A ATRAÇÃO MAGNÉTICA
DO EU SUPERIOR
DO EU SUPERIOR
A
parte do ser humano que permanece no céu é o Eu Superior. A parte
que desce (encarna) para sofrer e lutar na Terra é a personalidade.
Ambos estão indissoluvelmente ligados, embora a ignorância só veja
a pessoa.
O
divino Eu Superior, que habita no coração do ser humano, não o
persegue no sentido em que uma criatura apaixonada persegue o objeto
de sua paixão. Mas também não se deixa ficar alheio e indiferente.
Permanece sereno, no coração, esperando para saudar-lhe o regresso
(após muitas reencarnações, talvez), sabendo que seu poder de
atração magnética o atrairá, e que a instrução e o sofrimento
acabarão por fazê-lo cônscio de sua presença.
A
paciência é incomensurável exatamente porque o amor é
incomensurável. O amor divino só é limitado pela compreensão e
receptividade do ser humano. E por ser um amor incrivelmente paciente
não o obrigará a desvencilhar-se da sua escravidão às atrações
terrenas.
A
única coisa que se pede a toda pessoa é que se volte, mude a
direção de sua visão e encare o Eu Superior. Assim que o homem
tiver descoberto essa presença, sentido essa inspiração,
capitulado diante desse poder, este o conduzirá serenamente através
de todas as dificuldades e todas as crises, de todas as vergastadas e
convulsões que a vida possa trazer-lhe (em razão de seu karma).
E
compreenderá, com o tempo, que este é o propósito para o qual veio
ao mundo (conhecer o Eu Superior).
A ESPIRAL DO PROGRESSO ESPIRITUAL
O
homem não evolui passando calmamente, numa linha ascendente direta,
de um ponto inferior para um ponto superior. Ele evolui arrastando-se
ao longo de um caminho tortuoso e espiralado, que sobe e desce e dá
voltas em torno de si mesmo.
O
progresso espiritual, mental e moral é ziguezagueante. Efetua-se o
desenvolvimento através de uma espiral de subidas e descidas
finalmente ascendente. A cada fluxo que avança, toca um ponto além
do ponto máximo anterior, e a cada refluxo, não volta tanto quanto
no refluxo anterior. O ciclo parece girar sobre si mesmo, mas é na
realidade uma espiral ascendente.
Desse
modo segue a evolução, da vida celular aos seres celestiais; cada
fase do desenvolvimento é finalmente seguida de sua fase
complementar de desintegração e colapso. O progresso é
intermitente, resultado total de uma longa série de triunfos e
reveses.
Em
certos momentos as criaturas se precipitam num abismo de dor e
sofrimento, mas apesar disso a jornada espiritual da humanidade é
essencialmente progressiva. Cada subida do arco cíclico da evolução
é mais alta que a anterior.
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