O PRESÉPIO NA ALMA DE CADA UM
A essência do Natal não pode ser encontrada
no mundo externo
A celebração do amor universal acontece pouco antes de virar – mais uma vez – a página sagrada do ciclo de doze meses do Livro da Vida.
A verdadeira celebração do Natal ocorre no coração humano, e é lá onde se encontra a mais importante das manjedouras. No coração nosso “eu” mais elevado vive e renasce. A experiência é iniciática. Cada elemento da manjedoura externa pode ser reconhecido como um símbolo do Caminho para a Sabedoria.
As condições do inverno no hemisfério norte correspondem ao processo de testes e testes que precede a iniciação. As ovelhas representam a suavidade de alma necessária para transcender as dificuldades externas.
O burro significa humildade e serviço altruísta, que compensam e reduzem alguns sofrimentos da vida. A cabra é um símbolo da persistência necessária para subir às alturas do espírito imortal.
As fracas chamas acesas ao redor do recém-nascido são as luzes da alma espiritual, sempre precária no meio da noite do materialismo e da ignorância. Os pais da criança e as demais crianças presentes representam a humanidade. O galo anunciará o novo dia.
A vaca, frequentemente presente na cena, representa a Vida como um todo e por isso é sagrada na Índia. A estrela no céu, brilhando acima da manjedoura, representa o Atma (espírito) e a Lei Universal. Toda a cena constitui um estudo de comunhão ou unidade na diversidade. Este é um dos temas centrais das grandes iniciações.
Todos os anos, nascemos no Natal para voltar a viver melhor no Ano Novo. Ao longo deste e de outros ciclos, aprendemos a existir em unidade consciente com a nossa Estrela invisível no céu.
Carlos Cardoso Aveline
https://www.filosofiaesoterica.com
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