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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

O MISTÉRIO DA CRUZ   
NA ATUAL TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
 
Parte Segunda
 
 O sepultamento: uma nova oportunidade para os que se calaram.
 
José de Arimateia, membro ilustre do conselho que condenou Jesus, mas que não concorda com essa decisão, ocupa-se do sepultamento do corpo de Jesus em um sepulcro novo.
 
Os puros e os inocentes, os que souberam manter acesa a sua luz, não temem a aproximação da noite: mesmo em meio às trevas podem encontrar o Caminho. Pouco verão ou participarão dos momentos mais agudos da transição planetária, do auge dos conflitos e do caos que assolarão a superfície da Terra. Compreenderam e seguiram a indicação de Cristo: "O que beber da água que Eu lhe der, jamais terá sede; a água que Eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna". (João 4,14)
 
Mas há também aqueles que não consolidaram sua opção pela vida do Espírito a ponto de isentarem-se da participação nesses momentos finais. Esses seres, que foram chamados, escutaram, pretenderam responder, mas não consumaram sua resposta, terão ainda uma nova oportunidade, ofertando-se para o serviço evolutivo nesses momentos de aguda necessidade. Como toda luz que se acende, em qualquer tempo, sempre irradia sua claridade, também esses chegarão ao seu destino de paz.
 
Para que certos processos de purificação, de transmutação e transubstanciação possam ocorrer na própria constituição da matéria planetária, é preciso que se façam em total resguardo de influências humanas: dão-se silenciosamente no interior dos seres e apenas revelam-se quando já estão consumados em certo grau (como por exemplo a implantação do novo código genético e a introdução de sementes de novos órgãos do corpo físico). Esses processos estão em Transubstanciação*. (*Termo que estamos empregando para o processo oculto de liberação da energia interior imanente a toda vida manifestada, processo que conduz a vibração das partículas que a compõem a um nível mais elevado.) andamento na atual transição e são realizados por Consciências intergaláticas na parcela salvável do contingente planetário; mesmo que auxiliados por devotados servidores, desenvolvem-se longe dos olhos do mundo.

Os sacerdotes enviam guardas para vigiar o sepulcro. 

Ainda que na atual transição a maior parte das forças involutivas sejam expulsas do planeta, algumas delas permanecerão. O montante de forças do mal presente num planeta depende do grau evolutivo do Logos que o rege, o que se reflete na humanidade que o habita. 

A Terra, como consciência, está passando pela Quarta Iniciação cósmica. Por analogia às Iniciações vividas pelo homem, sabe-se que nesse ponto ela está adquirindo controle sobre as forças materiais dos subníveis mais densos, controle que se consumará apenas na Quinta Iniciação. 

Portanto, o grau evolutivo daqueles que povoarão a Terra na etapa vindoura ainda comportará certo envolvimento com forças obscuras — a humanidade, como um todo, terá atingido a Primeira Iniciação, e enquanto não se libertar totalmente desse envolvimento, tais forças serão naturalmente atraídas para a órbita terrestre. Isso ocorre por Lei, a Lei da atração magnética. 

Mesmo assim, os processos de purificação, de transmutação e de transubstanciação que hoje ocorrem preparam o nascimento de uma nova Terra, que responderá aos desígnios dos Conselhos* (* Conjunto de Consciências elevadas, que conduz a evolução num determinado âmbito. É um prolongamento da Regência central daquele âmbito, um núcleo de suporte para a delegação das tarefas designadas por ela.) da fase vindoura. Enquanto os referidos processos ocorrem ocultamente no âmago dos seres e da própria substância dos níveis de consciência materiais, as forças involutivas vigiam; nesse âmbito, porém, elas não podem interferir.

A ressurreição: o novo tempo prenuncia-se.

Passados três dias do sepultamento, Maria Madalena e algumas outras mulheres dirigem-se ao túmulo de Jesus e encontram-no aberto; um anjo avisa-lhes que Jesus ressuscitara. 

Pouco compreendida foi a afirmação: "se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos". (João 6,53) Com a encarnação do Cristo há dois mil anos, a energia do Amor cósmico, ou energia crística, penetrou nas esferas materiais, atingindo até os seus mais densos níveis, o que aumentou grandemente a capacidade de a vida de superfície da Terra responder aos impulsos solares e cósmicos. Não fosse isso, o planeta não poderia prosseguir em sua trajetória evolutiva. 

À parcela material resistente ao contato com impulsos superiores, Jesus dirigiu as palavras: "Vim em nome de Meu Pai, mas não Me recebeis". (João 5,43) Aos que acolheram esses impulsos foi dito: "Conhecereis o Espírito de Verdade, porque (ele) habitará convosco e estará em vós". (João 14,17) 

Durante a atual transição planetária, a energia crística volta a permear o planeta de maneira especial, e ressurgirá ainda mais claramente do que o fez até agora. Conforme anunciado, "como um relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do homem no seu dia". (Lucas 17,20)

A nova vida já se prenuncia no planeta, e pode ser percebida por muitos seres resgatáveis. Caracteriza-se pela energia feminina,*
(*Energia feminina. A energia em si é neutra, porém quando se manifesta na vida física cósmica ela pode assumir qualidade receptiva (feminina) ou  criativa(masculina). A Terra atualmente ingressa em uma fase na qual a energia feminina caracterizará seus processos evolutivos pelo livre contato com os anjos criadores. Não tarda o dia em que haverá mais luz no céu, e em que este será mais que um firmamento, pois os horizontes terão se elevado e os homens traspassado os véus que os separam da Verdade e da Vida. Porém, antes que essa etapa de maior claridade possa instalar-se na superfície do planeta, será preciso completar-se o ciclo de transição, que inclui as fases de purificação e harmonização.

Jesus aparece ante Maria Madalena, revelando-lhe que se elevava ao Pai. 

No decorrer da rearmonização do planeta, a qual contará com a atuação de hostes espirituais e divinas, estará sendo equilibrada a parcela mais densa dos débitos cármicos da Terra para com o sistema solar e o cosmos. Para que essa rearmonização possa se dar na intensidade necessária, será preciso que toda a humanidade seja retirada da superfície planetária. O destino de cada ser já está definido, as opções foram feitas, e seja qual for o caminho tomado, estará sempre sob a proteção do infinito amor cósmico. Como disse Cristo: "Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vô-lo teria dito. Vou preparar o lugar para vós. E depois que eu tiver ido e vos tiver preparado o lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo para que, onde eu estiver, estejais também vós". (João 14,3)

Os filhos da nova Terra poderão reconhecer-se como filhos do Sol, e as fronteiras que antes os circunscreviam aos limites planetários expandir-se-ão à vida solar. (continua...)

Do livro "O Mistério da Cruz na atual Transição Planetária",  de José Trigueirinho Netto

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