LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS
As reminiscências das vidas anteriores se manifestam gradativamente e através de espontâneas associações de ideias, quando então certos acontecimentos da atual existência se afinam com alguns fatos semelhantes, já vividos no pretérito. Em tais momentos, as criaturas são dominadas por estranhas emoções e por efeitos misteriosos, que elas desconhecem em sua origem, mas "sentem" como exatos e vividos em outro tempo.
Assim é
que, para certas criaturas, os sons vigorosos e sonoros do bater dos
sinos, nos templos religiosos, podem associá-las inesperadamente a
quaisquer acontecimentos importantes que já viveram noutras
existências físicas e que se ligam a igrejas, catedrais, templos ou
festividades religiosas, que tanto podem ter ocorrido em Roma, Paris,
Budapeste ou Madri!
Doutra feita, os gritos, o vozerio e as imagens
das multidões desordenadas acordam então na memória astral cenas
idênticas, que se associam as lembranças subjetivas de movimentos
belicosos, rebeldias, chacinas ou revoluções em que também tomaram
parte em outras encarnações.
Da
mesma forma, o perfume de determinadas flores, ou de algumas ervas
odorantes e originais de países onde o espírito já viveu alguma
existência mais impressionante, no pretérito, podem associar-lhe
outros quadros importantes, embora não consiga defini-los com
perfeita nitidez. O sândalo da Índia, as margaridas do Egito, as
flores de cerejeira do Japão, os cravos da Espanha ou o almíscar da
Ásia podem transformar-se em súbitos élans, associando a
mente encarnada às paisagens ou às lembranças de acontecimentos
vividos outrora.
Em alguns
casos, as cúpulas de edifícios exóticos, as paisagens estranhas,
os filmes históricos, as músicas, canções, os vestuários ou os
costumes pitorescos de outros povos atiçam reminiscências
misteriosas na alma desprevenida, despertando-lhe a memória astral e
superativando a imaginação sensível.
Quantas
vezes encontrais criaturas que vos acordam lembranças ou reflexões
estranhas, sem que possais descobrir os verdadeiros motivos que vos
induzem a reconhecer, detrás daqueles corpos diferentes, alguém que
já amastes ou que então odiastes em outro tempo!
Há casos em
que o homem maltrapilho, feio e rude, que encontrais pela primeira
vez, consegue despertar-vos a simpatia que outro mais comunicativo e
afidalgado não logra obter de vossa afeição! Sem dúvida, no
primeiro caso é possível que estejais defrontando com o espírito
amigo do querido progenitor ou filho do passado, enquanto que, no
segundo, reconheceis no subjetivismo de vossa alma o adversário ou
algoz que vos causou dolorosas atribulações e desesperos em vidas
sucedidas anteriormente!
Ramatis
"Muitos espíritas questionam a Terapia de Vidas Passadas TVP dizendo ser “perigoso” recordar experiências de vidas passadas, pois consideram uma bênção o esquecimento do passado. Realmente, esse esquecimento é providencial, tem uma função, não é por acaso. A providência divina cria um mecanismo de defesa psíquica em forma de esquecimento (amnésia) das experiências traumáticas do passado, seja desta ou de outras vidas. Em outras palavras, aquilo que nos convêm a gente lembra; o que não nos convêm, ou seja, tudo aquilo que gera dor ao lembrarmos, reprimimos no fundo do inconsciente, procurando esquecer. Desta forma, existe um mecanismo interno de defesa psíquica que é acionado automaticamente sempre que algo ameaça a nossa integridade moral e/ou emocional. Mas, por outro lado, se não mexermos nas experiências traumáticas, fazendo o paciente revivê-las, ele nunca irá se libertar de seu passado. É como uma ferida purulenta. Se não a tratarmos, com o tempo, ela irá se agravando".( Texto extraído do Jornal Alternativo)
Creio que se fosse para lembrar, recordaríamos. A meu ver não se deve desvendar mistérios que ainda não estamos preparados para compreender. Certamente essas lembranças, se realmente forem necessárias para a evolução de cada um, surgem naturalmente e creio que serão prontamente entendidas pela pessoa que está a viver essa experiência, pois nada passa desapercebido pela Justiça Divina. KyraKally
Nenhum comentário:
Postar um comentário