A HORA JÁ SE APROXIMA...

Hoje meus pés tocam esta Terra,
uma gota de meu rosto se derrama,
Meu suspiro se acrescenta,
Minha dor não se acalma,
Minha tristeza se lança,
Meu amor tudo transforma.
 

Minhas colheitas não aparecem, 

as luzes, já se apagam;
Meus anúncios já não plenificam,
os prediletos se asseguram,
o canto vivo da Graça Providenciada 

já não preenche.
 

Meu coração se quebra ainda mais pela
obscuridade que avança,
Minha Luz se multiplica naqueles 

que já não se amedrontam,
Meu corpo glorificado derrama 

suas últimas Graças,
Minha transmutação se acelera, 

mesmo nos que se calam,
Minha irradiação já não alcança 

a órbita planetária,
Meus soldados já não me esperam 

em vigília, não avançam!
 

A hora já se aproxima
e ainda os corações clamam
por desejos e motivos
que neste tempo mudam;
as honras e a homenagem
são a grande janela,
que em porta se convertem
ao desespero que avança.
 

A dor, a culpa e a ira
são colunas glorificadas
pelo homem e a mulher,
que hoje só fingem esperanças.
O soldado e a oração não se unem 

numa grande batalha,
porque o medo e a distância 

em suas mentes se disparam.

 

 

Segunda Profecia de Mainhdra

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