Translate

terça-feira, 27 de abril de 2021

AMOR-SABEDORIA, A ENERGIA 
QUE PERMEIA NOSSO SISTEMA SOLAR
 
Amor-sabedoria é a qualidade básica de um dos raios cósmicos mais essenciais para a vida nesta galáxia e neste sistema solar, o Segundo Raio. Essa energia sábia e amorosa – cuja expressão mais profunda é tão desconhecida e misteriosa – conduz a vida e os seres ao encontro dos mundos internos. A denominação amor-sabedoria explica-se pelo fato de existir ainda na mente humana diferença entre essas facetas da mesma energia, e o amor sem a sabedoria e a sabedoria sem o amor não serem completos.

Expressa-se nos seres como uma tendência profunda de união e de complementação. Porém, devido ao homem estar até hoje polarizado no nível sentimental e no instintivo, essa necessidade de integração não pôde ser por ele corretamente compreendida, resultando em sua canalização inadequada para fora de si, para outro ser, para uma situação, um objeto ou uma ideia.

Portanto, nesse caminho do amor pode-se ficar apegado a alguma etapa, exatamente por não se compreender o que subjaz ao impulso de união. Mas a sabedoria possibilita a serenidade e o desapego, bem como a certeza de que a verdadeira união virá sem que o indivíduo se preocupe com ela. A sabedoria traz essa compreensão e dissolve os ofuscamentos mentais que podem ocorrer durante o processo; traz ainda a sensibilidade superior, o conhecimento intuitivo da real necessidade dos semelhantes. O amor atrai e unifica; a sabedoria indica a direção a ser seguida. A sabedoria pertence ao coração e não à cabeça ou mente analítica; por meio da sabedoria “se compreende sem pensar”. No corpo físico, vincula-se à região cardíaca, que deveria estar desobstruída de ressentimentos e de mágoas para perceber com precisão o que o amor quer.

É fácil notar a presença do amor quando ele está vibrando sem sabedoria; nessas condições, ele se apresenta tingido por apegos humanos e possessivo. No entanto, quando os dois aspectos estão juntos, sua ação é tão desinteressada que o fato pode até passar despercebido para pessoas sem a devida percepção intuitiva. Com a presença da sabedoria, o amor se torna interno; e o amor com sabedoria geralmente não se impõe, sua atuação se dá num nível mais profundo, desaparecendo da vista superficial.

Aquele que ama com sabedoria não está interessado em demonstrá-lo, nem sente necessidade de ser compreendido. Isso decorre do próprio fato de ele estar vivendo a vida interior, estar sintonizado com a energia do coração.

A sabedoria, expressão pura do conhecimento direto da realidade, emerge do interior do ser, à medida que a consciência se expande. Decorre do contato com a fonte da sua existência e com a do universo. Está além da erudição, que em geral se constitui de informações adquiridas, mas não vivenciadas. Revela-se na vida. É harmonia; transcende opostos. É síntese. Fala tanto pelo silêncio quanto pela palavra. Tende a ser repudiada pelos que não a podem compreender, porém cura e transforma os que dela se acercam com humildade. A consciência humana penetra na luz da sabedoria, mas não toca a sua chama. Quanto mais avança, mais a sabedoria se aprofunda. A sabedoria é fruto da união do eu consciente com a essência do ser; nasce do amor à Verdade inexprimível e inconcebível.

A expressão pura do amor-sabedoria está sendo desenvolvida no sistema solar e, à medida que evoluímos, vamos inteirando-nos dela, sentindo-nos, com isso, cada vez mais realizados.
 
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br 
 
 
Preencha a sua vida com amor. Mas você dirá: ‘Nós sempre amamos’. E eu lhe digo que você raramente ama. Você pode estar ansiando por amor… e há uma vasta diferença entre os dois. Amar e necessitar de amor são duas coisas muito diferentes. A maioria de nós permanece como crianças toda a nossa vida porque todos estão procurando amor. O amar é uma coisa muito misteriosa: o ansiar por amor é uma coisa muito infantil. Crianças pequenas querem amor; quando a mãe lhes dá amor elas crescem. Elas também querem o amor dos outros e a família as ama. Então quando ficam mais velhas, se são maridos, querem amor de suas esposas; se são esposas, querem amor de seus maridos.
 
E qualquer um que quer amor sofre, porque o amor não pode ser pedido; o amor só pode ser dado. No querer não há certeza de que você o receberá. E se a pessoa de quem espera receber amor também espera recebê-lo de você, isso é um problema. Será como dois mendigos se encontrando e mendigando juntos. Em todo o mundo existem problemas maritais entre maridos e mulheres, e a única razão é que ambos esperam amor um do outro, mas são incapazes de dar amor.
 
Pense um pouco sobre isso – sua constante necessidade de amor. Você quer que alguém o ame, e se alguém o ama você se sente bem. Mas o que não sabe é que o outro o ama somente porque ele quer que você o ame. É exatamente como alguém jogando isca para peixe: ele não joga a isca para o peixe comer; a joga para fisgar o peixe. Não quer dar a isca para o peixe, somente o faz porque quer o peixe. Todas as pessoas que você vê amando ao seu redor estão somente jogando iscas para ganhar amor. Elas jogarão a isca um tempo, até que outra pessoa comece a sentir que há a possibilidade de ganhar amor desta pessoa. Daí ela também começa a demonstrar algum amor, até finalmente eles compreenderem que ambos são mendigos. Cometeram um engano: cada um pensou que o outro fosse um imperador. E com o tempo, cada um percebe que não está conseguindo nenhum amor do outro, e é quando a fricção começa.

Osho, The Path of Meditation
https://oshoemportugues.wordpress.com

 

Quando as coisas da mente não enchem seu coração, então existe amor; e só o amor pode transformar a loucura e a insanidade atuais no mundo – nunca sistemas, nunca teorias, nem da esquerda nem da direita. Você só ama realmente quando não possui, quando não é invejoso, não é ávido, quando é respeitoso, quando tem misericórdia e compaixão, quando tem consideração por sua mulher, seus filhos, seu vizinho, seus infelizes empregados.

Não se pode pensar sobre o amor, o amor não pode ser cultivado, o amor não pode ser praticado. A prática do amor, a prática da fraternidade, ainda está dentro do campo da mente, portanto, não é amor. Quando tudo isso tiver cessado, então o amor surgirá, e você saberá o que é amar.

J. Krishnamurti
http://legacy.jkrishnamurti.org 
 
 
São tantas barreiras, tantos conceitos, tantos tantos... Amemos com as nossas possibilidades, amemos com o que temos e, a medida que  mudamos, pois tudo é movimento e a nossa compreensão segue e se adapta às experiências da vida, então vamos amando cada vez mais e melhor. Creio que essa energia - amor - é espontânea e cada um ama a seu modo; mais e mais até atingir o núcleo, se é que existe... Como as palavras não conseguem expressar a Natureza Divina... apenas sintamos e extasiemo-nos diante de tudo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário