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quarta-feira, 22 de abril de 2020

P E N S A   P O S I T I V A M E N T E

Pensamento positivo... - Renascer aos 40 

O diretor duma grande empresa comercial de Nova York costumava reunir cada ano os seus numerosos agentes espalhados por todo o país, para uma espécie de orientação e balanço.
 
Certa vez, em tempo de grande crise econômica, todos os agentes voltaram pessimistas e desanimados e os seus relatórios só refletiam derrotismo. O diretor escutou em silêncio as lamúrias de cada um dos seus auxiliares. Depois, levantou-se e em silêncio suspendeu na parede um grande cartaz branco com um pequeno ponto preto no centro. E perguntou a um dos agentes:
 
– Que é que está vendo?
 
– Um ponto preto – respondeu o interrogado.
 
– E você? – perguntou ao outro.
 
– Um ponto preto num papel branco.
 
– E você?
 
– O mesmo.
 
– E você?
 
– Um ponto preto.
 
– E você?
 
– Um ponto preto num cartaz branco.
 
– Mas, será possível – exclamou o diretor – que vocês todos enxerguem apenas um ponto preto, ou então um ponto preto em papel branco? será que ninguém enxerga um enorme cartaz branco com um pequenino ponto preto? quando o branco é mil vezes maior que o preto?
 
E fez ver a seus auxiliares que, apesar das inegáveis dificuldades que haviam encontrado em suas viagens, também haviam, por outro lado, feito experiências muito positivas, abrindo novos mercados de venda, entrando em contato direto com novas zonas de fregueses, colhendo preciosas experiências em tempo de crise aguda, etc.

Fez-lhes ver que pensar positivamente, no meio das negatividades, é essencial para melhorar a situação, porque o pensamento é uma força criadora, quando positivamente orientado, e uma força destruidora, quando orientado negativamente.

Lemos na vida do grande inventor Tomás Edison que esse homem fez nada menos de 700 experimentos infrutíferos, durante longos anos, para criar uma lâmpada de filamentos incandescentes, como as que hoje em dia usamos. Finalmente, um dos seus auxiliares, desanimado com tantos fracassos, sugeriu a Edison que desistisse de futuras tentativas, porque, depois de 700 tentativas, não havia avançado um só passo.
 
“O que?” exclamou o genial inventor, “não avançamos um passo? avançamos 700 passos rumo ao êxito final! sabemos de 700 coisas que não deram certo! estamos para além de 700 ilusões que mantínhamos anos atrás e que hoje não nos iludem mais. E a isto você chama perda de tempo?”
 
Esse homem estava habituado a pensar positivamente – segredo dos seus estupendos triunfos.

A plantinha delicada da felicidade não medra senão nesse clima do pensamento positivo.
 
Que diríamos de um homem que se recusasse a gozar dos benefícios da luz solar por saber que existem no globo solar enormes manchas escuras? ou que definisse o sol como grandes manchas tenebrosas rodeadas de luz?
 
Em linguagem evangélica se chama essa filosofia negativista “enxergar o argueiro no olho do irmão – e não enxergar a trave no próprio olho”, quer dizer, ver sobretudo no próximo as faltas, embora pequeninas, e não perceber as suas próprias faltas, por mais enormes que sejam.
 
Há uma terapêutica para estabelecer perfeita paz e felicidade na alma, e uma imperturbável harmonia na sociedade humana; consiste na observância do seguinte conselho: Homem, habitua-te a atribuir sempre ao próximo as virtudes que descobres em ti! – e a atribuir a ti mesmo as faltas que encontras no próximo! 

O remédio é de efeito infalível – embora seja amargo como losna.

Pensar positivamente apresenta outro aspecto ainda: não focalizar, mediante lembrança assídua e atenção concentrada, os males reais da vida; ignorá-los o mais possível; não falar deles se não for absolutamente necessário. A revista americana “Reader’s Digest” (em vernáculo “Seleções”) provou, ultimamente, que a mania de fazer psicanálise a torto e a direito criou uma verdadeira legião de doentes psíquicos, devido ao fato de concentrarem a atenção em males imaginários, ou semi-imaginários, tornando-os reais por essa mesma focalização constante.

Quem vive a pensar e falar em doenças acabará por ficar doente.
 
Quem tem um princípio de resfriado e admite firmemente o fato, aceitando ainda por cima a confirmação da parte de amigos solícitos e condolentes, pode ter a certeza de que estará amanhã muito pior do que hoje – mas, se tiver o bom senso de desviar a atenção do seu pequeno resfriado, subtrai ao vírus o solo de que se alimentava, obrigando-o a morrer dentro de um dia, graças a essa “injeção mental”.
 
Da mesma forma, quem vive a pensar e falar nas faltas e fraquezas do próximo, prepara o terreno para ele mesmo cometer o que censura nos outros, além de facilitar a continuação dessas fraquezas nos outros.
 
Quem vive a lamentar covardemente o mal que fez, em vez de praticar corajosamente o bem que pode fazer aduba o terreno para males cada vez maiores. Não se acaba com as trevas vociferando contra elas – mas sim acendendo silenciosamente uma luz no meio delas.
 
“O homem é aquilo que ele pensa”, diz a sabedoria da Sagrada Escritura. Quer dizer que o homem se tornará, aos poucos, no plano físico, aquilo que ele é no plano psíquico e mental dos seus pensamentos habituais. Todo o mundo físico é uma projeção do espírito criador. O mundo é um pensamento de Deus cristalizado em matéria. Se Deus não pensasse os mundos, os mundos não existiriam; e só continuam a existir enquanto foram criadoramente pensados.
 
Da mesma forma, todo pensamento humano é criador – ou então destruidor, conforme as suas vibrações positivas ou negativas. Não há no mundo força maior que o pensamento – para o bem ou para o mal.
 
Pode um pensamento positivo sanar o mais infecto dos pantanais – e pode umpensamento negativo envenenar o mais belo dos jardins!
 
Por isso, deve o homem vigiar solicitamente os seus pensamentos, para que a sua repetição habitual não acabe por criar na alma uma atitude indesejável que lhe dificulte a felicidade.
 
Pensamentos positivos são: amor, benevolência, simpatia, serenidade, coragem, iniciativa, fé, esperança, otimismo, espírito de amizade e conciliação, etc.

Pensamentos negativos são: ódio, medo, rancor, ressentimento, maledicência, desânimo, pessimismo, covardia, desconfiança, etc.
 
O ignorante pretende fazer mal aos outros – mas a pior vítima é ele mesmo, porque todo mal, antes de atingir o objeto externo, já feriu o sujeito interno. O mal que os outros me fazem não me faz mal, porque não me faz mau – mas o mal que eu faço aos outros este sim me faz mal, porque me faz mau. Ninguém pode fazer mal aos outros sem ser mau ele mesmo. Quem é objeto de um mal sofre apenas na sua quantidade externa – mas quem faz mal degrada a sua qualidade interna.
 
Ser positivo, pensar e sentir positivamente é preparar o terreno para a verdadeira felicidade – ou melhor, essa mesma atitude positiva é que é a felicidade.
 
Não basta arrepender-se – é necessário converter-se. A palavra grega que o Evangelho usa para “conversão” é metanoia, que quer dizer literalmente “transmentalização”. Alguns tradutores traduzem esta palavra por “arrependimento”, outros, ainda pior, por “fazer penitência”. A única tradução exata é transmentalizar-se, ou converter-se, isto é, ultrapassar a sua mente ego e entrar no seu espírito Eu. Judas se arrependeu, mas não se converteu, e por isto se suicidou. Arrepender-se é detestar o mal que se fez; converter-se é detestar o mal e fazer o bem.

Huberto Rohden, O Caminho da Felicidade
Curso de Filosofia da Vida - Universalismo 

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