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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A ATRAÇÃO MAGNÉTICA
DO EU SUPERIOR
 
A parte do ser humano que permanece no céu é o Eu Superior. A parte que desce (encarna) para sofrer e lutar na Terra é a personalidade. Ambos estão indissoluvelmente ligados, embora a ignorância só veja a pessoa.

O divino Eu Superior, que habita no coração do ser humano, não o persegue no sentido em que uma criatura apaixonada persegue o objeto de sua paixão. Mas também não se deixa ficar alheio e indiferente. Permanece sereno, no coração, esperando para saudar-lhe o regresso (após muitas reencarnações, talvez), sabendo que seu poder de atração magnética o atrairá, e que a instrução e o sofrimento acabarão por fazê-lo cônscio de sua presença.

A paciência é incomensurável exatamente porque o amor é incomensurável. O amor divino só é limitado pela compreensão e receptividade do ser humano. E por ser um amor incrivelmente paciente não o obrigará a desvencilhar-se da sua escravidão às atrações terrenas.

A única coisa que se pede a toda pessoa é que se volte, mude a direção de sua visão e encare o Eu Superior. Assim que o homem tiver descoberto essa presença, sentido essa inspiração, capitulado diante desse poder, este o conduzirá serenamente através de todas as dificuldades e todas as crises, de todas as vergastadas e convulsões que a vida possa trazer-lhe (em razão de seu karma).

E compreenderá, com o tempo, que este é o propósito para o qual veio ao mundo (conhecer o Eu Superior).
 
 
A ESPIRAL DO PROGRESSO ESPIRITUAL
 
O homem não evolui passando calmamente, numa linha ascendente direta, de um ponto inferior para um ponto superior. Ele evolui arrastando-se ao longo de um caminho tortuoso e espiralado, que sobe e desce e dá voltas em torno de si mesmo.

O progresso espiritual, mental e moral é ziguezagueante. Efetua-se o desenvolvimento através de uma espiral de subidas e descidas finalmente ascendente. A cada fluxo que avança, toca um ponto além do ponto máximo anterior, e a cada refluxo, não volta tanto quanto no refluxo anterior. O ciclo parece girar sobre si mesmo, mas é na realidade uma espiral ascendente.

Desse modo segue a evolução, da vida celular aos seres celestiais; cada fase do desenvolvimento é finalmente seguida de sua fase complementar de desintegração e colapso. O progresso é intermitente, resultado total de uma longa série de triunfos e reveses.

Em certos momentos as criaturas se precipitam num abismo de dor e sofrimento, mas apesar disso a jornada espiritual da humanidade é essencialmente progressiva. Cada subida do arco cíclico da evolução é mais alta que a anterior.

 

Paul Brunton

 

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