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terça-feira, 13 de abril de 2021

DEUS E O SOFRIMENTO


Você não se lembra de Deus. Quando você está sofrendo, a sua lembrança de Deus é sem sentido.

Apenas porque você quer evitar o sofrimento, você se lembra de Deus como proteção. Você não está interessado em Deus, está interessado apenas em como evitar o sofrimento. É por isso que, quando você está feliz, esquece tudo sobre Deus.

Mas escute bem, só quando se lembra de Deus na felicidade é que há lembrança, caso contrário, não. No sofrimento todos se lembram de Deus – mesmo o ateu. É por isso que mesmo os ateus começam a ficar teístas quando envelhecem.

E na hora da morte quase todo ateu se torna um teísta – quando vem o sofrimento verdadeiro da morte, toda a sua filosofia do ateísmo desaparece. Mas isso não é oração verdadeira, autêntica, não é uma recordação autêntica.

As pessoas religiosas são aquelas que se lembram quando estão felizes, porque elas se lembram em gratidão. Quando você vê uma rosa, esse é o momento certo para se lembrar de Deus. A flor é motivo suficiente para se lembrar dele, uma indicação suficiente, uma causa suficiente, uma ocasião.

Quando você vê uma criança sorrindo, ou quando um pássaro voa no céu, quando está voando, ou o sol nascendo, ou uma estrela solitária de manhã está quase desaparecendo – se você sabe o que é beleza, você se lembrará de Deus nestes belos momentos.

Se você sabe o que é amor, se lembrará de Deus quando fizer amor. Se você sabe o que é alegria, se lembrará de Deus quando estiver cheio de alegria.

Estes são os momentos nos quais se agradece. E, depois, mesmo que se lembre dele no sofrimento, será uma lembrança verdadeira, caso contrário, não.

Se se lembrar apenas no sofrimento, você não se lembra de Deus – você simplesmente quer receber ajuda d´Ele. Você simplesmente quer usar a palavra “Deus”, quer usar Deus, só isso.

No sofrimento, sua lembrança não tem nada a ver com Deus. Abandone-a; ela não tem sentido. Comece uma nova abordagem. Quando você estiver cheio de alegria, dançando, cantando, então lembre-se!

Deixe Deus estar associado com seus momentos positivos. É daí que começará a ir fundo no seu coração. Deixe Deus ser não um caso triste, mas uma celebração. Deixe Deus ser uma bênção, uma graça divina.  
 
Osho
https://www.pensador.com


Que é o sofrimento? É um desejo contrariado. É querer que as coisas aconteçam conforme a nossa vontade, ou que as pessoas se comportem como desejamos. Quando isso não acontece, o desejo choca-se com a realidade, e desse encontro nasce o sofrimento. O problema todo está em insistir que aconteçam coisas diferentes da realidade. (Anthony de Mello)
 
Existem muitas variedades, complicações e graus de sofrimento. Todos nós sabemos disso. Você sabe disso muito bem, e nós carregamos este fardo pela vida, praticamente do momento em que nascemos até o momento em que vamos para o túmulo. Se dissermos que isto é inevitável, então não há resposta; se você aceita isto, então parou de investigar. Fechou a porta para mais investigação; se você foge disto, também fechou a porta. Você pode fugir para um homem ou mulher, para a bebida, distrações, várias formas de poder, posição, prestígio ou para o tagarelar interno sobre nada. Então suas fugas se tornam importantíssimas; os objetos para onde você voa assumem colossal importância. Assim, você fechou a porta do sofrimento também, e é isso que a maioria de nós faz. Ora, podemos nós interromper todo tipo de fuga e voltar para o sofrimento? Isso significa não buscar uma solução para o sofrimento. Existe sofrimento físico – dor de dente, dor de estômago, uma operação, acidentes, várias formas de sofrimento físico que têm sua própria resposta. Também existe o medo da dor futura, que poderia causar sofrimento. O sofrimento está intimamente relacionado com o medo, e sem a compreensão destes dois fatores principais na vida, nunca compreenderemos o que é ser compassivo, amar. Então uma mente interessada na compreensão do que é compaixão, amor e todo o resto, deve certamente compreender o que é medo e o que é sofrimento. (J. Krishnamurti)
 
Talvez nossos sonhos existam para serem quebrados, e os nossos planos estejam aí para se desintegrar, e nossos amanhãs estejam aí para se dissolver em hoje, e talvez tudo isso seja um convite gigante para acordar do sonho da separação, para despertar da miragem do controle, e abraçar de todo o coração o que está presente. Talvez tudo seja uma chamada para a compaixão, para um profundo abraço deste universo em toda a sua felicidade e dor e agridoce glória. Talvez nós nunca estivemos realmente no controle de nossas vidas e, talvez, estejamos constantemente sendo convidados a lembrar disso, pois estamos constantemente esquecendo. Talvez o sofrimento não seja de todo um inimigo, e em seu núcleo, há em primeira-mão, uma lição em tempo real que todos nós devemos aprender, se quisermos ser verdadeiramente humanos e verdadeiramente divinos. Talvez colapsos sempre contenham avanços. Talvez o sofrimento seja simplesmente um rito de passagem, não um teste ou uma punição, nem um sinal para algo no futuro ou passado, mas um ponteiro direto para o mistério da própria existência, aqui e agora. Talvez a vida não possa estar "errada" em tudo. (Jeff Foster) 
 
O sofrimento não quer que nós o observemos diretamente e vejamos o que ele realmente é. No momento em que o observamos, sentimos seu campo energético dentro de nós e desfazemos nossa identificação com ele, surge uma nova dimensão da consciência. Chamo a isso presença. Passamos a ser testemunhas ou observadores do sofrimento. Isso significa que ele não pode mais nos usar, fingindo ser nosso eu interior. Então, não temos mais como realimentá-lo. Aqui está nossa mais profunda força interior, Acabamos de acessar o poder do Agora.O que acontece ao sofrimento quando nos tornamos conscientes o bastante para romper a nossa identificação com ele? A inconsciência cria o sofrimento. A consciência transforma o sofrimento nela mesma. São Paulo expressa esse princípio universal de uma forma linda ao dizer: “Tudo é revelado ao ser exposto à luz e o que for exposto à própria luz se torna luz”. Assim como não se pode lutar contra a escuridão, não se pode lutar contra o sofrimento. Tentar fazer isso poderia gerar um conflito interior e um sofrimento adicional. Observar o sofrimento já é o bastante. Observá-lo implica aceitá-lo como parte do que existe naquele momento. (Eckhart Tolle)
 
É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior. (Mahatma Gandhi)

Seja o mais simples possível; você ficará surpreso ao ver como sua vida pode se tornar descomplicada e feliz. (Yogananda)
 

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