a Verdade, a humilhar, pela palavra ou pela ação, seja a quem for.
Esmera-te em ganhar almas pela tua capacidade de compreendê-las, e não em perdê-las pela tua intolerância.
Procura fornecer a quem te escuta um suprimento de esperança.
A vergasta verbal costuma fazer mais estragos que a chibata nos ombros.
Metade das palavras que os homens dizem aos homens poderia ficar sem serem ditas e não faria diferença alguma. A
outra metade que, por certo, é necessário dizer, deveria passar por um
processo de filtragem, que lhe eliminasse o excesso de personalismo.
O timbre de tua voz, mais que a tua erudição, é que fornece, a quem te ouça, notícias seguras a respeito de tua real sabedoria.
Caras belas no púlpito podem se traduzir por horríveis caretas sonoras.
Esmera-te tu mesmo a escutar o que dizes.
Como te soam aos ouvidos as tuas próprias palavras?!
Existem palavras que transpiram suavidade, e segundas e terceiras intenções, e até, por vezes, quartas e quintas...
Sussurros interesseiros.
Pronúncias tendenciosas.
Tons sibilinos.
Palavras perfumadas artificialmente.
Envergando talhados smokings gramaticais.
Palavras vazias de alma e vida.
“Sepulcros caiados por fora e cheios de podridão por dentro...”
Para muita gente, melhor seria não dizer o que diz da maneira com que diz – a carma da mudez, nem sempre, é o carma de quem se matou, mas, sim o carma de quem matou pela palavra.
Cuidado!
O verbo é força criadora por excelência.
Assim, o que estarás criando nas palavras aos outros?!
Não escravizes mentes e corações – liberte-os!
Seja
o teu falar sim, sim; não, não... Mas, ao dizer não, nunca o digas
entre sorrisos de sarcasmo, e, ao dizer sim, nunca o digas com exibição
de generosidade.
Aprimora o teu espírito e a tua voz há de soar com convicção aos ouvidos alheios.
Assim como existem almas que não correspondem ao corpo que ocupam, há palavras que, por sua sonoridade, traem a si mesmas.
Coloca amor nas tuas palavras e terás um jardim em tua boca.
INÁCIO FERREIRA
(Recordando instruções de Irmão José)
Uberaba – MG, 14 de dezembro de 2015.
Diz um antigo provérbio que 'você terá de suportar as consequências de tudo o que disser. O que você diz pode salvar ou destruir uma vida; portanto, use bem as palavras e será bem recompensado'. Emily Dickinson dá vida as palavras ao afirmar que 'a palavra morre no momento em que é proferida - dizem alguns. Eu digo que ela começa a viver naquele momento'. As palavras, no momento em que são ditas, ganham vida e vão cumprir seus objetivos, ou seja, o que lhes foi ordenado - tome o tempo quer for. Assemelham-se ao gênio da lâmpada. Então, sejamos cautelosos com elas, pois ao serem proferidas, são como setas disparadas, não há como voltar! KyraKally
Diz um antigo provérbio que 'você terá de suportar as consequências de tudo o que disser. O que você diz pode salvar ou destruir uma vida; portanto, use bem as palavras e será bem recompensado'. Emily Dickinson dá vida as palavras ao afirmar que 'a palavra morre no momento em que é proferida - dizem alguns. Eu digo que ela começa a viver naquele momento'. As palavras, no momento em que são ditas, ganham vida e vão cumprir seus objetivos, ou seja, o que lhes foi ordenado - tome o tempo quer for. Assemelham-se ao gênio da lâmpada. Então, sejamos cautelosos com elas, pois ao serem proferidas, são como setas disparadas, não há como voltar! KyraKally
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