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domingo, 12 de abril de 2020

- REVENDO ANTIGAS POSTAGENS -

  OS CAMINHOS DA ALMA



Ensinamentos do Mestre Espiritual White Eagle
 
A alma do homem enceta o seu caminho secular de desenvolvimento quando inicia a vida na matéria física. A alma nasce com a primeira apresentação na vida do espírito como manifestação física, não à centelha divina que já vivia muito antes do nascimento da alma. Nessa ocasião é um pequenino bebê, que, por muitas vidas, continua sendo uma criança, trilhando o caminho sob orientação e com a ajuda daqueles que são encarregados dela.

Vem depois o momento em que ela passa da infância para a idade adulta e vê, pela primeira vez, a luz que deverá guiá-la ao longo da estrada. Ao passo que antes a alma caminhava na ignorância e no escuro, agora avista o caminho que se desenrola à sua frente, conscientiza-se dele. Assim que toma consciência do caminho, torna-se responsável e põe-se a trabalhar com afinco. Quem rejeita a responsabilidade, quem volta as costas para a luz que avistou, sofre, porque está infringindo uma lei divina.

Embora se esforce para proceder direito, o homem sente como se estivesse no meio de um nevoeiro; vê-se como atirado contra pessoas e problemas humanos e, então, dificuldades espirituais começam a amontoar-se, até que ele já não sabe para onde voltar-se ou o que fazer. Quando uma alma sai, consciente, para seu caminho, perseguem-na provações e privações – tristezas, problemas, dificuldades e, durante algum tempo, tudo parece confuso.
 
Nesse momento surge a tentação de jogar tudo para o alto: “Estou farto e cansado dessa luta. Eu estava muito melhor quando vivia apenas no mundo exterior.” Esse é o momento da opção, em que vocês precisam decidir “continuar no caminho”, serenamente, com fé e confiança completas no amor de Deus, pois como disse o próprio Jesus: “Não sabeis nem o dia nem a hora em que virá o Filho do homem.”

Ninguém pode dizer que este ou aquele caminho é certo. O caminho seguido por uma pessoa depende inteiramente da sua alma; da experiência obtida em encarnações anteriores e do carma que ela precisa resolver. O carma terá de ser resolvido num certo caminho e cada qual terá de seguir a sua estrada individual de treinamento.

Não basta, porém, conhecer coisas com a mente, pois um conhecimento desse tipo pode ser muito limitado. O conhecimento espiritual resulta da absorção e digestão, pela alma, da verdade espiritual e da aplicação das simples leis espirituais à vida diária. Tudo depende da sinceridade e da pureza da vida interior e a resposta da alma às vibrações mais sutis dos mundos celestiais.

A lição que cada alma precisa aprender é comum a toda a humanidade, embora seja apresentada à alma individualmente e de forma única. Vocês não aprendem com a experiência de seus irmãos, nem eles com a de vocês; tampouco compreenderão plenamente as experiências alheias enquanto não tiverem passado por elas. Toda alma tem de enfrentar os mesmos problemas, aprender as mesmas lições; mas as suas experiências são únicas porque foram sofridas em um conjunto diferente de circunstâncias e, portanto, nunca serão iguais às do vizinho.

Perdem a paciência e exclamam: “Não posso compreender por que alguém faz isso, aquilo ou aquilo outro...” Mas procurem lembrar-se de que todos provêm de Deus, são todos da mesma substância e todos passam por dificuldades, provações e tentações, exatamente como vocês. Para percorrer o caminho sem se desviar precisam estar preparados para passar por lugares escuros e por lugares ensolarados, sem esquivar-se às suas obrigações, ou de ressentir-se dos sucessos difíceis.

Esses caminhos são a própria essência da evolução espiritual, da senda mística que todos precisam percorrer a caminho do Templo da Grande Luz .

Vemos, então, esse filho de Deus, expirado pelo Deus Paterno e Materno descendo pelas esferas mais elevadas da vida, para habitar em forma, a matéria mais densa.
 
Quando deixa pela primeira vez, a sua casa, a criança pertence muito mais ao mundo celestial, mas desde o primeiro contato com a vida no plano físico, tece o seu traje anímico. No princípio, a jovem alma talvez fosse mais aberta, mais receptiva à influência dos professores vindos dos reinos superiores.

Ao descer, porém, e ao se vestir mais completamente com trajes densos, o espírito inferior fechou-se mais, os sentidos tornaram-se mais obtusos e, assim, se viu incapaz de perceber a influência dos mundos superiores.
 
Nesse estado vemos o homem na prisão, amarrado e de olhos vendados – estado em que poderá ficar durante muitas encarnações. Observamos a jornada pelos séculos afora e vemos a alma passando por difíceis experiências terrenas, entretanto percebemos também que, em cada vida, a luz é absorvida.

Enquanto viaja, no devido tempo e na devida ordem, o homem capta um vislumbre, a distância, de uma cruz erguida diante do céu. A humanidade, a mente terrena vê nessa imagem um símbolo do sacrifício de Jesus, mas isso não é tudo.
 
A cruz é um símbolo secular que todos veem em certa fase da evolução espiritual; um símbolo que se encontra na história de todas as raças, de todas as civilizações – o símbolo externo de uma experiência interna, a experiência da rendição, da completa abnegação de si.
 
A cruz é um símbolo da vida, mas da vida conquistada através da morte – da morte não do corpo físico, mas do denso eu inferior. A cruz simboliza a renúncia à natureza inferior, o abandono do desejo pessoal, a completa rendição à vontade de Deus e a resposta à inspiração do amor e da fraternidade.

Uma das principais lições do caminho é o do discernimento – discernimento entre o falso e o verdadeiro, entre o real e o irreal, entre o certo e o errado; discernimento também entre os impulsos do Eu superior e os do eu inferior. Ninguém pode ensinar-nos nem dar-nos o divino atributo do discernimento, que só se obtém por intermédio da experiência e da meditação.

Ao ajudar os outros, como ansiamos fazer, tirando-lhes o próprio fardo, fardo esse que certamente o impulsionará a chegar mais perto de Deus. “Ajudem-no a pescar, orientando-o no ato da pescaria, porém não lhes dê o peixe.” Tampouco lhes dê coisas que só o satisfarão momentaneamente.
 
Ao mesmo tempo precisam aprender a não se arvorar em juízes uns dos outros. Não podem julgar, pois não conhecem a história anterior do objeto do julgamento, não conhecem o carma que o faz agir como age, não podem perceber que ele talvez seja um instrumento dos Grandes Senhores do Carma.
 
O homem não tem, numa vida, toda a medida de livre-arbítrio que vocês, às vezes, lhe atribuem. A alma está colocada em certas situações em sua vida física com circunstâncias que surgem continuamente e lhe darão oportunidades de servir à grande lei.

O livre-arbítrio está na reação da alma; na sua aceitação carinhosa das condições que lhe foram dadas, e no esforço por fazer o melhor possível. Essa alma pode falhar – e invariavelmente falha, e falha muitas vezes.
 
Não julgue!

É difícil para vocês compreenderem isso.

Mas parte da lição do discernimento consiste em aprender a diferenciar as leis dos homens da lei de Deus, entre a vida interior e a vida exterior.

Precisamos aprender a encarar cada problema à luz da lei espiritual e à luz do amor. Rezemos por uma compreensão maior da lei e do amor de Deus.

A alma que quiser receber a cruz de luz, que desejar carregá-la dentro do coração, deve ter aprendido a lição do discernimento e da rendição completa do eu inferior ao divino; e quando se trata de colocá-la em prática na vida diária, essa é uma das mais difíceis lições que o homem precisa aprender.

Depois da cruz de luz vem a aceleração do coração do amor. Das cinzas da natureza inferior surge o coração de ouro do puro amor. Não do amor que procura o seu; mas do amor que se dá universalmente à vida. Esse é o passo seguinte do caminho.
 
A qualidade da consciência da alma, que se desenvolve em resultado da experiência humana, não se obtém numa breve encarnação; nem uma série de encarnações se esgota numa única lição. Geralmente, numa encarnação, se aprendem muitas lições e se adquirem muitos atributos desejados.

Pense na evolução espiritual como se se tratasse de um procedimento mais perfeito... Usam-se as peças e fragmentos de vida e juntam-se de um modo indescritivelmente fascinante, a fim de aperfeiçoar o modelo da vida do homem na Terra.

E ao nosso Deus Paterno e Materno rendemos  todas as homenagens e toda a adoração: nosso coração está cheio de gratidão pela visão do Mundo de Ouro e pelas oportunidades de servir a Deus e ao homem. A paz e o amor do Grande Espírito estarão sempre conosco.
 
Amém!
 
Copiado do livro "O Desenvolvimento Espiritual", White Eagle

WHITE EAGLE foi um mestre espiritual que viveu neste planeta como Chefe índio Americano, um Tibetano, um Faraó Sacerdo­te Egípcio, e em muitas outras situações.
 
Jesus disse: "O Pai e Eu somos um". "White Eagle afirma que esta é a fonte do poder e da cura. Se caminharmos bem próximos de Deus, o poder da cura jorrará de nós. Não podemos fazer nada sozinhos; é o poder que trabalha através de nós que executa a Vontade de Deus quando nos submetemos a ele".
 
Amigo(a) de caminhada, que estes ensinamentos tragam luz e compreensão para você como trouxeram para essa peregrina. 
 
 

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