COMO RECONHECER A INTUIÇÃO
Afogamos,
às vezes, uma intuição sob a força de nossas emoções, de nossos
preconceitos ou desejos, e nos lembramos disso em seguida, com
remorso, quando os acontecimentos demonstraram que ela era justa.
Sócrates
tinha inteira fé na intuição que ele chamava “seu demônio”, e
lhe obedecia. Assim ele a descrevia: “Vós me ouvistes falar de um
oráculo ou de um sinal que me vem. Eu o tenho ouvido desde a
infância. Este sinal é uma voz que me interdiz de fazer alguma
coisa de que tenha intenção. Até aqui este oráculo teve o hábito
de opor-se a mim, até em coisas insignificantes desde que fossem um
erro. Muitas vezes me faz parar no meio de um discurso; mas hoje não
manifestou oposição a nenhuma coisa que eu disse ou fiz. Que
explicação vejo aí? Vou dizê-la: considero certo tudo que
declaro, porque o sinal habitual já se teria manifestado se houvesse
agido pelo mal e não pelo bem.”
Emerson
disse: “Não pretendo receber ordens divinas nem de grande
revelação. Às vezes, porém, quando faço um projeto, quando penso
em uma viagem ou numa maneira de agir, descubro em meu espírito uma
espécie de oposição muda que me é impossível explicar; se não
desaparece, inclino-me e lhe obedeço.”
A
intuição é espontânea, involuntária. É uma voz que não se
ouve, mas se faz comumente ouvir justamente no momento em que ela é
verdadeiramente necessária e não somente quando é solicitada.
Algumas vezes vem guiar-nos, às vezes vem dizer-nos que renunciemos,
ou provoca uma brusca mudança de intenção, de opinião, de
julgamento ou decisão.
Paul Brunton
"Intuição vem
do latim intueri, e significa ver por dentro, ou ver de dentro ou até
contemplar o interior. Para muitos filósofos a intuição é um
entendimento imediato de algo sem apoio de uma dedução ou da razão, a
partir de uma introvisão, revelada por um insight, um vislumbre, uma voz
ou uma vibração corporal. Ralph Waldo Emerson diz que nós temos dois tipos de tuições, ou meios de
conhecimento. A extuição, que é o conhecimento externo e a intuição,
que é uma sabedoria interior que expressa e orienta a si mesmo". "Somos educados
para duvidar de nós mesmos, ignorar a intuição e
procurar fora de nós a validação de virtualmente
tudo o que fazemos. Somos condicionados a achar que as outras pessoas
conhecem melhor a verdade sincera e podem dizê-la mais claramente
para nós do que jamais poderemos fazê-lo". Não conseguimos ser intuitivos porque existimos no barulho da mente e dos condicionamentos. Quando conseguirmos ficar mais quietos, quer seja através da meditação ou da reflexão, ou de momentos silenciosos vividos em solidão, então estaremos preparados para perceber as intuições, que na maioria das vezes veem através de insights e só podem ser compreendidas no silêncio do ser. Todas as coisas que desejamos obter só conseguimos através da perseverança. KyraKally
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