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terça-feira, 3 de novembro de 2015

O CULTO DAS COISAS
 
Cada decênio dos últimos cem anos, na atual humanidade, tem visto mais orgulho, porém menos reverência, mais informação porém menos sabedoria, e mais franqueza porém menos bondade que o decênio precedente.

A perda dessas qualidades deve ser chorada. Pagamos muito caro a substituição do culto de Deus pelo culto da Coisa. Porque possuímos o automóvel, o avião e a bomba atômica, pretendemos saber mais do que nossos antepassados.

Sabemos, de fato, mas só a respeito de coisas. Na realidade sabemos menos acerca de nós mesmos, acerca dos propósitos ocultos da vida, acerca do mundo da realidade interna. Fazemos tão pouco do que realmente importa, e tanto do que é relativamente trivial!

A amplitude do conhecimento entre os antigos filósofos era limitada, mas não o era a profundidade do pensamento. Dessa maneira foi possível aos místicos realizar o milagre de chegar, com um número menor de fatos à sua disposição, a conclusões supremas mais verdadeiras a respeito do universo do que nós, os modernos, assim como a um conhecimento mais exato do ser essencial do homem.

A ciência saiu a campo a pôs-se a investigar o universo em todas as direções, exceto uma – o próprio cientista! Tamanhas são a pressão e a tensão de nossa pretensa vida civilizada, que se torna cada vez mais difícil aos homens encontrar um pouco de tempo para examinar o próprio eu, e ainda mais para sondá-lo.
 
 
 
Paul Brunton 
 
 
 
 
"Jesus disse aos seus discípulos: "Olhai para os lírios do campo, como crescem; eles não trabalham, nem fiam contudo eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles." Qual é a beleza das humildes flores? Sua beleza está na total aceitação. Elas não têm um programa em seu ser para melhorar. Elas estão aqui e agora dançando ao vento, tomando banho de sol, conversando com as nuvens, dormindo no calor da tarde, flertando com as borboletas... desfrutando, sendo, amando, sendo amadas. ... E toda a vida começa a despejar sua energia dentro de você quando você está aberto. Então as árvores são mais verdes do que lhe parecem ser agora; então o sol é mais brilhante do que lhe parece ser agora; então tudo torna-se psicodélico, colorido. Do contrário, tudo perde a graça, torna-se insípido, melancólico e sem brilho". Não nos aceitamos, aí está a falha! Estamos aprisionados pelos condicionamentos que permitimos acontecer, então procuramos ser diferentes ou parecidos com o outro que nos ofusca o olhar e excita a inveja... Saímos em busca de mudança, que certamente está nas lojas, nos shoppings, nos cosméticos, nas cirurgias plásticas... É uma loucura: mente desorientada, olhos travados, ouvidos tamponados... Que Deus nos ajude a todos! KyraKally

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